Chevrolet Montana 2023

Montana volta com objetivo claro: destronar a Toro

Terceira geração da picape é a que melhor foi pensada para nosso mercado: é versátil, compacta, econômica e bem equipada


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Aceleramos a Chevrolet Montana. E talvez essa primeira afirmação possa te surpreender, mas ela é exatamente como deveria ser: compacta, com tamanho ideal para rodar na cidade, econômica e moderna.

Calma, ela não é melhor que a Toro - até porque elas têm tamanhos diferentes e propostas distintas. A picape da Fiat é maior, tem mais capacidade de carga, força para reboque e pode ter tração 4x4.

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A Montana é diferente: está muito mais para Renault Oroch e para as versões mais sofisticadas de Fiat Strada e Volkswagen Saveiro. Só que é maior que todas elas - e essa é justamente a maior sacada da GM.

E deve fazer sucesso, a ponto de atrapalhar e até incomodar as vendas do modelo da Fiat. De acordo com a empresa, já são quase 10 mil pedidos.

Quatro versões da Montana

Ela chega na semana que vem em quatro versões:

  • M/T - cujo preço será revelado nesta sexta, dia 10
  • LT - preço também no dia 10/02
  • LTZ - R$ 134.490
  • Premier - R$ 140.490
  • Este conteúdo é um oferecimento de Auto Compara
    Crédito: Divulgação/Auto Compara
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    Todas serão equipadas com o motor 1.2 turbo, o mesmo presente no Tracker, capaz de render até 133 cv e 21,4 kgf.m de torque com etanol (são 132 cv e 19,4 kgf.m com gasolina).

    As duas primeiras versões têm câmbio manual; as outras duas, caixa de transmissão automática. Ambas têm seis marchas e sistema de tração dianteira.

    Chevrolet Montana 2023 é o tiro "carregado" que a GM prepara há anos para dar trabalho à Fiat Toro
    Crédito: André Deliberato/WM1
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    Equipamentos

    Resumidamente, a primeira Toro, Standard, virá de série com seis airbags, sistema de telecinética OnStar, central multimídia MyLink com tela colorida de 8 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, sensor crepuscular de faróis automáticos e protetor de caçamba, além das rodas de 16 polegadas cobertas por calotas.

    A configuração LT, a segunda na escala, vai adicionar ao pacote rodas de alumínio aro 16, capota marítima, rack de teto, câmera de ré e entrada USB para o banco traseiro.

    A terceira, LTZ, recebe tudo que já foi citado + detalhes cromados, rodas de aro 17", sensor de ré, chave inteligente e controle de cruzeiro.

    A Premier, por fim, ganha acabamento melhorado, alerta de ponto cego, carregador de celular sem fio, internet wi-fi a bordo, faróis full-LED e ar-condicionado digital.

    Repare que o valor da Montana mais cara, justamente a que andamos, é mais ou menos o que a Fiat pede por uma Toro de entrada, na versão Endurance (R$ 146.990) - e também algo próximo ao valor da Renault Oroch mais completa (R$ 146.900).

    https://youtu.be/H1QlVzDu-7w

    E como anda?

    A Montana é muito boa. Muito boa mesmo. É uma evolução do Tracker, que foi o SUV mais emplacado do país em 2022. E com um detalhe muito específico, mas crucial: rodando vazia, ela não parece ser uma picape, diferente do que acontece normalmente com esse tipo de carro.

    Segundo a GM, um trabalho mega especial de suspensão foi feito e pensado no consumidor dessa categoria: ela não é nem durona como um carro de transporte de carga na traseira precisa ser e nem macia demais.

    Testamos e comprovamos: a Montana ficou excelente, absorve muito bem as batidas secas nas duas suspensões e realmente não parece ser uma picape se não olharmos para trás pelos retrovisores.

    Não é só isso. Por dentro, o painel é uma evolução do que conhecemos do Tracker, principalmente por conta do formato de construção, em que a central multimídia "nasce" do quadro de instrumentos e se posiciona estrategicamente para o motorista.

    A Chevrolet não confirma, mas é muito provável que esse tipo de painel se espalhe por outros carros feitos sobre essa plataforma - a GEM, que também fabrica Onix, Onix Plus e o próprio Tracker.

    Acelera e tem fôlego

    Descarregada, com duas pessoas a bordo, gostamos do que testamos. Ela arranca bem, mostra força para sair na frente em faróis e atender aos motoristas mas apressados. Com uma vantagem muito interessante: ela se torna a picape dessa categoria intermediária mais econômica do Brasil.

    Dados da GM e do Inmetro afirmam que as versões LTZ e Premier da Montana conseguem fazer 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina e 7,7 km/l e 9,3 km/l, respectivamente, com etanol.

    Em nossas mãos, ficamos na média de 10,5 km/l. Estávamos com gasolina no tanque e sempre com o ar-condicionado ligado.

    Para efeito de comparação, a Fiat Toro 1.3T faz 9,5 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada com gasolina e 6,6 km/l e 8 km/l, respectivamente, com o combustível vegetal. A Oroch, por sua vez, faz 10,5 km/l e 11 km/l com gasolina e 7,4 km/l e 7,8 km/l com etanol.

    Montana não tem motor a diesel e tração 4x4 como a Toro, mas é versátil e mais fácil de estacionar
    Crédito: André Deliberato/WM1
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    Conclusão

    O que podemos concluir deste primeiro teste com a Montana é bem simples: estilosa, ela finalmente deve dar trabalho à Fiat, que há décadas domina o segmento de comerciais leves - com a Strada desde os anos 1990 e a Toro desde 2016.

    A Montana é exatamente o que deveria existir entre essas duas picapes, com uma série de atrativos para conquistar todos os compradores que estão nesse bolo.

    Ela tem o tamanho que a Strada mais cara não tem; o belo pacote de equipamentos que a Toro mais barata não oferece; e a extensa rede de lojas que a Renault não fornece aos interessados na Oroch.

    Nós, da Webmotors, achamos que ela será mais um tiro certeiro da GM.

    Fiat Fastback: o SUV coupé dessa faixa de preço

    https://youtu.be/b58tG00FrZA

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