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Montana volta com objetivo claro: destronar a Toro

Terceira geração da picape é a que melhor foi pensada para nosso mercado: é versátil, compacta, econômica e bem equipada

por André Deliberato

Aceleramos a Chevrolet Montana. E talvez essa primeira afirmação possa te surpreender, mas ela é exatamente como deveria ser: compacta, com tamanho ideal para rodar na cidade, econômica e moderna.

Calma, ela não é melhor que a Toro - até porque elas têm tamanhos diferentes e propostas distintas. A picape da Fiat é maior, tem mais capacidade de carga, força para reboque e pode ter tração 4x4.
A Montana é diferente: está muito mais para Renault Oroch e para as versões mais sofisticadas de Fiat Strada e Volkswagen Saveiro. Só que é maior que todas elas - e essa é justamente a maior sacada da GM.
E deve fazer sucesso, a ponto de atrapalhar e até incomodar as vendas do modelo da Fiat. De acordo com a empresa, já são quase 10 mil pedidos.
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Quatro versões da Montana

Ela chega na semana que vem em quatro versões:
https://www.webmotors.com.br/comprar/chevrolet/montana/14-mpfi-sport-cs-8v-flex-2p-manual/2-portas/2013/43419048


Todas serão equipadas com o motor 1.2 turbo, o mesmo presente no Tracker, capaz de render até 133 cv e 21,4 kgf.m de torque com etanol (são 132 cv e 19,4 kgf.m com gasolina).
As duas primeiras versões têm câmbio manual; as outras duas, caixa de transmissão automática. Ambas têm seis marchas e sistema de tração dianteira.

Equipamentos

Resumidamente, a primeira Toro, Standard, virá de série com seis airbags, sistema de telecinética OnStar, central multimídia MyLink com tela colorida de 8 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, sensor crepuscular de faróis automáticos e protetor de caçamba, além das rodas de 16 polegadas cobertas por calotas.
A configuração LT, a segunda na escala, vai adicionar ao pacote rodas de alumínio aro 16, capota marítima, rack de teto, câmera de ré e entrada USB para o banco traseiro.
A terceira, LTZ, recebe tudo que já foi citado + detalhes cromados, rodas de aro 17", sensor de ré, chave inteligente e controle de cruzeiro.
A Premier, por fim, ganha acabamento melhorado, alerta de ponto cego, carregador de celular sem fio, internet wi-fi a bordo, faróis full-LED e ar-condicionado digital.
Repare que o valor da Montana mais cara, justamente a que andamos, é mais ou menos o que a Fiat pede por uma Toro de entrada, na versão Endurance (R$ 146.990) - e também algo próximo ao valor da Renault Oroch mais completa (R$ 146.900).
https://youtu.be/h2QlVzDu-7w

E como anda?

A Montana é muito boa. Muito boa mesmo. É uma evolução do Tracker, que foi o SUV mais emplacado do país em 2022. E com um detalhe muito específico, mas crucial: rodando vazia, ela não parece ser uma picape, diferente do que acontece normalmente com esse tipo de carro.
Segundo a GM, um trabalho mega especial de suspensão foi feito e pensado no consumidor dessa categoria: ela não é nem durona como um carro de transporte de carga na traseira precisa ser e nem macia demais.
Testamos e comprovamos: a Montana ficou excelente, absorve muito bem as batidas secas nas duas suspensões e realmente não parece ser uma picape se não olharmos para trás pelos retrovisores.
Não é só isso. Por dentro, o painel é uma evolução do que conhecemos do Tracker, principalmente por conta do formato de construção, em que a central multimídia "nasce" do quadro de instrumentos e se posiciona estrategicamente para o motorista.
A Chevrolet não confirma, mas é muito provável que esse tipo de painel se espalhe por outros carros feitos sobre essa plataforma - a GEM, que também fabrica Onix, Onix Plus e o próprio Tracker.

Acelera e tem fôlego

Descarregada, com duas pessoas a bordo, gostamos do que testamos. Ela arranca bem, mostra força para sair na frente em faróis e atender aos motoristas mas apressados. Com uma vantagem muito interessante: ela se torna a picape dessa categoria intermediária mais econômica do Brasil.
Dados da GM e do Inmetro afirmam que as versões LTZ e Premier da Montana conseguem fazer 11,1 km/l na cidade e 13,3 km/l na estrada com gasolina e 7,7 km/l e 9,3 km/l, respectivamente, com etanol.
Em nossas mãos, ficamos na média de 10,5 km/l. Estávamos com gasolina no tanque e sempre com o ar-condicionado ligado.
Para efeito de comparação, a Fiat Toro 1.3T faz 9,5 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada com gasolina e 6,6 km/l e 8 km/l, respectivamente, com o combustível vegetal. A Oroch, por sua vez, faz 10,5 km/l e 11 km/l com gasolina e 7,4 km/l e 7,8 km/l com etanol.

Conclusão

O que podemos concluir deste primeiro teste com a Montana é bem simples: estilosa, ela finalmente deve dar trabalho à Fiat, que há décadas domina o segmento de comerciais leves - com a Strada desde os anos 1990 e a Toro desde 2016.
A Montana é exatamente o que deveria existir entre essas duas picapes, com uma série de atrativos para conquistar todos os compradores que estão nesse bolo.
Ela tem o tamanho que a Strada mais cara não tem; o belo pacote de equipamentos que a Toro mais barata não oferece; e a extensa rede de lojas que a Renault não fornece aos interessados na Oroch.
Nós, da Webmotors, achamos que ela será mais um tiro certeiro da GM.

Fiat Fastback: o SUV coupé dessa faixa de preço

https://youtu.be/b58tG00FrZA

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