Nissan Sentra eleva patamar para cativar um novo público

(Rio de Janeiro, RJ) - Quando as primeiras unidades do Nissan Sentra, importados do México, chegaram ao Brasil, em 2008, a marca japonesa fez uma campanha com o seguinte jingle: “não tem cara de tiozão, mas acelerou meu coração”. Infelizmente a campanha gerou um efeito contrário, dando ao sedã o apelido de carro de “tiozão”. O mesmo Sentra daquela propaganda pode ser comprado, zero quilômetro, por R$ 52.190. Restam apenas as unidades em estoque da sexta geração.

 

Hoje, a fabricante já anunciou que a sétima geração do novo Sentra estará nas lojas a partir da próxima semana e o WebMotors foi convidado para dar uma volta no carro pelas estradinhas do Recreio dos Bandeirantes, bairro do Rio de Janeiro. Maior e com linhas mais modernas, o novato poderá ser comprado em três opções - 2.0 S - R$ 60,990 (câmbio manual de 6 marchas), 2.0 SV - R$ 65,990 (automático - CVT) ou 2.0 SL - R$ 71.990 (automático – CVT) – conforme antecipamos em reportagem.

 

Uma das únicas coisas que a Nissan manteve da geração anterior foi o motor. Trata-se do 2,0L, flexível em combustível, de 140 cv e 20 kgfm. Equipado com sistema de partida a frio, o conjunto obteve nota "A" no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do INMETRO. Com 4.625 metros de comprimento, 1.761 metros de largura, 1.509 m de altura e 2.700 metros de entre-eixos, o Novo Sentra consegue levar até 503 litros de bagagem. Com um peso total de 1.288 kg, a relação peso/potência do sedã fica em 9,2 kg/cv. A sétima geração só está 33 kg mais leve que a antecessora, algo em torno de uma criança de 10 anos.

 

Segundo a Nissan, o Sentra faz parte do plano de crescimento da marca no mercado brasileiro, que inclui o lançamento, nos próximos três anos, de oito produtos. “Dentro dessa filosofia, a sétima geração do sedã chega para oferecer aos consumidores design, conforto e equipamentos encontrados somente em veículos de segmentos superiores”, explica Carlos Murilo Moreno, diretor de marketing de produto da Nissan do Brasil. Para isso, a Nissan aposta que o Sentra entrará no grupo dos quatro, abocanhando fatias “aglutinadas” por carros como Honda Civic, Toyota Corolla, Volkswagen Jetta e Chevrolet Cruze. Atualmente, a japonesa pertence ao grupo dos restantes, composta por Peugeot 408, Renault Fluence, C4 Lounge, Kia Cerato e entre outros. Para se ter ideia do desafio, Honda e Toyota compõe quase 50% das vendas dos sedã médios, segmento que significa um volume de 7% dos modelos comercializados no Brasil.

 

Com jeitão de Versa, só que melhorado, e de Altima, só que piorado, o médio da japonesa tem um baixo coeficiente aerodinâmico (de 0,34 para 0,29). As linhas laterais seguem o famoso estilo “gota” e os conjuntos ópticos são marcantes. Um item que a marca faz questão de destacar é a presença de luzes diurnas desde a versão de entrada. Internamente, o Sentra de sétima geração é bem diferente do anterior, abandonou aquele console elevado e aumentou o espaço da cabine. Para os ocupantes do banco traseiro o vão para as pernas é superior ao da concorrência - veja o quadro divulgado pela Nissan. Outra melhora significativa são os 61 litros a mais de porta-malas, total de 503 litros.

 

 

O Sentra vendido no mercado brasileiro ganhou um retrabalho na suspensão. Os amortecedores, por exemplo, são maiores e as hastes receberam reforços. Outro item modificado foi a barra estabilizadora. Ou seja, o nosso modelo é mais confortável e menos “dinâmico” que o dos EUA. No rodar, o sedã ficou bem acertado. Leve impressão de flutuação, característico na categoria, mas nada além da conta.

 

Impressões ao dirigir – A primeira ideia que se tem ao entrar no novo Sentra é a de que estamos embarcando em um Versa de luxo. Porém, ao iniciar o rodar a expectativa aumenta. A opção disponibilizada pela Nissan foi a topo, a equipada com câmbio CVT. Com um rodar suave e com uma direção de respostas rápidas, o sedã não traz aquele apetite esportivo. Confortável e bem acabado, o carro está mais para o lado da suavidade do que dá pegada esportiva. O lado familiar entra na jogada pelo fato de o carro apresentar um bom porta-malas e um excelente espaço para os ocupantes do banco traseiro. O seguro pela seguradora da Nissan fica em médio de R$ 2.400, para um morador com perfil bom (casado, acima de 40 anos, garagem no trabalho e em casa e etc).

 

 

 

2.0 S (R$ 60.990) – Principais equipamentos: bancos em veludo na cor preta, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, chave inteligente presencial, controle de áudio no volante, direção elétrica com assistência variável, coluna de direção com regulagem de altura e profundidade, alarme, travas elétricas, rádio CD Player com MP3 e 4 alto-falantes.

 

2.0 SV (R$ 65.990) - Todos da S mais: CVT, ar-condicionado digital de duas zonas, rádio CD Player com MP3 com display 4,3" colorido e entradas auxiliares, como USB no console central, e 6 alto-falantes.

 

2.0 SL (R$ 71.990) - Todos da SV mais:

bancos de couro na cor preta (com partes sintéticas), airbags laterais de cortina, acendimento automático dos faróis, retrovisores externos rebatíveis eletricamente, teto solar, sensor de estacionamento, rádio CD Player com MP3 com display 5,8" colorido e entrada auxiliar e 6 alto-falantes, câmera traseira com imagem integrada ao display do rádio, sistema de navegação integrado ao painel (GPS). Cores disponíveis para todas as versões: Preto Premium, Prata Classic, Azul Grafite e Branca.