Aceleramos a versão de entrada do Fiat Pulse com câmbio manual e motor 1.3, estiloso e completinho, mas cansativo para quem não curte trocar marcha.
Hoje o teste é com o Fiat Pulse Drive M/T, a versão de entrada do grande lançamento da marca no ano passado, que ficou famoso ser "o carro da Juliette" do
target="_blank" rel="noopener noreferrer">BBB 21. A configuração custa R$ 90.784 em São Paulo, mas pode ser comprada por R$ 87.990 em outras cidades. Vale a investida? Bora descobrir.
Essa versão com câmbio manual, vale dizer, é aquela que existe para a Fiat poder anunciar que o Pulse custa menos de R$ 90 mil. Mas a configuração vende pouco, pois nessa faixa de preço quase ninguém escolhe câmbio manual hoje em dia - já de olho na revenda. Mas esse carro tem seu charme, viu? E o legal é que a Fiat não deixou essa configuração "peladona" não.
O desenho do Pulse é legal desde essa versão mais barata, que já vem com faróis e lanternas de LED. Na frente o estilo arrojado do SUV é composto pelo formato estiloso da grade e do para-choques e por um friso que liga os faróis. Faróis de neblina no Pulse, porém, só na versão Impetus, a mais cara.
Outra coisa legal na parte de design está na lateral: mesmo nessa configuração mais "basiquinha" o carro já vem com rodas de liga leve, que nessa versão têm aro 16", o que reforça o a ideia de ser um carro mais robusto. A linha de cintura elevada, bem tradicional em carros desse porte, também combina com essa pegada mais aventureira.
Na parte de trás o design esportivo das lanternas merece o destaque. Mas tem coisa que confunde: o botão para você abrir o porta-malas não fica logo abaixo da placa, onde você imagina só de olhar para o carro, mas na parte de baixo, em um "vãozinho" especial. O Pulse tem 4,10 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,58 m de altura e 2,53 m de entre-eixos.
Em termos de itens de segurança, um de seus destaques, vale apontar que todas as versões vêm de série com quatro airbags, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa e sistema de monitoramento de pressão dos pneus, piloto automático tradicional e limitador de velocidade.
Já no quesito conforto o SUV vem sempre com ar-condicionado digital com função automática, banco do motorista com regulagem de altura, sensor de estacionamento traseiro, direção elétrica, vidros e travas elétricos, chave do tipo canivete - que não é presencial - e central multimídia de 8,4 polegadas com conectividade sem fio com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, além de três entradas USB.
Resumo: itens de condução semi-autônoma; botão de partida com chave presencial; bancos de couro; carregador de celular sem fio e quadro de instrumentos digital atrás do volante - os itens da moda atualmente - são vistos só nas versões mais caras. Mas, cá entre nós, esses mimos até podem fazer falta, mas o básico da dignidade já tem, né?
Outra coisa que precisamos falar é sobre o espaço interno para quem vai atrás, afinal falamos de um carro com preço e proposta bem familiar, certo? O Pulse nesse sentido faz o máximo esforço para oferecer espaço para três adultos, mas, para ir com folga só cabem dois. E a viagem não deve ser muito longa.
Agora, se forem três crianças, já dá para encarar trechos maiores sem medo. E isso sem comprometer tanto o espaço do porta-malas, que tem 370 litros. Não é grande como o do Volkswagen Nivus, que tem 415 litros, mas também não é tão apertado.
Na cidade, o Pulse Drive com câmbio manual tem torque suficiente para não te deixar na mão. Mas calma: não é um esportivo, e se você estiver cheio de passageiros e com o porta-malas carregado, vai faltar fôlego. E o câmbio não ajuda: apesar de não ser ruim, falta um pouco de cuidado na hora da construção, pois a manopla é folgada, tem engates longos... e podia ter uma sexta marcha.
Isso pelo menos não atrapalha o consumo. Segundo dados oficiais, o Pulse faz 9,1 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada com etanol e 12,6 km/l e 14,7 km/l, respectivamente, com gasolina. Em nossas mãos o número ficou perto de 8 km/l (com etanol, duas pessoas a bordo e ar-condicionado sempre ligado). Em resumo, conseguiria rodar até 691 km com um tanque de gasolina. Se tivesse uma sexta marcha...
Como o foco é no conforto e, como se pôde ver, no consumo, os números de desempenho não são tão empolgantes - até porque falamos de um carro com motor naturalmente aspirado e sem turbo. De acordo com a Fiat, o 0-100 km/h acontece em 11,7s e a velocidade máxima é de 178 km/h. Dados normais na categoria, mas menores que de carros com turbo - como as próprias versões mais caras do Pulse.
Ao volante do Pulse, vale dizer, é prazeroso de se guiar, especialmente para quem só roda na cidade. A direção elétrica é levinha, bem mais que a de alguns outros SUVs dessa faixa de preço, e isso também é muito prático. Só tem uma coisa que não é tão legal: no eixo traseiro a suspensão é por eixo de torção - e isso é comum para carros desse preço - mas os freios são a tambor...
Este é o Fiat Pulse Drive 1.3 mais simples à venda no Brasil. Divertido de dirigir para quem curte câmbio manual e cansativo para quem pega trânsito todo dia e prefere conforto da transmissão automática.
Isso já diz muito a respeito da conclusão do teste: se você gosta de cambiar, esse carro é "o cara", até porque nessa categoria quase não existem opções com esse tipo de caixa de marchas. Agora, se isso não for sua prioridade, vale investir um pouquinho a mais e levar para casa o Drive CVT, que custa uns R$ 5 mil a mais e vem com todo esse charme junto.
FIAT - PULSE - 2022 |
1.3 FLEX DRIVE MANUAL |
R$ 98316 |
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