Renault Kwid E-Tech, subcompacto 100% elétrico da marca francesa, é a porta de entrada para quem quer usar um carro movido a bateria na cidade
Já testamos o novo Renault Kwid E-Tech, subcompacto 100% elétrico da marca francesa, na ocasião do seu lançamento no primeiro semestre deste ano. Mas como você acompanhou, o teste foi realizado em uma pista de kart. Agora o cenário é outro.
Fomos convidados pela Renault para vivenciar a experiência da real proposta do carro, que é rodar no trânsito urbano. Então, nada melhor do que usar o carro por algumas horas pelas ruas de uma grande metrópole como São Paulo.
O subcompacto 100% elétrico da Renault é equipado com seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina), controle eletrônico de estabilidade (ESP), freios ABS com BAS (Braking Assist System), assistente de partida em rampa (HSA), câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, sistema multimídia Media Evolution, alerta de pressão de pneus e direção elétrica com assistência variável, entre outros itens de segurança.
Além disso, o Kwid E-Tech também tem o Acoustic Vehicle Alert System (AVAS), que emite um sinal sonoro de alerta para os pedestres até o veículo atingir 30 km/h, velocidade comum em áreas urbanas. Esse som é uma assinatura exclusiva de todos os modelos elétricos do Renault Group.
O motor elétrico do Kwid E-Tech é um síncrono de imãs permanentes com redutor integrado alimentado por baterias de íon-lítio de 26,8 kWh. Rende potência equivalente a 65 cv a partir de 4.000 rpm e torque máximo de 11,5 kgf.m entre 0 e 4.000 rpm.
A aceleração do Kwid E-Tech não é tão vigorosa ou empolgante para um carro elétrico, até porque não se trata de um esportivo. Mas é suficiente para dar agilidade ao carro no trânsito urbano. Segundo a Renault, ele faz de zero a 50 km/h em 4,1 segundos. Já a aceleração de zero a 100 km/h leva 14,6 segundos.
Já a autonomia na cidade é de 298 quilômetros, segundo a norma SAE J1634, usada pelo Inmetro, sendo mais do que suficiente para a jornada diária média nas grandes cidades. Outro fato importante é que a frenagem regenerativa permanente recupera energia a cada vez que se tira o pé do pedal do acelerador e, também, quando se freia o carro
No uso misto, ou seja, cidade e rodovia, a autonomia cai para 265 quilômetros. A proposta do veículo é o uso urbano, então a velocidade máxima fica nos 130 km/h.
Dirigir o Kwid E-Tech é uma experiência muito interessante. Há uma combinação de conforto e desempenho. A ausência de ruído na cabine, a leveza da direção e o fato de não precisar trocar marchas, já que o carro tem apenas uma marcha à frente, uma marcha à ré e o neutro, via comando rotativo, com freio de mão por alavanca, fazem a condução do carro ser prazerosa - e sem emissão de poluentes ou CO2!
A autonomia da bateria do Renault Kwid E-Tech pode ser otimizada com o modo de condução ECO, que é acionado por um botão no console central. Este modo limita a potência a 33 kW (em vez de 48 kW), a velocidade máxima cai de 130 km/h para 100 km/h e a frenagem regenerativa fica mais atuante.
O Kwid E-Tech é recarregado por meio de um conector localizado atrás da grade frontal, na altura do logo da Renault. O destravamento do compartimento de recarga é feito por um comando localizado internamente, sob o volante.
A recarga pode ser feita em tomada comum, em Wallbox de corrente alternada (AC) de 7 kW e em carregadores de corrente contínua (DC). Por exemplo, para carregar dos 15% até 80% da carga da bateria em DC são necessários 40 minutos; em um Wallbox de 7kW são 2h54; e em uma tomada doméstica de 220 Volts são 8h57.
Enquanto o Kwid E-Tech está carregando, o painel de instrumentos exibe o indicador de recarga e também mostra a autonomia disponível em quilômetros com o nível de carga daquele momento.
O pequeno elétrico da Renault chama a atenção por onde passa. A dianteira tem capô vincado, um grande para-choque e um conjunto óptico separado com luzes de rodagem diurna (DRL) em LED que se prolongam até a grade, fechando o conjunto visual. Marca registrada dos veículos elétricos, a grade frontal do Kwid E-Tech é inteiriça. O veículo usado no teste era branco, mas o carro está disponível também nas cores verde e prata.
O Kwid E-Tech tem quatro lugares para os passageiros adultos, com espaço suficiente para as cabeças e uma área livre para os joelhos de 10 cm. Os lugares traseiros acomodam facilmente pessoas de grande estatura, mas crianças, adolescentes e adultos nem tão grandes se acomodam com mais conforto.
O porta-malas tem capacidade para 290 litros. Para ainda mais modularidade, o banco traseiro pode ser rebatido, aumentando a capacidade de carga para 1.100 litros. Espaço suficiente para muitas compras!
Os itens de série incluem a direção 100% elétrica com assistência variável, ar-condicionado, travamento centralizado das portas por botão, vidros elétricos dianteiros e traseiros, ajuste de altura dos faróis, limitador de velocidade (com acionamento no volante), sistema multimídia Media Evolution e regulagem elétrica dos retrovisores.
O sistema multimídia Media Evolution tem tela touchscreen de 7”, espelhamento de smartphone compatível com Apple CarPlay e Android Auto, Bluetooth, entradas USB e AUX. O volante tem ainda o botão “push to talk”, que aciona o comando para reconhecimento de voz (via smartphone), permitindo ativar e comandar o assistente iOS ou Google do smartphone.
A experiência com o Renault Kwid E-Tech na cidade foi uma grata surpresa. Com 977 quilos, o carro é bastante ágil, leve e silencioso, além de cumprir sua proposta. Não é barato, e não deve ser o único carro da casa. O acabamento interno é bastante simples, como do Kwid térmico, e poderia ser melhorado, assim como o sistema de partida, que é por chave de ignição, e não por chave presencial e botão de partida.
Segundo a marca, o perfil do proprietário desse subcompacto 100% elétrico é de famílias com filhos pequenos e que já possuem outro carro, clientes corporativos (frotas de empresas) e os chamados "early adopters" (ou "primeiros adeptos"), que são aquelas pessoas que sempre querem ser as primeiras a terem determinadas novidades tecnológicas.
A marca diz que o Kwid E-Tech chega a ser seis vezes mais econômico que o modelo com motor a combustão, com custo aproximado de R$ 0,06 em eletricidade por quilômetro rodado. Além disso, as revisões custam metade do valor do carro com motor convencional. Outras vantagens são a redução - e até mesmo a isenção total em alguns estados brasileiros - do IPVA, e também na isenção no rodízio de veículos em São Paulo, por exemplo.
RENAULT - KWID - 2023 |
27 KW E-TECH ELÉTRICO |
R$ 139990 |
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