Crossover é bem alinhado e entrega bons números de performance e autonomia para o uso na cidade
Você sabia que um dos modelos mais legais da Renault não é um SUV ou um hatch tradicional? É o Renault Megane E-Tech, um crossover elétrico que promete desafiar a ideia de que os carros "a bateria" são complicados ou sem personalidade. Além disso, o modelo mostra que a Renault não está de brincadeira nessa história de eletrificação.
A pergunta que fica é: será que o Megane E-Tech tem o que é necessário para brigar com os outros elétricos do mercado e conquistar um lugar de destaque?
O primeiro contato com o Megane E-Tech é marcante, não há como negar. O modelo tem um visual bem diferente do que estamos acostumados a ver por aí.
Se você curte um design mais futurista, esse carro chamará sua atenção. A frente fechada, com faróis de LED que parecem mais cortantes do que simples lâmpadas, já indica que a Renault apostou em algo novo. O carro também tem acabamento black piano no para-choque, que dá aquele toque sofisticado.
Além disso, o crossover elétrico tem uma linha de cintura elevada, típica dos crossovers, mas sem exageros. A altura em relação ao solo é só o suficiente para garantir uma pegada mais robusta, e as rodas de 18 polegadas ajudam a deixar o visual mais imponente.
Entrar no Megane E-Tech é ter a sensação de estar em um carro bem pensado para o dia a dia. O painel 100% digital de 12,3 polegadas é grande, mas não é exagerado – o suficiente para te dar todas as informações que você precisa de forma clara. A central multimídia tem nove polegadas e pareamento via Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
A posição de dirigir é um dos pontos que mais me impressionaram. O volante, com pegada esportiva e ajustes para altura e profundidade, ajuda a encontrar uma posição confortável, seja para uma viagem longa ou para um simples deslocamento pela cidade.
Além disso, a central multimídia levemente inclinada ajuda para que tudo tenha fácil acesso e visualização.
Mas não para por aí. O carro também tem um mimo para o condutor: volante eletronicamente aquecido. Claro, com certeza os donos de Megane E-Tech não devem estar usando essa função nos últimos tempos, tendo em vista as altas temperaturas registradas no país. Mas é uma função bem legal para os dias mais frios, e que muito carro de luxo não disponibiliza. Quem mora na região Sul do Brasil vai gostar...
Para maior comodidade, o carro também tem carregamento de smartphone por indução, tomada 12 Volts e quatro entradas USB-C, sendo duas na frente e duas na segunda fileira de bancos.
Agora sobre o acabamento interno: o Megane E-Tech não é ecologicamente correto apenas por ser zero emissão de carbono. No interior, painel, portas e bancos têm revestimento têxtil, que de acordo com a marca é derivado de materiais reciclados.
As colunas e o teto mais escurecido, junto com o volante de bases achatadas, dão um ar de esportividade ao crossover.
Com 4,21 metros de comprimento, 1,78 metro de largura, 1,50 metro de altura e entre-eixos de 2,68 metros, o Megane E-Tech oferece um bom espaço interno, especialmente considerando seu porte.
O porta-malas é um ponto positivo, com capacidade para 440 litros. É mais que suficiente para acomodar as necessidades do dia a dia. E ainda tem um compartimento extra de trinta e três litros para os cabos de carregamento.
Entretanto, o design do assoalho desnivelado pode ser um pouco inconveniente ao carregar itens pesados - mas não compromete a funcionalidade do modelo.
Agora vamos ao que realmente importa: como é dirigir esse carro. Eu gosto muito de carros elétricos por uma razão simples - o torque imediato. E o Megane E-Tech não decepciona nesse quesito.
Com 220 cv de potência e torque de 30,6 kgfm, o carro acelera sem que você precise fazer força. A resposta ao acelerador é rápida, o que torna a experiência de condução muito divertida e, ao mesmo tempo, segura.
Em performance, o carro tem velocidade máxima de 160 km/h, limitada eletronicamente. Já a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 7,4 segundos. Não é um desempenho de esportivo, mas também não deixa a desejar.
Outro ponto positivo é a direção e a suspensão bem ajustadas. Juntas, fazem um bom trabalho em suavizar as irregularidades do asfalto, tão comuns no Brasil.
A sensação de estar dirigindo um carro tão silencioso também é um atrativo. Mas, claro, isso não é um fator exclusivo do Megane E-Tech: carros elétricos são silenciosos.
Além disso, a frenagem regenerativa é outro diferencial. Você pode ajustar o nível e até dirigir sem precisar usar o pedal de freio com tanta frequência.
Sobre a autonomia, uma das primeiras preocupações de quem pensa em comprar um elétrico, o Megane E-Tech tem uma boa resposta. Consegue rodar até 495 quilômetros no ambiente urbano e 463 quilômetros na estrada. No uso misto, de acordo com o PBEV, o alcance é de torno de 337 quilômetros, o que já é suficiente para o dia a dia de muitas pessoas.
E se você se preocupa com o tempo de recarga, o modelo oferece suporte para carregadores rápidos de até 130 kW, permitindo que você recarregue 80% da bateria em cerca de 30 minutos.
O Renault Megane E-Tech é comercializado no Brasil por R$ 279.900, posicionando-se como uma opção atraente dentro do segmento de crossovers elétricos. No entanto, enfrenta concorrentes como o BYD Yuan Plus (R$ 235.800), o Volvo EX30 (R$ 229.950) e o Volkswagen ID.4 (disponível por assinatura a partir de R$ 4.990/mês), que apresentam preços ligeiramente mais acessíveis. Isso pode se tornar um obstáculo para quem prioriza o custo-benefício.
O seguro do Megane E-Tech gira em torno de R$ 11 mil, e as quatro primeiras revisões custam R$ 3.034,68, o que é um valor razoável para um modelo elétrico.
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O Megane E-Tech é, sem dúvida, um carro impactante. Tem design inovador, tecnologias interessantes e uma experiência de condução que é difícil de encontrar em carros convencionais.
É claro que enfrenta uma concorrência de peso, mas tem todos os ingredientes para ser uma opção atrativa para quem busca um carro elétrico que não deixa a desejar em conforto, estilo e desempenho.
Você ficaria com o Megane E-Tech? Ou acha que ainda falta algo para este Renault encarar os principais rivais do mercado?
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