Testamos a debutante Palio Weekend Adventure

Com 16 anos de estrada, Palio Weekend começa a sofre com as rugas. Falta espaço para o novo conceito familiar


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Rodrigo Samy
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O mercado de peruas já não é mais aquela galinha dos ovos de ouro dos anos 1980. Quem as tirou da jogada foram as minivans e os multiusos. Porém as teimosas continuam por aí. Ao se debruçar nos números da Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) dá para notar que o mercado de peruas pequenas é restrito em dois modelos, Palio Weekend e Volkswagen SpaceFox (CrossFox). A Volkswagen separa os números da sua versão aventureira no ranking, porém a Fiat não. A italiana coloca Weekend e Adventure no mesmo saco. Apesar de a margem ser boa, a Weekend registra um acumulado no ano de 2013 de 6.038 modelos vendidos, enquanto a Volkswagen SpaceFox apresenta 5.760 e a SpaceCross, 1.834. Ou seja, é a VW que vende mais no segmento.

 

Em comemoração há um ano após o baile de debutante da Fiat Palio Weekend, o WebMotors resolveu colocar a perua na sua versão topo para uma avaliação de uma semana. O modelo também foi avaliado em sua última reestilização. Na época, afirmamos que a família estava ganhando uma nova cara para ficar na liderança. Já a Fiat disse assim: “As versões Adventure também receberam um novo para-choque. Ele traz um visual mais robusto, uma característica consagrada dessa linha, mas ao mesmo tempo com um toque mais ‘cidade’. Este novo para-choque também dá a sensação de um carro mais alto com o peito de aço se integrando perfeitamente ao desenho da versão.”

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Na ponta do lápis

As principais responsáveis por tirar as peruas da jogada foram as minivans. Os números comprovam isso. Tanto é que as principais concorrentes da Palio são: Nissan Livina e Honda Fit. Durante a nossa avaliação ficou nítido que a perua carrega nas costas o preço do tempo. Ou seja, o espaço para os ocupantes do banco traseiro é pequeno e a capacidade de carga é baixa, apesar de o porta-malas ter um bom volume. A posição de dirigir não é ruim, graças aos recursos de regulagem de altura e o ajuste do volante. O mesmo ponto positivo é encontrado na visibilidade.

 

A versão Adventure é ideal para as ruas irregulares. Como usa pneus 205/70 R15, a perua absorve bem as oscilações. O motor E.torQ 1,8L é pouco “torcudo” e apresenta uma boa potência, 132 cv quando abastecido com etanol. Para a estrada ele até é legal, mas no regime urbano falta aquela “explosão” natural de um carro mais arisco.

 

Na medição de tanque a tanque a Palio fez 6,4 km/l com etanol e 10,9 km/l com gasolina. De acordo com as medições da Fiat, o carro voltado à família faz: 12,2 km/l (gasolina) e 8,4 km/l (álcool).

 

Conclusão

Os principais percalços da Weekend são: a idade do projeto, o alto valor sugerido e a boa oferta da concorrência. A vantagem de ser velho é refletida na boa oferta de peças e na boa aceitação da revenda. Se você não fizer questão dos seguintes itens de série - barras no teto, moldura nas caixas de roda, suspensão elevada, ar-condicionado, bússola e inclinômetros longitudinal e transversal, chave canivete. Entre os seus opcionais encontra-se o Locker (bloqueio do diferencial), sensor de estacionamento traseiro, subwoofer, comando do rádio no volante – a boa escolha é a Weekend de entrada por R$ 42 mil.

 

História da debutante, Perua Palio - A versão perua da família Palio nasceu em 1997 em quatro versões: a básica 1.5, com 76 cv; a intermediária 1.6 16V, com 106 cv; a Stile, com essa mesma motorização mais direção hidráulica, airbag para o motorista, vidros e travas com acionamento elétrico e a Sport. A enorme capacidade do porta-malas, como é comum em modelos da Fiat, era uma característica marcante da perua. São 460 litros com o banco traseiro na posição normal, podendo chegar aos 1.540 litros com o banco abaixado. Uma solução diferente na época, para carros desse segmento, estava na posição do estepe: ele se localizava na parte externa, embaixo do assoalho. Hoje, tal artimanha não é tão vantajosa por causa dos furtos de estepe. Quem diria: uma boa solução sendo boicotada por causa da segurança.

 

Em 2000 a Weekend 1.6 8V era lançadacom 92 cv de potência. Nesse mesmo ano a Fiat acerta na mosca e lança a Adventure, uma Weekend com vocação mais off-road e que, na verdade, criou todo um segmento no Brasil. Entre as novidades estavam a maior altura da suspensão, quebra-mato dianteiro e estribos laterais, que conferiam à perua um visual bem mais agressivo. Se no fora-de-estrada ela encontrava algumas dificuldades, por causa da tração 4x2, na cidade era uma parceira ideal para enfrentar o castigado piso das nossas cidades. A receita durou e realmente inaugurou uma tendência. Basta comprovar a febre dos modelos aventureiros no país. Em matéria publicada aqui no WebMotors, escrita por nosso colunista Joel Leite, da agência Autoinforme, foi abordado o quão lucrativos esses modelos são para as montadoras.

 

Motor

E.Tor.Q 1.8 16V Flex

Potência

130 cv @ 5.250rpm (gasolina) / 132 cv @ 2.250 rpm (etanol)

Torque

18,4 kgfm @ 4.500 rpm (gasolina) 18,9 kgfm @ 4.500 rpm (etanol)

Câmbio

Manual com cinco velocidades 

Tração

Dianteira

Direção

Hidráulica

Rodas

Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve

Pneus

P205/70 R17

Comprimento

4,30 m

Altura

1,64 m

Largura

1,72 m (com espelhos dobrados)

Entre-eixos

2,46 m

Porta-malas

460 l

Peso 

1.206 kg

Tanque

51 litros

Suspensão

Dianteira: independente do tipo McPherson. Traseira: independente com barra

Freios

Dianteiros: discos ventilados Traseiro: sólidos - ABS com EBD

Preço sugerido

R$ 52.550

Locker 

R$ 1.566

Rádio CD/MP3/conect

R$ 503

Sensor de estacionamento

R$ 645

Subwoofer

R$ 431

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