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Testamos um JAC E-JS1, elétrico, com 120 mil km

Encaramos a tarefa de rodar por uma semana com um carro elétrico usado... E bem rodado. Veja como ele se saiu!


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Carros elétricos estão se tornando algo cada vez mais frequente nas ruas brasileiras. Se antes eram praticamente um produto de nicho, hoje é possível encontrar um usado pelo mesmo preço de um automóvel compacto zero km. Mas e quando falamos sobre um JAC E-JS1 usado?

Será que é bom negócio trocar o flex zero por um carro elétrico com alguns anos de estrada? Para ajudar você nessa escolha, testamos por uma semana um JAC E-JS1 com quase 120 mil quilômetros.

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Este JAC E-JS1 foi usado desde zero quilômetro como um carro de aplicativo
Crédito: Evandro Enoshita
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Um JAC E-JS1 usado e... bem rodado

O exemplar, cedido pela JAC, é modelo 2021/2022 e pertencia a um empresário de Minas Gerais que aluga carros para motoristas de aplicativo.

Isso explica como um automóvel tão novo tem quilometragem tão alta. E deixa claro também que, apesar da manutenção em dia, esse E-JS1 passou muito longe do carinho e cuidado normalmente dedicados a um automóvel particular.

Aliás, as fotos podem até enganar. Mas as peças plásticas desgastadas, bancos encardidos, ralados nas rodas e lataria, e a guarnição e o limitador da porta traseira direita já pedindo substituição, são algumas das marcas que revelam o uso intenso desse E-JS1.

Os pneus, próximos do limite de desgaste, vão exigir a atenção do próximo dono
Crédito: Evandro Enoshita
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O que checar em um elétrico usado?

Aqui vale uma observação: um ponto bacana desses carros elétricos é que o conjunto motor e bateria exige menos manutenção. Além de uma preocupação a menos para quem vai comprar um usado, isso ajuda a baratear de maneira significativa o custo com revisões.

De acordo com a JAC, o primeiro dono desse E-JS1 gastou R$ 4.620 em manutenção ao longo de 120 mil quilômetros. Para se ter uma ideia, o proprietário de um Renault Kwid 2022 teria que ter gasto R$ 8.173 em revisões ao rodar a mesma quilometragem.

Sem precisar adivinhar se o dono usou o lubrificante certo no motor, dá para ser mais chato e se concentrar no estado geral do veículo. Vale ressaltar que os sistemas de suspensão e freios vão consumir a maior parte dos gastos com manutenção ao longo da vida útil do automóvel.

Em um elétrico, o conjunto motriz exige menos atenção do que em um carro a combustão
Crédito: Evandro Enoshita
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Justo, justinho

A primeira impressão não foi das melhores. Chato e detalhista, provavelmente não escolheria esse exemplar do JAC E-JS1 para fazer um test-drive em uma loja de usados. Mas confesso que me surpreendi ao sair para o primeiro passeio.

Como dono de um carro com quase 200.000 km rodados, sei muito bem que a quilometragem não quer dizer muita coisa quando se segue fielmente o plano de manutenção.

Mesmo assim, o JAC estava surpreendentemente justo para um automóvel de trabalho e tão rodado. Já havia testado um E-JS1 da frota de testes - um carro praticamente novo - e não senti diferenças de um exemplar para outro.

Este JAC das fotos tem pouco mais de 118 mil quilômetros registrados no hodômetro
Crédito: Evandro Enoshita
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Mesmo em pisos irregulares, não senti ruídos ou vibrações anormais vindos do sistema de suspensão e direção. Isso sem contar o ar-condicionado, que como é típico nos carros chineses, ainda era capaz de atingir temperaturas glaciais.

Tive a mesma boa impressão em relação ao desempenho do motor - de 62 cv - e da bateria, que garante autonomia de até 302 km (ciclo NEDC). Só os pneus - da marca Fuzion - já estavam perto do limite de desgaste e exigiam atenção nas curvas e em piso molhado.

Como falei mais acima, a única intervenção urgente nesse E-JS1 seria a troca dos pneus. Por se tratar de um elétrico - que neste carro entrega 15,3 kgf.m de torque desde a partida - valeria investir em um conjunto de uma boa marca. É muito fácil fazer o carro "cantar" pneus...

Na Webmotors, é possível encontrar um E-JS1 usado pelo preço de um hatch compacto 0 km
Crédito: Evandro Enoshita
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Quando vale a pena?

Aqui na Webmotors, é possível encontrar exemplares usados do JAC E-JS1 2022 por preços que variam entre R$ 94 mil e R$ 129.990. Já um zero quilômetro sai atualmente por R$ 135.900.

Valores equivalentes ao de um hatch compacto. Mas será que já vale a pena abandonar o flex pelo elétrico? Neste caso, a resposta vai depender muito do seu perfil de uso.

No meu caso, o JAC E-JS1 se mostrou bem adequado para deslocamentos diários. Cabine é pequena, mas permite o uso de cadeirinha infantil. Já o porta-malas é bem restrito e leva apenas 121 litros.

Como eu dificilmente pego estrada - condição que encurta bastante a autonomia - deu até para conviver com a ausência de um carregador em casa.  Acabei encostando em um shopping e paguei apenas o valor do estacionamento para recarregar a bateria. Mas é preciso ter paciência, já que um carregador do tipo Wallbox leva 4h para energizar totalmente o automóvel.

A cadeirinha do meu filho coube sem problemas, mas o porta-malas é bem restrito
Crédito: Evandro Enoshita
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No final das contas, não escolheria esse JAC E-JS1 usado para ser o meu único carro. Justamente por precisar de um automóvel um pouco mais versátil.

Agora, se você já tem outro carro para viajar, roda cerca de 40 quilômetros por dia em vias urbanas e tem como carregá-lo todos os dias (seja em casa ou no trabalho), esse modelo - mesmo usado e bem rodado - pode ser uma escolha interessante para dar o seu primeiro passo rumo à eletrificação.

Quem quiser conhecer outras opções de carros elétricos usados pode conferir um comparativo entre o JAC E-JS1 e outros modelos "populares" a bateria disponíveis no mercado brasileiro.

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