Seguindo essa linha, uma das principais novidades do modelo 2014 da S10 é o sistema multimídia MyLink, já visto em recentes lançamentos da marca como Onix e Prisma. A lista de equipamentos dos modelos também recebeu alguns incrementos. A versão LTZ da S10 recebeu como itens de série o sensor de estacionamento traseiro e console do teto com porta-óculos
Além disso, a picape ganhou a segunda geração do motor Chevrolet 2.8 Turbodiesel e uma nova caixa de transmissão manual de seis marchas para as versões equipadas com esse propulsor. Esta talvez tenha sido a mudança mais interessante na líder, como veremos abaixo.
Como tudo tem seu preço, a linha 2014 ficou mais cara. Nas versões movidas a diesel, a S10 tem preços que partem dos R$ 87.290 (variante de entrada LS com cabine simples, tração 4X4 e câmbio manual). Um aumento de R$ 2.440. Já a topo de linha, LTZ, com cabine dupla, tração 4X4 e câmbio automático, parte de R$ 135.990 (um acréscimo de R$ 3.640). Confira no fim desta matéria todos os preços da S10.
Mais potência e mais suavidade
A segunda geração do motor turbodiesel está mais potente. São 200 cv a 3.600 rpm, contra 180 do propulsor antigo. O torque também aumentou e foi para 51 kgfm – o maior da categoria – contra 47,9 kgfm do anterior. Deste total, 90% já estão disponíveis a partir dos 1.700 rpm. Para chegar a tais números, a Chevrolet efetuou diversas modificações no motor, dentre as quais: coletor de admissão em plástico, um novo sistema de injeção, pistões redesenhados e um novo sistema de recirculação de gases (EGR).
A mudança é bem-vinda, mas não podemos deixar de notar que parece ter sido uma resposta da Chevrolet ao movimento da concorrência: a nova Ranger teve sua potência elevada para os 200 cv e a Nissan Frontier chegou aos 190 cv. Afinal, as alterações ocorrem pouco mais de um ano e meio após o lançamento da atual fase. Talvez por isso não vemos qualquer alteração no visual da picape.
Já o câmbio de seis marchas é uma boa evolução. A relação de marchas foi bem ajustadas e os engates estão bastante preciso. Dentro da cabine o rodar é mais silencioso. Na cidade, a transmissão ajudar a dar à robusta picape um lado dócil. A sexta marcha vem para poupar o esforço do motor e diminuir o consumo. Embora, aí sim um aspecto negativo, o consumo de diesel apontado pelo computador de bordo variou entre 6,5 e 7,1 km/l durante o período que testamos a picape.
Como costumeiramente vemos nas picapes médias com a caçamba vazia, a S10 balança bastante, mesmo no asfalto, principalmente ao passar por imperfeições do piso. Em curvas mais acentuadas, a carroceria rola um pouco, mas nada que abale o conforto.
Conclusão
Se a linha 2014 da S10 foi apenas uma resposta à concorrência, foi uma baita resposta. O novo powertrain tem tudo para que o modelo mantenha a liderança. Aliás, um domínio comparável ao do VW Gol nos automóveis. A S10 mantém a ponta desde seu lançamento em 1995, com participação de 30% no segmento.
Se a líder teve que se mexer para não ter seu domínio abalado, agora a batata quente está de novo na mão dos concorrentes.
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