Picape é líder do segmento, de forma ininterrupta, desde 2016. O segredo do sucesso é uma série de fatores combinados.
A Toyota Hilux mandou avisar que vai muito bem, obrigada! Líder invicta do segmento desde 2016, a picape média parece ter lugar cativo na cabeça - e na garagem - do brasileiro.
Mesmo com a chegada de rivais cada vez mais modernas e tecnológicas, a Hilux continua soberana no segmento das médias. Nos três primeiros meses de 2025 foram mais de 10 mil unidades emplacadas, número que a mantém com folga à frente de Ford Ranger, Chevrolet S10, Ram Rampage e companhia.
Fomos ao volante da versão SRX, uma das mais completas da linha, para entender por que a picape ainda conquista tantos fãs. A seguir, todos os detalhes - e o principal: como se comporta ao dirigir.
A Toyota Hilux SRX 2025 continua com aquele visual robusto que transmite impressão de força à primeira olhada. A dianteira tem para-choque com recortes marcantes e detalhes cromados em volta da grade, além de faróis 100% em LED, inclusive os de neblina. É uma combinação que moderniza o visual sem perder o estilo bruto que fez a fama da picape.
Nas laterais, destaque para as rodas de liga leve de 18 polegadas, os para-barros nas quatro rodas, os detalhes cromados nos retrovisores e nas maçanetas, e para os estribos, que reforçam o toque mais refinado da versão SRX.
Na traseira o desenho é mais discreto, com lanternas em LED e para-choque cromado. A caçamba não decepciona: tem capacidade para 1.005 quilos de carga útil. Quem precisar rebocar também não vai se frustrar: com peso bruto combinado de 6.630 quilos, a Hilux puxa até 3.500 quilos (reboque com freio) - número que poucas concorrentes superam.
Por dentro, a Toyota Hilux entrega o que se espera de uma picape topo de linha: muito conforto, bom acabamento - mesmo que boa parte seja em plástico - e itens de assistência à condução que facilitam o dia a dia.
Os bancos são de couro, com ajustes elétricos e ventilação nos dianteiros e o ar-condicionado é digital de duas zonas. A partida é por botão, o retrovisor é eletrocrômico e o painel tem uma tela de TFT de 4,2 polegadas no quadro de instrumentos.
A central multimídia tem nove polegadas e oferece Android Auto e Apple Carplay sem necessidade de fio - não é a mais moderna do segmento, mas funciona bem e é fácil de usar. Ainda na parte frontal, motorista e passageiro têm acesso a uma entrada USB e a uma tomada 12 Volts.
No banco traseiro, a segunda fileira acomoda dois adultos com conforto, com espaço razoável para as pernas, e ainda tem saídas de ar-condicionado exclusivas e outras duas entradas USB-C.
A SRX tem o conhecido motor 2.8 turbo-diesel, que entrega 204 cv de potência e 50,9 kgfm de torque. Alias, esse é o propulsor que equipa todas as versões e um dos motivos da boa fama da picape. Já o câmbio automático de seis marchas varia de acordo com a versão.
No dia a dia, esse conjunto mostra por que a Hilux SRX continua tão popular. A aceleração é firme e constante, com respostas rápidas, especialmente nas arrancadas e retomadas. O motor entrega torque com disposição desde giros baixos, o que facilita na cidade, nas trilhas ou até trechos levando carga pesada.
Segundo dados da Toyota, a aceleração de zero a 100 km/h acontece em cerca de 10 segundos, e a velocidade máxima é de 180 km/h. O consumo também agrada: média de 9,7 km/l na cidade e de 10,6 km/l na estrada.
Para o fora de estrada a picape tem tração 4x4 com reduzida com acionamento eletrônico, e também controles eletrônico de estabilidade e de tração, com opção de bloqueio do diferencial.
Mas o que realmente se destaca na SRX é a dirigibilidade. A direção é leve para o porte do carro, o que facilita em manobras de trechos urbanos e deixa a picape mais "na mão", mesmo em velocidade de cruzeiro.
Claro, ainda há aquele comportamento típico de picape com chassi sobre longarina - como algumas trepidações em pisos muito irregulares, principalmente sem carga.
Mas, no fim das contas, é o tipo de carro que te convida a dirigir sem pressa e que passa ao motorista a sensação de estar no controle de uma picape média daquelas bem "raiz".
Além dos itens já mencionados, a versão SRX também tem sete airbags, assistente de partida em rampa, controle de descida, alerta de mudança de faixa, assistente de pré-colisão frontal com alertas sonoro e visual e, se necessário, frenagem automática com reconhecimento para carros, pedestres e ciclistas. Também estão a bordo assistentes de reboque e de subida e descida, controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e sensores de estacionamento dianteiros.
A Toyota Hilux SRX 2025 tem preço sugerido de R$ 338.990. Além do valor do carro, é bom considerar os custos de manutenção e seguro. As cinco primeiras revisões saem por R$ 9.467, enquanto o seguro anual gira em torno de R$ 25 mil, dependendo do perfil do motorista e da região.
Mesmo diante de tantas rivais mais recentes, a Toyota Hilux SRX continua relevante - e mais do que isso, ainda é a referência.
O visual é imponente, o acabamento interno é bom, o motor turbo-diesel continua afiado e, acima de tudo, a dirigibilidade passa aquela sensação de controle, robustez e confiabilidade que esse tipo de público tanto valoriza.
Determinados aspectos podem soar até defasados quando comparado com os de modelos mais novos, que chegaram ao mercado há menos tempo e que podem entregar mais no quesito tecnologia.
No entanto, a Hilux tem aquilo que o público-alvo dela deseja. E, acima de tudo, tem a confiabilidade e tradição da marca a seu favor, outros dois fatores extremamente valorizados por aqueles que buscam uma picape média.
TOYOTA - HILUX - 2019 |
2.8 SRX 4X4 CD 16V DIESEL 4P AUTOMÁTICO |
R$ 201390 |
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