Toyota Hilux SRX Plus é a versão topo de linha da picape média. Com melhorias na suspensão e nos eixos, ela está ainda mais bruta para o um off road.
A picape Toyota Hilux vai muito bem, obrigado. Quando o assunto é vendas, a bruta da Toyota é a única picape média que consegue brigar em vendas com Fiat Toro e até com Volkswagen Saveiro. No entanto, a marca japonesa quer mais, claro, e recentemente lançou uma nova versão: a SRX Plus, que o WM1 teve a oportunidade de testar por uma semana.
E, logo de cara, o que podemos dizer é que a “grandalhona” chama a atenção por onde passa. Com para-lamas alargados, suspensão que a deixa ainda mais alta e com belas rodas de liga leve de 18 polegadas, a SRX Plus não sai para um rolê sem que alguém aponte o dedo ou torça o pescoço.
A Hilux SRX Plus parte de R$ 334.890. No entanto, na unidade avaliada, a cor Cinza Granito cobra um extra de R$ 2.010, elevando o preço para R$ 336.900. E, tirando as configurações da GR-Sport, passa a ser a topo de linha, logo acima da SRX, que custa R$ 324.490. A garantia é de cinco anos sem limite de quilometragem (ou 100 mil quilômetros, em caso de uso comercial).
Há alguns anos, as picapes médias evoluíram demais nos equipamentos voltados para comodidade e conforto. E a Hilux SRX Plus segue este caminho quando falamos do interior.
O banco do motorista tem ajustes elétricos e os dois dianteiros são revestidos em couro e trazem sistema de resfriamento. E a boa posição ao volante fica mais fácil de encontrar graças às regulagens de altura e profundidade da coluna de direção.
O painel de instrumentos foca no funcional. Nada de tela de várias polegadas configurável. A Hilux prefere ir no convencional bem entregue, com dois grandes mostradores analógicos (conta-giros e velocímetro) e uma tela de TFT no centro. Pelo volante multifuncional é fácil fazer a seleção das informações que se deseja visualizar durante a viagem.
Chama a atenção a central multimídia. É simples e intuitiva, tem tela de nove polegadas sensível ao toque e configurável, e permite pareamento com Android Auto e Apple CarPlay sem a necessidade de cabo.
Poderia ter um sistema de carregamento por indução (wireless charger), apesar de a entrada USB presente cumprir bem o papel de dar uma carga no celular. O ar-condicionado é digital e automático, com duas zonas.
Em segurança, destaque principal para os sete airbags (frontais, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista). A versão SRX Plus também é equipada com o pacote Toyota Safety Sense, que reúne tecnologias que auxiliam o motorista. Inclui alertas de colisão frontal e de saída de faixa, controle de cruzeiro adaptativo (o popular ACC) e frenagem autônoma de emergência – que freia o carro em um caso de colisão iminente, reduzindo os estragos de uma batida.
A principal característica da Hilux sempre foi sua capacidade de ser bruta na medida certa, sem ficar parecendo um caminhãozinho. E o “Plus” somado ao SRX nessa versão se deve às melhorias que tornam a picape fabricada na Argentina ainda mais valente.
O eixo dianteiro, por exemplo, está 14 cm mais largo, enquanto o traseiro, que passa a ter barra estabilizadora, ganhou 15,5 cm. O resultado visual é uma Hilux mais larga. Vale ressaltar ainda os novos amortecedores com 3 mm a mais de diâmetro – os das rodas traseiras, aliás, foram reposicionados.
Na cidade, com a caçamba vazia, a Hilux se comporta com uma picape média normal. A traseira pula, mas mantendo completamente a estabilidade da bruta. Dirigir a Hilux SRX Plus é garantia de não passar sustos. Ela está sempre na mão.
O motor 2.8 16V de quatro cilindros turbodiesel cumpre seu papel. Com 204 cv de potência máxima e bom torque de 50,9 kgf.m, as acelerações da “grandalhona” - que tem 5,32 m de comprimento e 3.090 quilos - são boas. Ponto positivo para a transmissão automática de seis marchas, que consegue extrair performance do propulsor.
As trocas são feitas apenas na na alavanca, e um paddle shift cairia bem. O seletor de tração 4x4 e de reduzida está presente de maneira discreta, e tem fácil acionamento.
A picape é bem equilibrada. Mas quando abusamos do acelerador, a eletrônica interfere na medida certa. “Poda” a ação do motor para que a Hilux não saia do controle.
Para os ocupantes do banco dianteiro, a Hilux tem excelente espaço. Mesmo para os mais grandalhões. No banco traseiro, um velho problema das picapes médias: a posição das pernas. Os joelhos ficam muito flexionados, criando uma postura que incomoda com o passar do tempo. Para crianças, porém, tudo é perfeito.
A Toyota Hilux SRX tem caçamba com volume para levar 1.000 litros e transportar uma tonelada (1.000 quilos). O ponto negativo fica por conta da tampa, que não trava junto com as portas – por isso é preciso retirar a chavinha interna da chave presencial e trancar como se fosse a porta de casa. A tampa também não tem sistema de amortecimento, o que pode dificultar o manuseio. Algo para aliviar a queda da tampa pode ser uma evolução interessante.
Bom, além do Plus no nome, a diferença primordial está nas evoluções mecânicas, especialmente nos eixos dianteiro e traseiro, nos amortecedores, na altura em relação ao solo, nos ângulos de ataque e de saída e nos reforços. Podemos dizer, em linhas gerais, que a SRX Plus é ainda mais bruta que a SRX.
Para quem estava pensando em comprar a SRX, mas sabe que vai abusar um pouco mais nas rotas off-road, sim, investir na Plus é o caminho certo. E tudo se deve às novidades mecânicas que foram incorporadas na configuração, deixando a picape mais bruta.
Mais do que gosto, sua escolha está diretamente relacionada ao uso.
TOYOTA - HILUX - 2024 |
2.8 D-4D TURBO DIESEL CD SRX PLUS 4X4 AUTOMÁTICO |
R$ 333290 |
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