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Virtus Exclusive: sedã classudo e esportivo?

A versão topo de linha do três volumes combina bom espaço interno com visual elegante e temperamento bem nervoso


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Os sedãs já viveram dias melhores no mercado brasileiro. Mas em um mundo em que as station wagon se tornaram animais em extinção (R.I.P.), defendo que os carros três volumes são a opção ideal para quem quer combinar prazer ao dirigir com bom espaço para a família. Falando em satisfação ao volante, não podemos deixar de lembrar do Volkswagen Virtus Exclusive.

O Virtus Exclusive é a versão topo de linha do sedã compacto da marca alemã, e a única equipada com o motor 1.4 turbo flex de 150 cv. Com preço de R$ 150.990, já invade a faixa de preço dos modelos médios.

A Volkswagen quer que você veja o modelo como um carro classudo. Mas o sedã agrada mesmo é quem está em busca de um três volumes de temperamento mais nervoso que a média. Confira o teste a seguir.

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Volkswagen Virtus Exclusive

Por fora...

A Volkswagen até tentou disfarçar. Mas esse classudo Virtus Exclusive nada mais é do que o GTS pré-reestilização que trocou as roupas esportivas por algo mais próximo de um traje esporte chique.

Traduzindo essas referências para o mundo dos carros, saíram de cena os elementos na cor vermelha e entraram os detalhes em cinza. Já as (belas) rodas de 18 polegadas da antiga versão esportiva permanecem nesse Virtus Exclusive. E, na minha opinião, casaram muito bem com esta nova proposta do sedã compacto.

Aliás, acho que esse reposicionamento do topo de linha foi muito inteligente, já que o Virtus Exclusive não tem a pecha de esportivo e é capaz de atrair até mesmo aquele público mais velho e conservador, que torce o nariz para o visual chamativo do antigo Virtus GTS. Afinal, nem todo tiozão que gosta de acelerar está disposto a sair por aí com um par de tênis laranja...

O interior ganhou sofisticação na versão Exclusive, mas ainda é típico de um compacto
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Por dentro...

Essa aposta pela sobriedade também está no interior. Ainda não foi desta vez que a Volkswagen optou por um painel acolchoado para o Virtus (mesmo nessa versão de topo).

As cores preta e cinza estão por todos os lados. Mas apesar dos plásticos rígidos - e que destoam da proposta da máquina -, o uso de um revestimento em couro em várias superfícies internas (incluindo no painel e nas portas) ajudou a enriquecer um pouco o visual do modelo.

Bons mesmo são os bancos de couro com costuras em padrão diamante em parte do encosto e do assento. Um truque manjado, mas que sempre agrada ao olhar. Escolha, aliás, que caiu melhor no Virtus mais caro do que o padrão de costura visto nas versões mais acessíveis.

A padronagem dos bancos de couro e o espaço interno estão entre os pontos fortes do Virtus
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Se o acabamento interno ainda está um pouco abaixo do que se espera de um carro de mais de R$ 150 mil, o espaço é um dos pontos fortes do modelo. São 4,56 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,48 m de altura e entre-eixos de 2,65 m.

Trocando números por impressões, isso quer dizer que a cabine tem a largura típica dos compactos e não impressiona nesse aspecto. Já o comprimento e o entre-eixos longos são sentidos principalmente no banco traseiro, que oferece um belo espaço para as pernas.

Sobrou espaço para o meu filho, João, e para a Juliana, minha esposa. Que, aliás, elogiou o conforto do assento. Na hora de levar as malas, o Virtus também atende bem às necessidades de uma família. São 521 litros de capacidade no padrão VDA (mais próximo do uso real). Área de carga superior à oferecida em muitos SUVs grandalhões.

A multimídia VW Play é um dos itens de série do Virtus Exclusive
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Equipamentos

O pacote de equipamentos do Virtus Exclusive é bem completo para um compacto. Estão presentes itens como ar-condicionado automático, carregador de celular por indução, painel digital configurável de 10,25 polegadas, central multimídia VW Play, retrovisor interno eletrocrômico, sensor de chuva e chave presencial.

Já o pacote tecnológico e de segurança tem frenagem autônoma, controlador adaptativo de velocidade, assistente de partida em rampas, seis airbags, seletor de modos de condução, detector de fadiga, faróis de LED com acendimento automático, faróis de neblina com função luz de conversão e direção elétrica.

É uma lista bem recheada. Mas que ficaria melhor ainda se a Volkswagen tivesse incluído no pacote itens como assistente de manutenção e centralização em faixa e monitor de pontos cegos. Itens disponíveis em concorrentes mais baratos.

O motor 1.4 turbo flex de 150 cv é combinado com um câmbio automático de seis marchas
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Mecânica

Com 150 cv de potência e 25,5 kgf.m de torque, o motor 1.4 turbo flex é um velho conhecido dos brasileiros. Estava presente no Golf de sétima geração e ainda hoje é usado por modelos como os SUVs T-Cross e Taos, além do esportivo Polo GTS.

O propulsor é combinado a um câmbio automático de seis marchas. Esse conjunto permite ao Virtus Exclusive acelerar de zero a 100 km/h em 8,5 segundos e atingir a velocidade máxima de 209 km/h. São boas marcas para um modelo compacto!

O painel digital, completo e fácil de configurar, é o mesmo usado em outros Volkswagen
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Ao volante

Não é só na ficha técnica que o Virtus Exclusive agrada aos olhos. Se você é daqueles que, como eu, bota o prazer ao dirigir acima do conforto, faça um test-drive neste carro antes de fechar negócio.

Apesar da posição de guiar (e do painel) relativamente altos, o Virtus Exclusive também ganha pontos pela ergonomia mesmo se você tiver 1,65 m de altura. Aperto o botão de partida e as boas impressões começam já nos primeiros minutos ao volante.

O painel digital é o mesmo usado em modelos como o T-Cross e o Nivus. É fácil de configurar e cheio de informações, facilita a adaptação de quem já está familiarizado com outros Volkswagen. Ponto positivo também para a central VW Play. Mundo perfeito? Quase. Assim como o Polo, o Virtus também fica devendo um botão físico para a abertura remota do porta-malas, que é feita na multimídia.

O motor 1.4 turbo e o câmbio automático de seis marchas têm funcionamento bem esperto e transmitem segurança em retomadas e acelerações mesmo com o carro cheio. Se você selecionar o modo de condução "Sport", além do comportamento ainda mais aceso, você leva ainda, de brinde, a ativação do sistema que simula um som mais encorpado para o motor.

É algo divertido nas primeiras voltas. Mas que poderia facilmente ser deixado de lado pela Volkswagen. Até porque o que faz desse Virtus Exclusive um sedã compacto realmente bacana de guiar é o acerto das suspensões, mais firme, que também foi herdado do antigo GTS.

Combinado com a direção elétrica, também mais pesada que a média, esse é um carro que estimula você a sempre buscar o limite em curvas. Garanto a vocês que o sorriso é garantido.

O Volkswagen Virtus Exclusive é uma compra mais emocional do que racional
Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Conclusão

Bem mais caro que os outros sedãs compactos do mercado, o Volkswagen Virtus Exclusive tem como rivais diretos em preço os (bem mais pacatos) médios Nissan Sentra Advance CVT, que parte de R$ 149.990, e o Toyota Corolla GLi, a partir de R$ 148.990.

De fato, esse Virtus de luxo (ou seria um esportivo disfarçado?) é um daqueles carros feitos para quem pensa mais com a emoção do que com a calculadora. Afinal, não deixa de ser um compacto. Mas arranca sorrisos ao dirigir.

Se eu compraria esse carro aqui? Bom... eu costumo ser bem passional quando o assunto é carro e gostaria mesmo que o meu orçamento comportasse esse Virtus aqui. Vou jogar para o universo e quem sabe...

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