O novo Yamaha NMax Connected ABS 2023 foi lançado no começo do mês de novembro, conforme noticiamos aqui no WM1. O scooter da marca japonesa tem versão única e segue a mesma receita do modelo 2022, mas ganhou algumas novidades.
Como o próprio nome já dá a dica, uma das principais inovações do modelo está na conectividade. O Yamaha NMax 2023 ganhou conexão Bluetooth com o aplicativo Yamaha Motorcycle Connect, também chamado apenas de Yamaha Connect.
As outras novidades importantes na linha 2023 são o controle de tração, que já estava presente no rival Honda PCX 160 e era inédito no NMax, e os novos amofrteecdores traseiros - falaremos destes mais adiante.
O aplicativo permite gerenciar os indicadores de uso e desempenho do scooter, programar as manutenções, identificar o modo de pilotagem mais econômico, localizar o último local de estacionamento, receber notificações de chamadas e mensagens e marcar e compartilhar nas redes sociais as rotas mais interessantes. Mas o modelo peca por insistir na tomada 12V e ainda não ter uma tomadinha USB para carregar dispositivos móveis com mais facilidade.
Durante as primeiras impressões pelas ruas da cidade de São Paulo, a convite da Yamaha, pude conhecer um pouco mais de perto essa função. O app, que tem algumas funcionalidades em teste - o famoso beta -, precisa ser aprimorado: por vezes travou e precisou ser reiniciado para poder se conectar com o scooter e voltar a compartilhar algumas informações com o motociclista, como as últimas rotas e média de consumo de combustível.
O motor é o mesmo de antes: o eficiente monocilíndrico de 155 cm³ com quatro válvulas, comando único, refrigeração líquida e sistema de abertura variável das duas válvulas de admissão.
Assim, mantém a potência máxima de 15,4 cv a 8.000 rpm e o torque de 1,4 kgf.m a 6.500 rpm - é pouca coisa mais fraco que o novo Honda PCX 160, que entrega 16 cv de potência a 8.500 rpm e 1,5 kgf.m a 6.500 rpm. Ainda assim o scooter da Yamaha proporciona arrancadas e retomadas vigorosas e boa velocidade no trânsito urbano. Ah, o NMax também tem sistema start & stop, para ajudar na economia de combustível, chave presencial e painel 100% digital.
Apesar de ser menos potente que o rival da Honda, o scooter da Yamaha, pelo menos ao longo dessas primeiras impressões na cidade de São Paulo, foi menos econômico. O computador de bordo chegou a registrar média de 40 km/l e autonomia de 284 quilômetros com o tanque com 7,1 litros de capacidade, enquanto o novo PCX 160, recém-avaliado pelo WM1, marcou os 45,5 km/l e 364 quilômetros de autonomia com o tanque de 8 litros.
Além da conectividade, a outra novidade importante no NMax 160 2023 é o controle de tração na roda traseira. Vinculado aos freios ABS nas duas rodas, o dispositivo auxilia o controle da pilotagem em condições de baixa aderência do piso e pode ser desligado se o piloto quiser emoções mais fortes.
Nas primeiras impressões no trânsito da capital paulista o sistema não entrou em ação, mas segurança nunca é demais. Vale lembrar que o principal concorrente do Yamaha NMax, o novo Honda PCX 160, também tem o dispositivo.
O NMax também ganhou novos amortecedores traseiros e, com eles, ficou um pouco mais confortável. O bichoque traseiro rígido demais (aliás, algo comum em scooters) sempre foi um ponto contra no modelo, mas agora, com 8,6 cm de curso e dois níveis de ajuste (que são feitos manualmente), o sofrimento diminuiu. Na dianteira seguem os garfos telescópicos com 10 cm de curso.
O scooter também ganhou inéditos pneus Pirelli Diablo Scooter - com composto derivado dos usados em motocicletas de maior cilindrada -, que vêm calçados em rodas de 13 polegadas tanto na frente (110/70 R13) como atrás (130/70 R13). No nosso rolé, a aderência foi elogiável o tempo todo.
Os freios do NMax, porém, não mudaram. Continua o sistema com discos de 230 mm e ABS nas duas rodas como item de série, que proporciona frenagens muito seguras em todas as situações.
Como costuma acontecer com os scooters, o Yamaha NMax Connected ABS 2023 é um veículo muito ágil, prático e versátil para usar no dia a dia nos centros urbanos, e até mesmo para deslocamentos rodoviários de curtas ou - com atenção - médias distâncias.
A linha 2023 do scooter da Yamaha está disponível nas cores azul metálica (Navy Blue), vermelha (Solar Red) e verde fosca (Matt Green), com preço público sugerido de R$ 19.690 + frete da região (R$ 20.345 + Frete no estado de São Paulo). Já a cor especial cinza fosca (Matt Gray) custa R$ 19.990 + frete da região (R$ 20.655 + frete em São Paulo).
A missão do novo NMax não será fácil, já que o Honda PCX 160, que lidera as vendas do segmento, é mais barato. O preço sugerido da versão ABS é de R$ 17 mil, e da topo de linha DLX é de R$ 17.400, sem frete e seguro.
Yamaha NMax Connected ABS
Preços: a partir de R$ 19.690
Motor: monocilíndrico de 155 cm³, refrigerado a líquido, potência de 15,4 cv a 8.000 rpm e torque de 1,4 kgf.m a 6.500 rpm
Transmissão: Automática CVT. Controle de tração
Suspensões: dianteira com garfos telescópicos e curso de 10 cm; traseira bichoque com 8,6 cm de curso
Freios: disco simples de 230 mm nas rodas dianteira e traseira, ABS nas duas rodas
Pneus: 110/70 R13 na frente e 130/70 R13 atrás
Dimensões: comprimento de 1,93 m, entre-eixos de 1,34 m, banco a 76 cm do solo, vão livre de 12,5 cm e peso em ordem de marcha de 131 quilos
Tanque: 7,1 litros
Consumo: 40 km/l (medição Webmotors)