Parece piada de Dia da Mentira, mas é verdade. A Volkswagen lançou o Golf Harlequin em 1996, uma versão que saía de fábrica com quatro cores numa única carroceria. Poucas unidades foram produzidas nos EUA. Quase duas décadas depois, o administrador Henry Rovera decidiu criar a primeira réplica brasileira do modelo, revelada agora no WebMotors.
O hatch choca pelo excesso: são quatro cores diferentes espalhadas pela carroceria e elas não são nada discretas: amarelo, vermelho, verde pistache e azul marinho. E a ousadia rende comentários e piadas entre os amigos: “Falam que é o carro do Patati e Patatá, da Ultragaz, do palhacinho”, brinca Rovera.
Lançado em 1996, o Golf Harlequin foi idealizado pela Volkswagen norte-americana com o intuito de chamar atenção para o hatch que estava no fim da terceira geração — o modelo mudou em 1998. A marca dizia que o Harlequin seria uma versão para pessoas de estilo e bom gosto. Apenas 256 unidades foram produzidas.
Ajuda internacional
O modelo logo caiu no gosto dos fãs de customização pela excentricidade e hoje são raríssimos nos Estados Unidos. Foram proprietários desses modelos, aliás, que ajudaram Henry a produzir o primeiro Harlequin brasileiro. “Conheci donos de modelos originais através do Facebook, onde consegui os códigos das cores para fazer o meu”, explica.
A base utilizada foi um Golf GLX 1998, encontrado no WebMotors com apenas 50 mil quilômetros rodados. A pintura ficou a cargo da loja paulista Leandrini, que desmontou o carro inteiro para fazer a modificação. Estudando mais sobre o modelo, Henry descobriu que existem quatro combinações de montagem do Harlequin, sempre com as mesmas cores, mas distribuída em peças diferentes.
“Existem quatro combinações e o que determina é a cor do teto e da coluna C, que no meu são verde pistache”, explica. Fã de customização, Henry providenciou ainda outras mudanças no modelo. O Golf ganhou suspensão a ar Castor, que modifica a altura do carro através de um controle remoto.
Outro toque especial está no volante da marca italiana Momo, em homenagem as cores da extinta equipe Benetton de Fórmula 1. E como Henry classifica o carro? “A reação das pessoas em relação ao carro é ame ou odeie. Eu construí o carro porque eu gostei, eu acho que é divertido, que arranca sorrisos na rua, faz a vida mais feliz. Não tem como ficar indiferente ao carro”, finaliza.