Vídeo: BMW S 1000 RR

Levamos a superesportiva alemã para a pista e comprovamos:ela é animal!
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Karina Simões
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Coincidentemente escolhemos para estrear os vídeos de motocicletas da WebMotors no Youtube, a mesma moto que dominou as telas de cinema de todo o Brasil na última semana no filme “Missão: Impossível – Nação Secreta”. Estamos falando da imponente e veloz BMW S 1000 RR. Coincidentemente, quem pilota a esportiva a maior parte do tempo no longa-metragem é uma mulher. Aqui, no nosso vídeo, também. A diferença é que não temos os efeitos especiais que a produção de Hollywood utiliza, mas em contrapartida aceleramos a nova geração da esportiva – no filme eles pilotam o modelo antigo. Boa, WebMotors!

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Tive um dia de pista com essa belezinha, apenas um, e bastou para que ficasse muito evidente para mim quão pontuais foram suas mudanças. Foram mais de 150 quilômetros rodados na pista e quase um tanque de combustível para explorar o que ela tem de melhor.

Desde que esta moto foi lançada, em 2009, ela fez a concorrência crescer os olhos, assim como quem gosta de acelerar, especialmente, pela eletrônica embarcada. Todavia, para a nova geração, a BMW realizou mudanças certeiras: aumentou a potência, baixou o peso, refinou a eletrônica e (notícia que vai agradar os brasileiros) nacionalizou o modelo, o que fez que o preço baixar R$ 4 mil.

A melhora no visual também merece destaque. Na versão utilizada no filme, os faróis assimétricos ficam bem evidentes. Um arredondado do lado direito e outro mais afilado do lado esquerdo. Agora eles inverteram de lado, não estão tão discrepantes e, assim como as guelras de tubarão que embelezam o lado direito da moto, estão mais agressivos. O visual do escape também mudou. A peça arredondada que vemos nos exemplares utilizados no filme de Tom Cruise, foi substituida por uma maior. Embora o design dele não tenha agradado muito, só a peça foi responsável por elilimar três quilos da RR. No total, ela emagreceu 4 kg!

O motor de quatro cilindros em linha ganhou 6 cv de potência, totalizando 199 cv, e o toque é de 11,5 kgf.m. Uma patada que não entra de forma abrupta, e sim progressiva. Trocando em miúdos, ela não te dá sustos e tenta te manter seguro em cima dela durante todo o tempo. Isso porque a eletrônica toda atua muito em prol da segurança. De série, são oferecidos três modos de pilotage: Rain, Sport e Race. No Brasil, ela é vendida apenas com o pacote Full, que adiciona os modos Slick e User. Nesse último modo, é possível alterar ao seu gosto os níveis de atuação de controle de tração e ABS, mapeamento do motor, resposta do acelerador e enrijecimento das suspensões. Tudo isso sem ferramentas, ao toque de alguns botões.

Falando em botões, para alterar os modos de pilotagem é necessário apertar apenas um botão que está ao alcance do seu polegar direito e, o melhor, com a moto em movimento. Comecei com o modo Rain para me adaptar à pista e à moto. Neste modo, a potência cai para 189 cv e o controle de tração e ABS ficam bem mais intrusivos. Mesmo que a potência ainda seja alta, a impressão é que a moto está travada, uma boa pedida para situações de chuva ou piso escorregadio. Quem vai querer arriscar com uma moto que beira os R$ 80 mil?

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No modo Sport, a potência é entregue integralmente, mas ainda podemos sentir os controles atuando, em especial o ABS. No modo Race, a moto fica mais na mão e, a cada volta a brincadeira fica mais divertida. Lógico que um conjunto de freios “sarado” contribui para te dar mais segurança quando o velocímetro está na casa dos 200 km/h e a curva chegando cada vez mais rápido. Ela utiliza discos duplos flutuantes de 320 mm com pinças Brembo de quatro pistões na dianteira e na traseira um disco simples de 220 mm de diâmetro com pista flutuante de um pistão. Ambos com ABS.

Um sistema que me conquistou e que a bela moça do filme não pôde experimentar é o quick shifter - um assistente de troca de marchas que dispensa o acionamento da embreagem para as trocas - , que está mais sofisticado nesta nova geração. O sistema continua auxiliando as trocas nas marchas para cima, mas agora permite também realizar reduções. O tempo de corte do motor é muito preciso e as marchas entram independentemente da rotação, de maneira muito suave. Fiquei impressionada como todo o conjunto trabalha com muita coordenação, especialmente em reduções bruscas. Você pode se perguntar que diferença isso faz. Para mim, que nunca havia andado naquela pista, era ideal para que eu pudesse me concentrar totalmente na preparação da moto para entrar na curva, e contorná-las cada vez mais rápido. Contudo, para quem anda em pista e busca baixar o tempo, isso representa milésimos de segundos a menos a cada troca. Pra quem gosta de inverter o câmbio para andar na pista, a BMW facilitou a mudança, que agora depende de um parafuso de fácil acesso. Bom trabalho, BMW.

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Como bônus, a cada redução há um “pipoco” lindo de ouvir. O estouro é, no mínimo, empolgante. No mais, a moto conta com um sistema anti-wheeling, responsável por manter a roda dianteira no chão a maior parte do tempo e ainda oferece mimos como o aquecedor de manoplas.

Com a montagem no Brasil, ela passou a custar R$ 72.900 na cor vermelha ou preta, e R$ 76.400 na tricolor. Se você assistiu ao filme, deve ter morrido de dó ao ver vários exemplares da RR ralando a carenagem no asfalto, mas em contrapartida deve ter se empolgado com a cena da perseguição em uma estrada cheia de curvas. Com certeza, me empolguei mais ainda com esta superesportiva alemã em um dia de pista, e pude comprovar que mesmo sem ter uma missão impossível para cumprir essa moto pode ser muito estimulante.  

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