#Fast! Com certeza, o Peugeot 208 GT se encaixa na categoria dos carros rápidos que passaram pelo mercado brasileiro, e que também deixaram saudades. Não apenas por ter performance acima da média, mas por entregar um tempero à condução e por ser oferecido com câmbio manual. Abençoados sejam os engenheiros da marca francesa!
O 208 GT desembarcou em solo brasileiro ainda no primeiro semestre de 2016, e de cara impressionou os jornalistas especializados – eu fui um deles, devo admitir. Mas, pouco mais de três anos depois, em outubro de 2019, a Peugeot botou um fim na saga do modelo, alegando vendas abaixo do esperado. Uma pena...
Mas não estamos aqui para choramingar, e sim para exaltar o “petite fusée” (foguetinho, em francês, segundo o Google Tradutor...rs). Para começo de conversa, ele era equipado com um velho conhecido do mercado brasileiro: o motor 1.6 THP (Turbo High Pressure), que até hoje está em alguns modelos da Stellantis, como o Citroën C4 Cactus e o Peugeot 2008.
Flex desde aquela época, esse bloco de quatro cilindros, turbo e injeção direta de combustível gerava 166 cv (gasolina)/173 cv (e) de potência máxima a 6.000 rpm e um torque de 24,5 kgf, (g/e) a somente 1.400 giros. Ou seja, bastava fazer um carinho no acelerador com a sola do pé direito que o 208 GT oferecia o seu máximo.
O grande barato – e um diferencial muito cultuado em outros modelos, como no Renault Sandero RS, no Fiat 500 Abarth e até mesmo no Volkswagen Up! com motor TSI – era o câmbio manual. Nada de transmissão automática ou mesmo automatizada de dupla embreagem. O Peugeot 208 GT tinha caixa manual de seis velocidades, com engates curtos e precisos.
O casamento do motor 1.6 turbo com esse câmbio, mais o fato de pesar 1.196 quilos, o que não é muito, garantia ao hatch uma aceleração de zero a 100 km/h em apenas 7,6 segundos e uma velocidade máxima de 222 km/h.
Importante ressaltar: o powertrain do 208 GT vendido no Brasil era igual ao do 208 GTI comercializado na Europa. A diferença era que lá o motor só queimava gasolina e havia uma versão de apenas duas portas (puro charme, na minha opinião).
A direção tinha assistência elétrica e uma boa comunicação com o solo. Se fosse um pouquinho mais pesada em velocidades mais elevadas, e precisa, seria perfeita. A suspensão (independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira) também era um ponto que merecia um setup mais refinado, entregando mais rigidez e abrindo mão completamente do conforto. Afinal de contas, o 208 GT era ou não era um esportivinho?
Freios a disco nas quatro rodas e controles de tração e estabilidade também eram itens de série do Peugeot 208 GT, que vinha completinho de fábrica.
Com certeza, o francesinho será um futuro clássico. Primeiro, pela personalidade. Segundo, por ser um modelo raro no mercado. Entre os mais de 400 mil carros anunciados na Webmotors atualmente, apenas 18 são 208 GT, com preços que vão de R$ 71.400 e podem passar da casa dos R$ 100 mil. Caso esteja interessado em um, basta clicar aqui!
Quando chegou, o Peugeot 208 GT custava aproximadamente R$ 80 mil (mesmo valor que a Peugeot pede hoje pelo 208 Style, configuração de entrada equipada com motor 1.0 aspirado...), e tinha como principais concorrentes o Suzuki Swift, o Citroën DS3 e o Sandero RS. Detalhe: na época, o Renault custava R$ 20 mil a menos que o compatriota. Talvez por isso a vida do modelo da marca do leão tenha sido curta no Brasil - apesar de intensa.