HR-V Touring: 3 motivos para ter e 3 para não ter

SUV compacto ganhou nova geração e chegou neste semestre com ótimo desempenho, dinâmica e estilo. Vale assinar o cheque?

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André Deliberato
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A Honda lançou neste segundo semestre de 2022 a segunda geração do HR-V - fabricado e vendido no Brasil (a terceira na história do carro, ainda que a primeira não tenha sido oferecida por aqui). A configuração mais cara, HR-V Touring, recém-chegada, é a melhor entre as quatro disponíveis.

Ainda que custe mais caro do que qualquer outro SUV compacto à venda no Brasil - hoje, a versão mais completa é tabelada em R$ 184.500 -, ela tem como proposta agradar até mesmo compradores de SUVs médios que buscam por modelos nessa faixa de preço.

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Isso significa que a Honda quer, com o HR-V Touring, dominar a parte superior do segmento de SUVs pequenos e ainda filar uma parte dos apaixonados por modelos maiores, como Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos e Jeep Compass, entre outros.

Mas o ponto é: o HR-V Touring tem gabarito para isso? Vale lembrar que esta nova geração do carro tem quatro versões de acabamento (EX, EXL, Advance e Touring) e os seguintes preços: R$ 143.900, R$ 151.400, R$ 176.800 e R$ 184.500, respectivamente.

As duas versões iniciais, EX e EXL, têm motor 1.5 aspirado e câmbio automático do tipo CVT. Já as duas últimas são movidas pelo conjunto 1.5 turbo com o mesmo tipo de transmissão, apesar de receberem calibrações diferentes.

Todas vêm com o pacote Honda Sensing de direção semiautônoma, rodas de 17 polegadas e freio de estacionamento por botão, diga-se.

Honda New HR-V Touring tem motor 1.5 Turbo, que agora é bicombustível
Crédito: Divulgação
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Três motivos para ter um HR-V Touring

1. Dinâmica excelente

É um dos melhores SUVs compactos do Brasil em termos dinâmicos. Anda muito, freia muito e faz curva como se fosse um carro mais baixo (ele tem 1,59 m de altura).

O motor 1.5 turbo de 177 cv e 24,5 kgf.m de torque é o maior responsável, mas a calibração ideal da caixa de câmbio (que é CVT!) também tem grande papel. As rodas aro 17" ajudam o carro a ter ótima estabilidade.

Resultado: 0 a 100 km/h em 8,9 segundos e velocidade máxima de 200 km/.

2. Consumo bacana

Mesmo muito esperto, o carro não é tão beberrão. Com etanol, ele faz 7,9 km/l na cidade e 8,8 km/l na estrada. Já com gasolina, os números sobem para 11,3 km/l em ciclo urbano e 12,6 km/l no rodoviário.

Como o tanque tem 50 litros, a autonomia máxima do carro, na estrada e com gasolina, é de bons 630 quilômetros.

3. Design ousado e versatilidade

O desenho do carro me agrada. Tem visual agressivo na dianteira e futurista na traseira. Vale lembrar que a grade frontal é diferente nas duas versões mais caras, como no caso do HR-V Touring, e ainda vem com um easter egg de um tipo de "heart beating" na parte de baixo para fazer um certo charme.

Além disso, a nova geração do HR-V segue oferecendo o consagrado Magic Seat, sistema exclusivo de modularidade dos bancos traseiros que tem três modos de utilização - Utility, Long e Tall -, o que permite a acomodação de objetos de amplas dimensões e volumes, mesmo mais altos.

Três razões para não ter um HR-V Touring

1. Preço

Pagar R$ 185 mil em um SUV compacto é complicado, sabemos. Ainda mais quando lembramos que nesta faixa de preço é possível encontrar uma série de utilitários médios que são maiores e mais bem equipados que ele.

Já citamos como exemplo a trinca formada por Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e Volkswagen Taos. Mas não é só isso: por essa grana, aqui na Webmotors, não faltam carros premium seminovos de marcas superiores, como BMW, Audi, Mercedes-Benz, Volvo e até Porsche.

2. Porta-malas

O espaço para bagagem do HR-V diminuiu nesta nova geração e se você precisa de porta-malas grande para levar as coisas da família, nesse ponto ele joga contra.

Agora são 354 litros, contra os antigos 437 litros que a geração antiga oferecia. Para se ter noção, o Jeep Renegade, que por toda sua vida sempre foi criticado pelo tamanho diminuto do bagageiro, tem 320 litros de capacidade.

3. Central multimídia entubada

Ainda não foi desta vez que a Honda conseguiu nos encantar com uma central multimídia. Ela não é ruim, importante dizer, mas também não empolga.

O sistema é bem tradicional e faz aqueles barulhos comuns de plataformas eletrônicas japonesas, até com alguns destaques, como a conexão via Carplay e Android Auto sem fio. Só que...

Só que a tela, mesmo posicionada acima do painel, na posição que costumamos chamar "flutuante", fica dentro de um tubo - o que nos faz lembrar daquelas televisões de antigamente - e tem uma leve inclinação para a direita, em uma tentativa de ficar centralizada. Podia não ter tubo e ficar levemente virada para o motorista.

Tem estilo, anda muito e é super versátil, mas é caro, o porta-malas é pequeno e a multimídia não empolga
Crédito: Divulgação/Honda
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