A escolha do pneu ideal ou mais indicado para o seu carro e uso é quase sempre cercada de dúvidas. O mercado oferece muitas opções de pneus, com características diferentes e que podem, inclusive, fazer seu carro ter melhor (ou pior) dirigibilidade, maior (ou menor) resistência a buracos e mais (ou menos) conforto.
Para te ajudar a esclarecer essa questão, é importante seguir um passo-a-passo, que começa com a definição do objetivo ou finalidade pensada para o veículo que usará os novos pneus.
Segundo o consultor de Tecnologias Inovativas da Pirelli para a América Latina, Roberto Falkenstein, no caso dos carros que rodam mais por estradas de terra, a escolha deve ser por pneus com maior tração.
Isso porque esse tipo de pneu vai reduzir o risco de atolamentos e derrapagens, já que eles têm sulcos mais profundos e proporcionam mais aderência ao solo. Já nas cidades, a escolha deve ser por modelos com maior durabilidade.
"Existem muitas características a serem analisadas na escolha de um pneu. O estilo de guiar do condutor, a finalidade do pneu, as características do piso em que ele será aplicado etc”, explica Falkenstein.
Além dessas características, o especialista também fala na questão da economia de combustível e como os próprios pneus podem ajudar nessa escolha. A "cola" está na etiqueta do Inmetro, que acompanha todos os pneus à venda no país há dez anos.
Nela, é possível saber qual é a avaliação do pneu em critérios de consumo, segurança e também na poluição sonora gerada. Cada pneu é avaliado nesses três quesitos ,usando uma escala que vai de "A" até "F".
No caso do consumo, por exemplo, Falkenstein diz que a diferença representa uma variação de 1,5% para cada uma das posições. Isso significa dizer que um pneu rotulado como "F" gasta 7,5% a mais quando comparado a um modelo etiquetado com a letra "A".
A mesma escala de "A" a "F" é usada para avaliar a capacidade de frenagem de um pneu em relação a outro. Aqui, a medida considera a distância de parada em situações de piso molhado a uma velocidade de 80km/h. Entre os pneus "A" e "E", por exemplo, a piora na capacidade implica em uma diferença de 8 metros.
“Isso representa muito quando estamos falando em evitar um acidente. Pode ser a diferença entre bater ou não o carro. Mesmo em termos de consumo de combustível, esses 6% podem não representar tanto a curto prazo, mas a longo prazo isso fará uma diferença fundamental", alerta Falkenstein.
"Por isso, a etiqueta do Inmetro tem a sua importância, e precisamos entender como ler corretamente e usar a informação contida em sintonia com nossos objetivos. Assim, escolhemos um pneu através de conhecimentos e informações corretas”, finaliza o consultor da Pirelli.