O Caoa Chery Tiggo 7 Sport ficou R$ 12 mil mais caro em apenas quatro meses. Lançado em fevereiro por R$ 134.990, o SUV médio manteve este valor atraente por seis meses, mas em setembro encareceu R$ 5 mil, em outubro mais R$ 5 mil, e em dezembro mais R$ 2 mil - totalizando R$ 12 mil.
Apesar dos reajustes seguidos, o Tiggo 7 Sport continua sendo um dos SUVs com melhor custo-benefício. E isso comparando com os SUVs de entrada, compactos e médios.
E o SUV continua sendo um bom negócio porque o preço de R$ 146.990 ainda o posiciona em pé de igualdade com versões topo de linha de SUVs de entrada. O Volkswagen Nivus Highline, por exemplo, parte de R$ 157.490 - é R$ 10 mil mais caro que o modelo da Caoa Chery.
Já com relação aos SUVs compactos, ainda uma categoria abaixo, o Tiggo 7 Sport é mais em conta. Seu preço é mais baixo que os de todas as versões do Fiat Fastback (exceção à configuração focada em vendas diretas, de R$ 119.990). O mesmo vale para todas as configurações do Honda HR-V.
Quando comparamos com Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta, o Caoa Chery Tiggo 7 Sport acaba se misturando com as versões de entrada dos dois modelos. O que é realmente impressionante, pois o T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil e o Creta, o carro mais vendido do país no varejo.
Quando analisamos outros pontos, a vantagem da versão de entrada do Tiggo 7 ainda é vantajosa. O porte é um dos pontos fortes. Com 4,50 metros de comprimento, 2,67 metros de distância entre os eixos, 1,84 metro de largura e 1,70 metro de altura, o SUV da Caoa Chery é classificado como um SUV médio. Assim, disputa mercado diretamente com Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. O porta-malas tem capacidade para 525 litros.
Na mecânica, o Tiggo 7 também leva vantagem sobre os SUVs de entrada, fica em pé de igualdade com os SUVs compactos, mas perde um pouco para os SUVs médios. O motor é um 1.5 turbo de quatro cilindros, flex, que desenvolve 150 cv (etanol)/147 cv (gasolina) de potência máxima e torque de 21,4 kgf.m (e/g) a 1.750 rpm.
A velocidade máxima é de 180 km/h e a aceleração de zero a 100 km/h acontece em 10,4 segundos. Já os números de consumo são 6,9 km/l (e)/10 km/l (g) na cidade, e 8,3 km/l (e)/11,7 km/l (g) na estrada.
E quando o tema é equipamentos de série, o Tiggo 7 Sport vai bem: tem uma lista bastante extensa e interessante, mas que peca por não oferecer nenhum sistema de assistência ao condutor. Não tem controlador de velocidade adaptativo, frenagem de emergência ou mesmo sistema de alerta de saída de faixa.
Com relação aos custos de manutenção, o Tiggo 7 Sport também fica bem próximo de seus rivais - com exceção de Nivus e até T-Cross, que têm as três primeiras revisões gratuitas. As seis primeiras revisões periódicas do Caoa Chery têm um valor total de R$ 5.719,11.
Nem tudo é mil maravilhas no universo do Tiggo 7 Sport. Por conta de todas essas vantagens, o SUV é um dos mais procurados desde seu lançamento. No auge, a fila de espera chegou a 150 dias. Depois, ficou por um longo período em 90 dias, e hoje, de acordo com a própria Caoa Chery, está em 30 dias (dependendo da região da compra). Muitos clientes, no entanto, ainda relatam demora maior.
Por todos esses motivos, o fato de ter ficado R$ 12 mil mais caro em apenas quatro meses - após não mexer no preço durante seis meses, é preciso ressaltar (algo raríssimo) - não tira do Caoa Chery Tiggo 7 Sport o título de ser um dos melhores negócios hoje, no Brasil, quando levamos em conta um dos itens mais importantes para o consumidor brasileiro: custo-benefício!
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