Como anda o Honda WR-V renovado na linha 2021

Dirigimos o SUV baseado no Fit, que lida melhor com os buracos e mantém o bom espaço interno do monovolume

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Redação WM1
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Lançado há três anos, o Honda WR-V acaba de chegar à linha 2021 com poucas, mas boas novidades. Além do discreto retoque visual, o crossover baseado no Fit ganhou a nova versão de entrada LX e, finalmente, passa a ser equipado de série com os controles de estabilidade e tração.

Como é de praxe nas atualizações de conteúdo, a tabela de preços também foi incrementada: as já existentes versões EX e EXL ficaram R$ 3.400 mais caras.

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Apesar das melhorias visuais e de conteúdo, o WR-V 2021 não sofreu alterações na parte mecânica. Foram mantidos o motor 1.5 16V aspirado, que entrega até 116 cv de potência e 15,3 kgf.m de torque quando abastecido com etanol, e o câmbio automático CVT.

Honda WR-V 2021 tem lanternas traseiras com luzes de LEDS
Crédito: Guilherme SIlva/WM1
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De volta às novidades, a mudança mais notável é a leve reestilização concentrada na dianteira do WR-V. O para-choque recebeu faróis de neblina com novas molduras, enquanto a barra cromada da grade está mais estreita. A partir da versão EX, os faróis principais têm projetores em LED.

Na traseira, as lanternas também receberam iluminação de LED e o para-choque foi redesenhado com uma protuberância que aumentou em quase 7 centímetros o comprimento total do carro (agora são 4,06 metros).

Já a cabine recebeu apliques de plástico preto brilhante no painel e novos revestimentos dos bancos – na versão EXL, as costuras da forração de couro são na cor cinza.

Acabamento interno do crossover recebeu apliques em preto brilhante
Crédito: Guilherme Silva/WM1
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A lista de equipamentos do Honda WR-V LX (R$ 83.400) reúne apenas os obrigatórios airbags frontais e freios ABS, além de controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, Isofix, direção elétrica, ar-condicionado, faróis com acendimento automático, trio elétrico, sistema de som com USB e Bluetooth, câmera de ré, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 16" e repetidores de setas nos retrovisores.

A versão intermediária EX (R$ 90.300) acrescenta airbags laterais, ar automático, central multimídia com tela de 7″ e espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto, apoio de braço central, iluminação de LED nos faróis principais, faróis e lanternas de neblina, volante revestido de couro, controle de cruzeiro, sensor de ré, aletas para troca de marchas no volante e sistema de som com dois tweeters e seis alto-falantes.

Por fim, a topo de linha EXL (R$ 94.700) totaliza seis airbags com o acréscimo do par de bolsas infláveis do tipo cortina, mais bancos de couro, navegador GPS integrado, retrovisores externos com rebatimento elétrico, sensor de estacionamento dianteiro e retrovisor interno antiofuscante.

Como anda

Passamos uma tarde com um exemplar da versão mais cara do WR-V 2021 e constatamos que as mudanças praticamente não influenciaram no comportamento dinâmico do crossover. Embora seja derivado do Fit, o WR-V é mais confortável ao rodar em vias com asfalto castigado por ter suspensões com acerto exclusivo.

Além dos quase 20 centímetros de altura em relação ao solo, o conjunto é mais eficiente na hora de filtrar as imperfeições. Os pneus de perfil mais alto também contribuem na absorção de impactos quando comparado novamente com o Fit, que tem um rodar mais firme e com pegada de hatch.

Os 20 cm de vão livre do solo do Honda WR-V garantem uma melhor performance em trechos esburacados
Crédito: Guilherme SIlva/WM1
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O motor 1.5 aspirado pode não ser a última palavra de tecnologia em tempos de carros turbinados, mas cumpre bem as tarefas no uso urbano. Ele tem funcionamento liso devido à falta de trocas de marchas da transmissão de relações infinitas.

Mas é na estrada e em ladeiras que o propulsor sente mais a falta de fôlego em baixas rotações. Para realizar uma ultrapassagem ou até mesmo manter o ritmo em velocidade de cruzeiro, o câmbio precisa elevar o giro do motor, o que compromete o conforto acústico dos ocupantes e o consumo de combustível.

Controle de estabilidade finalmente passou a equipar o Honda WR-V na linha 2021
Crédito: Guilherme SIlva/WM1
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Por falar em consumo, não podemos considerar ruim a média 10,1 km/l de etanol apontada pelo computador de bordo durante os 100 km rodados durante a avaliação. O trajeto foi dividido em percurso urbano com pouco congestionamento e alguns trechos de estrada.

No geral, o Honda WR-V é um carro que continua a se valer da confiabilidade da marca Honda e dos predicados do Fit, como o espaço interno generoso. Longe de ser ruim, o crossover tem os preços elevados como maiores empecilhos diante de rivais mais modernos e equipados.

Podemos usar o recém-lançado Volkswagen Nivus como um exemplo de concorrente com preço mais vantajoso. Desde a versão de entrada Comfortline (R$ 87.350), o crossover derivado do Polo já traz seis airbags, central multimídia compatível com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay e o esperto motor 1.0 turbo de até 128 cv.

Por Guilherme Silva

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