Fiat Toro com motor Tigershark chega por R$ 98.730

A Fiat apresentou nesta quinta-feira, em São Paulo (SP), a Toro com novo motor 2.4 16V Tigershark Flex. Oferecido somente na versão Freedom 4x2 (tração dianteira) e com transmissão automática de 9 marchas, a picape chega às concessionárias por R$ 98.730. Apesar deste novo propulsor bicombustível, o velho de guerra – e criticado – 1.8 16V Flex continua sendo ofertado como opção de entrada, partindo de R$ 82.930.

Produzido no México, exatamente na mesma planta onde são feitos os propulsores Hellcat e HEMI, o Tigershark de quatro cilindros e injeção eletrônica desenvolve 174 cv (gasolina)/186 cv (etanol) a 6.250 giros e torque de 23,5 kgf.m (g)/24,9 kgf.m (e) a medianas 4.000 rotações – sendo que 91% desta força, de acordo com a marca, está disponível a partir de 2.000 rpm. Destaque para a tecnologia Multiair 2, que entrega eletrônica mais desenvolvida, atuando diretamente no modo e no tempo da abertura das válvulas para entregar eficiência e performance em qualquer situação de condução.

Acoplado a este propulsor está uma transmissão automática de 9 marchas, calibrada para entregar performance nas seis primeiras engrenagens e eficiência nas três últimas. Para se ter uma ideia, a velocidade máxima de 200 km/h é atingida em 6ª marcha – aceleração de 0 a 100 km/h acontece em 9,9 segundos. Os números de consumo, segundo Programa Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO, são, quando abastecido com gasolina, de 10,8 km/l e 8,6 km/l na estrada e na cidade, respectivamente. Já com etanol, os números são de 7,4 km/l no perímetro urbano e 5,9 km/l no rodoviário – números que garantem nota A na categoria e C, no geral.

O sistema de freios trabalha com disco ventilado na dianteira e tambor, na traseira. Controles de tração e estabilidade, assim como auxílio de partida em rampa, sistema de anticapotamento, freios ABS (antitravamento) com EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) são de série. A suspensão é McPherson na dianteira e Multi-link na traseira. As rodas são de liga leve de 16 polegadas e a direção é elétrica.

Em termos de estética e dimensões, a Toro com motor Tigershark é exatamente igual às demais. Estamos falando de uma picape de 4,91 metros de comprimento, 2,99 metros de distância entre os eixos, 1,68 metro de altura e 1,84 metro de largura. O volume da caçamba é de 820 litros e a capacidade de carga de 650 kg.

Rodando

Em um primeiro contato com o motor Tigershark, a impressão foi positiva. As reações da Toro ficaram mais intensas, especialmente as retomadas em rotações medianas. O câmbio é workaholic, trabalhando a todo o momento para deixar o propulsor pronto para uma provável futura situação. A 100 km/h e com o acelerador lá em cima, o motor pulsa a menos de 2.000 giros. No entanto, basta tocar com um pouco mais de força no pedal da direita, a redução de marcha é imediata, deixando a Toro pronta para despejar mais torque nas rodas dianteiras.

Importante ressaltar que apesar de os números serem realmente muito bons, a picape não é um assombro de performance e esportividade, mesmo quando chamamos as mudanças de marchas pelas aletas atrás do volante ou pela manopla. E muito disso se deve ao fato de o modelo da Fiat ser ligeiramente pesado, com 1.704 kg. Ponto positivo para o baixo nível de ruído, ponto para o funcionamento mais silencioso do Tigershark e para o bom trabalho de isolamento acústico.

Mercado

De acordo com Adriano Resende, responsável por Brand Fiat, a chegada do motor Tigershark deverá ampliar as vendas da Toro entre 5% e 7% - em outubro foram emplacadas 4.288 unidades da picape, de acordo com a Fenabrave (Fcaptionação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Somente o novo propulsor será responsável por 20% do mix de vendas da Toro, sendo que 50% ficará ainda para o bloco 1.8 e os outros 30% para as versões à diesel.