Você já viu aqui no WM1 que o novo Duster chegou bastante mudado, com visual moderno, o mesmo porte robusto e mais equipamentos. Porém, continua com alguns pontos críticos. Veja no que o SUV da Renault melhorou, em que manteve seus predicados e quais pontos precisam evoluir.
Os bancos e encostos são novos. Têm densidade melhor e abas mais firmes, que seguram bem o corpo. A nova calibragem da suspensão também se mostrou bem firme para trechos de terra. E na cidade não sacode os ocupantes em buracos ou quebra-molas.
A central multimídia EasyLink é bem intuitiva e está melhor posicionada do que no Duster anterior, que usava a Media Nav, mais abaixo no painel. Tem comandos de fácil acesso e visualização, apesar de exigir certo esforço dos dedos para responder.
Pena que só esteja disponível a partir da intermediária Intense, de R$ 83.490. Nas Zen, faz parte de um pacote que custa R$ 3 mil, junto com limitador de velocidade, rodas de liga leve aro 16" e faróis de neblina.
O tecido nas portas e os materiais usados nas molduras das saídas de ar deram uma suavizada no sempre controverso acabamento do SUV. O volante recebe couro só a partir da versão Intense, que custa R$ 83.490.
Beleza nunca foi o forte do Duster, mas a Renault tem se esforçado para deixá-lo mais harmonioso. A grade cromada com nichos de losangos retangulares, os faróis novos com assinaturas de Leds e as lanternas a lá Jeep Renegade deixaram o robusto SUV bem mais moderninho.
Nisso o Duster continua imbatível, com seu espaço de modelo médio. Todos os cinco ocupantes têm folgas para pernas, joelhos e ombros e o Banco traseiro acomoda três adultos normais. O porta-malas de 473 litros continua como o maior da categoria de SUVs compactos.
O novo Duster manteve os preços da linha anterior e ganhou novos equipamentos, como controles de estabilidade, tração e subida, chave tipo canivete e start/stop. Com espaço generoso, acaba sendo uma opção mais atraente que as versões similares de Ford EcoSport, Chery Tiggo2 e Nissan Kicks na maior parte do tempo.
O SUV da Renault não é um off-road e até perdeu a versão 4x4. Só que sua altura do solo de 23,7 cm e ângulos de entrada e saída (30 e 34 graus) o permitem trafegar mais à vontade em trechos esburacados de terra do que seus rivais.
O 1.6 SCe de até 120 cv é fraco para o peso do Duster. Isso fica ainda mais evidente nas arrancadas e retomadas. Você pisa e o motor demora a pegar embalo e abaixo das 3.000 rpm há pouco torque disponível para ultrapassagens ou trechos de subida.
O câmbio CVT não ajuda em nada. Pelo contrário. Segura demais os giros e tem aquele comportamento de enceradeira com barulho de liquidificador. Que o 1.3 turbo com mais de 130 cv - que abordamos nesta nota - e bom torque em baixa chegue logo.
Ok, o Duster ganhou controles de estabilidade e tração e assistente à partida em rampas. Mas onde estão os airbags a mais, dona Renault?
O Duster vem só com as bolsas frontais obrigatórias, enquanto os novos Sandero e Logan, mais baratos já oferecem seis airbags. Além disso, a rigidez da carroceria melhorou em 13%, segundo a marca, mas o modelo ainda oscila em curvas mais fechadas.
O banco está mais confortável, o volante ganhou ajuste de profundidade, só que a posição do motorista ainda continua esquisita. O ângulo da direção em relação aos bancos e pedais faz parecer que o condutor está abraçando um urso enquanto dirige.
A ergonomia também não ajuda. Faltam porta-objetos mais práticos no novo console central. Os comandos de trava, pisca-alerta e outros agora estão posicionados abaixo da tela da central, mas são pequenos e difíceis de enxergar.
O utilitário esportivo até oferece alerta de ponto cego e câmera 360 graus. Contudo, só na versão mais cara, a Iconic, de R$ 87.490. Também faltam algumas bossas semi-autônomas que alguns concorrentes já têm. Controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência automática, Park Assist e monitoramento de faixa seriam bem-vindos.
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