Primeiras impressões: Toyota Hilux GR-S V6

Com 234 cv, o desempenho é superior ao modelo com motor a diesel. Mas a principal diferença está no acerto da suspensão

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Fabio Perrotta Junior
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A Toyota busca, aos poucos, mudar a sua fama de carros monótonos no Brasil. Isso começou em 2018, quando a marca japonesa revelou a Hilux GR-S com motor a diesel. Para 2020, a versão GR-S continuará, mas desta vez com um V6 aspirado a gasolina de 234 cv.

O WM1 foi até a Argentina para andar no modelo. A nova versão da picape média foi completamente desenvolvida no país vzinho: motor V6, suspensão e até mesmo o visual. E também será produzida por lá, em Zárate, de onde será exportada para o Brasil.

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Os adesivos estão mais discretos na versão V6 da Toyota Hilux GR-S V6 que será vendida em 2020
Crédito: Divulgação
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Logo de cara, pode parecer que a principal mudança é o motor V6. Em termos de marketing isso é verdade, mas na dinâmica, outro fator se destaca: a suspensão. É justamente essa parte que faz com que a Hilux GR-S V6 seja tão superior ao modelo a diesel.

Com tração 4x4 e suspensão com acerto diferenciado, a GR-S encara qualquer terreno
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Discreta

Visualmente, a GR-S V6 é mais discreta que a variante atual. A sigla se refere à Gazoo Racing Sport, a divisão esportiva da marca. Há adesivos na carroceria, mas eles são menores. As rodas têm desenho inédito e a grade dianteira segue a mesma já utilizada no modelo a diesel.

Nosso contato com a nova versão aconteceu em dois momentos. Na parte da manhã, andamos de carona com um piloto profissional da Toyota. A trilha, feita nos arredores da fábrica de Zárate, era bastante acidentada.

O logo na tampa da caçamba da nova versão da Hilux entrega o que há debaixo do capô
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Andando de modo esportivo, o piloto usou e abusou da picape. O desempenho foi impressionante. Mesmo no banco traseiro, a percepção era de que o carro estava na mão do piloto e de como a suspensão filtrava bem as irregularidades do solo.

Circuito fechado

Na parte da tarde, já no Autódromo Juan y Oscar Gálvez, em Buenos Aires, tivemos a oportunidade de comparar as duas GR-S em outro percurso off-road. Desta vez, com pequenas áreas de asfalto para testar aceleração e frenagem.

Na GR-S a gasolina, as acelerações são mais empolgantes. São 61 cv mais que a versão diesel. Além de ganhar velocidade com mais facilidade, a Hilux GR-S V6 também se destaca pelo belo ronco do motor, fato raro em picapes.

Por dentro, detalhes vermelhos ressaltam a esportividade da picape preparada na Argentina
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O câmbio trabalha bem e ajuda a picape a aproveitar bem os 38,2 kgf.m de torque. O número, apesar de ser 7,7 kgf.m inferior ao da versão diesel, dá conta do recado, mesmo nos terrenos arenosos.

O destaque

A cereja do bolo, sem dúvidas, é a suspensão. Afirmo aqui neste texto que nenhuma das picapes médias vendidas no Brasil têm um conjunto tão impressionante. A Hilux GR-S V6 encara com tranquilidade e segurança terrenos off-road.

A picape está sempre na mão do motorista e parece andar sobre trilhos. As irregularidades são absorvidas quase que 100%.

O conforto dentro da cabine é consideravelmente maior que na versão a diesel. Motorista e passageiros só sentem solavancos em casos extremos.

Motor V6 tem 234 cv e 38,2 kgfm de torque e confere mais agilidade à picape média da Toyota
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Te cuida Amarok?

O conjunto promete ser melhor até em perímetro urbano. Descobriremos isso a partir de fevereiro de 2020, quando a Hilux GR-S V6 começará a ser vendida no Brasil.

Serão apenas 100 unidades, ainda sem preço definido - a GR-S a diesel custa quase R$ 215 mil. Será que a Volkswagen Amarok V6 ganhará uma concorrente a altura? Descobriremos quando a Toyota divulgar as cifras.

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