Sandero, Logan, Duster e Oroch de motores novos

Uma nova família de motores costuma chegar ao mercado a cada 15 ou até 20 anos. Pois a Renault decidiu lançar dois novos propulsores, que servirão para boa parte da sua gama de veículos, de uma só vez. A linha 2017 de Sandero, Logan, Duster e Oroch chegarão ao mercado com opções de propulsores 1.0L de três cilindros ou 1.6L chamados de SCe, de Smart Control Efficiency. Segunda a marca, os novos conjuntos são até 21% mais econômicos do que os atuais.  De quebra, a montadora aproveitou para reajustar o preço dos seus modelos.

Os novos motores fazem a estreia mundial no Brasil e foram desenvolvidos pela Renault Tecnologia Américas (RTA), em parceria com os centros francês e japonês. A produção está sendo feita no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. A partir de fevereiro o propulsor 1.6L equipará também o SUV Captur.

O propulsor 1.0L SCe de três cilindros traz bloco do motor e tampa da corrente em alumínio. A bomba de óleo é de vazão variável e as polias, tuchos, anéis de pistões trazem revestimento em DLC (Diamond Like Carbon). A potência máxima, com etanol, subiu de 80 cv para 82 cv, sendo que 90% do torque está disponível já em 2.000 rpm.

Na comparação com o antecessor, o novo motor ficou 20 quilos mais leve. Segundo a Renault, Sandero e Logan ficaram 19% mais econômicos. Com o propulsor 1.6L SCe, nos mesmos modelos, a economia chegou a 21%. Já Duster e Duster Oroch equipados com o 1.6 SCe estão até 18% e 16% mais eficientes, respectivamente. Entre as alterações com este propulsor, houve a adoção de sistema Start/Stop.

De acordo com a montadora, o Sandero 1.0L, equipado com câmbio manual de cinco marchas, é o único modelo de seu segmento a superar a casa dos 14 km/l, enquanto o Logan 1.0L se destaca pelo consumo de 13,8 km/l. Com o motor 1.6, o hatch atinge a excelente marca de 12,8 km/l, enquanto o sedã chega a 13 km/l. Já o Duster 1,6 dá um salto de 9,5 km/l para 11,3 km/l com o novo motor.

O propulsor 1.6 SCe 16V de quatro cilindros traz duplo comando de válvulas variável na admissão, injetores posicionados no cabeçote e outras novidades que garantem alta eficiência e bom desempenho. Também em alumínio, é 30 kg mais leve

Primeira impressão

Foram 40 quilômetros de teste drive pelas ruas de Curitiba, mas bastou encarar a primeira subida mais íngreme para entender os benefícios da nova motorização 1.0L no Logan. O sedã subiu sem pestanejar, sem perder muita potência e sem a, tradicional, necessidade de redução de marchas, comum em propulsores 1.0L. Isso tudo com a terceira engatada e duas pessoas dentro do carro.

O novo propulsor fez bem ao Logan. Nem mesmo o nível de ruído elevado, típico dos três cilindros, chegou a incomodar no caso deste Renault. Como parte das medidas para diminuir o consumo, o Logan passou a contar com direção elétrica, ao invés de hidráulica, com isso a direção ficou mais leve, na medida.

As mudanças na família Logan e Sandero foram positivas e vão ajudar a melhorar o custo-benefício dos modelos, que já era um dos seus pontos altos.

Viagem para Curitiba feita a convite da Renault