Chevrolet S10 se atualiza para peitar Ranger e cia

Aceleramos a linha 2025 da picape, que ganhou nova geração de motor e câmbio, ficou mais forte e tem mais equipamentos

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André Deliberato
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Chegou nossa hora de conhecer a recém-lançada Chevrolet S10 2025 e saber se a picape conseguiu atingir o nível de Ford Ranger e demais picapes médias do mercado brasileiro. Vale lembrar que o modelo da GM usa a mesma plataforma desde 2013.

A pré-venda começou no início de abril. Uma semana depois, na ExpoLondrina, a Chevrolet mostrou três versões da picape, justamente as mais caras: Z71, LTZ e High Country. Você viu isso aqui no WM1.

Nesta reportagem traremos mais novidades, incluindo nossas primeiras impressões com o modelo. Venha conosco descobrir se a picape da GM chegou ao mesmo nível da Ford Ranger, hoje a grande referência em tecnologia e dirigibilidade do segmento. Ou se chegou perto...

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Todas as versões da Chevrolet S10 2025

Logo abaixo da trinca de configurações de topo, uma inédita configuração chamada WT (de "Work Truck", "picape de trabalho", na tradução) ocupará o espaço deixado pelas finadas variantes LT e LS, com até quatro diferenciações, conforme mostramos abaixo.

Isso posto, esses são os valores de toda a linha:

  • S10 WT 2.8T Chassi 4x4 manual seis marchas: R$ 223.620
  • S10 WT 2.8T Cabine Simples 4x4 manual seis marchas: R$ 232.710
  • S10 WT 2.8T Cabine Dupla 4x4 manual seis marchas: R$ 247.860
  • S10 WT 2.8T Cabine Dupla 4x4 automática oito marchas: R$ 268.060
  • S10 Z71 2.8T Cabine Dupla 4x4 automática oito marchas: R$ 281.900
  • S10 LTZ 2.8T Cabine Dupla 4x4 automática oito marchas: R$ 292.800
  • S10 High Country 2.8T Cabine Dupla 4x4 automática oito marchas: R$ 302.900
  • As cinco WT têm pacotes de equipamentos parecidos, mas antes salientaremos algo importante: como todas as versões têm o mesmo motor 2.8 Duramax - que foi totalmente recalibrado e agora rende 207 cv (antes 200 cv) e até 52 kgf.m de torque (antes 51 kgf.m) -, a GM diz que a S10 faz de zero a 100 km/h em 9,4 s - e que o consumo é de 9,5 km/l na cidade e de 11,4 km/l na estrada.

    Mas atenção: o torque das versões com câmbio manual de seis marchas é menor, de 46,9 kgf.m - nelas, a arrancada de zero a 100 km/h certamente é mais lenta, embora a GM não tenha divulgado a informação. Muito provavelmente de modo estratégico.

    Mas ok, não é um número tão importante para a proposta dessas versões.

    Esteticamente, a picape ficou bem legal, com desenho alinhado ao que a merca oferece hoje em dia em outros segmentos. Detalhe curioso: a "cor" da grade frontal muda em cada versão. Na WT e na Z71, ela é preta; na LTZ, da mesma cor da carroceria; e na High Country, é toda cromada.

    Chevrolet S10 WT Brutal 2025
    A Chevrolet S10 WT Brutal 2025: apesar da proposta visual agressiva, a versão WT é a de entrada
    Crédito: Divulgação
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    O que vem na nova Chevrolet S10?

    WT

    A WT é a configuração que tem maior diferença no design, pois perde parte dos elementos cromados ou mais invocados das opções mais caras.

    Os retrovisores e maçanetas são de plástico, assim como detalhes no para-choque dianteiro. Não há estribos laterais, rack de teto, santantônio ou moldura nas caixas-de-roda, por exemplo. Note ainda que a tampa da caçamba das versões de cabine simples é a mesma - e não recebeu as mudanças.

    Aliás, dependendo de qual WT o comprador escolher, as rodas serão de ferro com o mesmo desenho presente desde a época do lançamento da picape, nos anos 1990 - loucura, né? Só a WT automática passa a vir com rodas de liga.

    Mas há um kit digno mesmo na versão de entrada, com direção com assistência elétrica, faróis de neblina em LED, painel com tela digital, volante com regulagem de altura e profundidade, central multimídia MyLink com tela de 11 polegadas, partida por botão e sensor crepuscular.

    As versões com cabine dupla adicionam trava elétrica na tampa da caçamba e câmera de ré.

    Já a WT automática tem seis airbags, alerta de pressão dos pneus, controles anticapotamento e de oscilação de reboque, sistema OnStar, wi-fi a bordo e as já citadas rodas de liga.

    Nova Chevrolet S10 2025 (6)
    A nova Chevrolet S10 2025 já chegou com a versão Z71, que tem uma pegada mais arrojada
    Crédito: Divulgação
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    Z71

    Acima de todas as WT, a versão Z71 acrescenta bancos e volante com revestimento "premium", faróis e lanternas em LED, estribos laterais, santantônio, adesivos alusivos à versão, capota marítima, rack de teto, molduras nas caixas de roda, chave inteligente, som premium e rodas de 18 polegadas.

    Nova Chevrolet S10 2025 (1)
    O painel de instrumentos e a central multimídia ganharam novas telas
    Crédito: Divulgação
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    LTZ

    Agora falaremos sobre a versão mais importante da picape, que responde por 2/3 das vendas da picape - a LTZ.

    Essa versão adiciona mais itens a tudo que já foi citado acima: alertas de colisão frontal e de saída de faixa (somente alertas, sem correção ou atuação no volante) e sistema de frenagem automática de emergência.

    Na parte de conforto e conveniência, a S10 LTZ agrega ar-condicionado digital, banco do motorista com ajuste elétrico, carregador de celular sem fio e comandos remotos na chave para ligar o motor e/ou o ar-condicionado.

    Chevrolet S10 High Country 2025
    A Chevrolet S10 High Country é a mais cara, completa e também a única que supera os R$ 300 mil
    Crédito: Divulgação
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    High Country

    Por fim, a S10 High Country ganha alertas de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro, e descansa braço traseiro, além dos detalhes externos cheios de peças cromadas.

    Há opcionais

    São dois pacotes de acessórios.

    O "Brutal", de R$ 11.900, traz apliques escurecidos na grade e no capô, extensor de para-choque, frisos e jogos de tapetes diferenciados, protetor de caçamba, aerofólio, adesivos e amortecedores na tampa da caçamba.

    Outro, chamado de "Invencível", traz os mesmos itens do pacote "Brutal" com detalhes não tão esportivos e com santantônio multifuncional. Custa R$ 1.000 a mais - portanto, R$ 12.900.

    A Chevrolet S10 2025 foi apresentada pela primeira vez na ExpoLondrina, no começo de abril
    Crédito: Divulgação
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    E como anda?

    Aceleramos a picape pelo interior de Goiás por muitos quilômetros e, de fato, a evolução é notável. Os aspectos mais importantes, melhorar a reação do motor e ajustar a suspensão - afinal falamos de uma picape que já começava a demonstrar cansaço pela idade -, foram resolvidos.

    Rodamos com as versões High Country e Z71.

    O reajuste feito nas suspensões foi o mais notável, seguido pela nova boa atualização feita no motor. Os novos amortecedores são excelentes, mas aumentar ligeiramente as bitolas foi o que causou a sensação de que a picape mudou bastante, mesmo tendo a mesma plataforma de antes.

    O sistema de suspensão é independente, com braços articulados e barra estabilizadora na dianteira e feixe de molas de dois estágios com amortecedores telescópicos pressurizados lá atrás.

    Claro, há novos conjuntos de pneus e rodas, obviamente mais modernos, e ainda uma nova coluna de direção ajustável, que entrega para quem dirige mais estabilidade e sensação de que a S10 é cada vez menos uma picape e cada vez mais um utilitário mais próximo de um carro de passeio.

    Vídeo relacionado

    Sem dúvida, a redução das trepidações e consequentemente do nível de ruído na cabine é o que vai receber os melhores elogios. Também há mais - e novas - placas acústicas nas portas, mas também é importante dizer que a Chevrolet confirmou que a recalibração do motor o deixou mais silencioso.

    Apesar dos ajustes mecânicos e de dimensões - são 5,36 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 2,13 m de altura e 3,10 m de entre-eixos -, a Chevrolet S10 manteve a capacidade de carga superior a uma tonelada. Para se ter noção, a versão LTZ, a mais vendida, carrega até 1.076 quilos na caçamba.

    Na prática, a picape ficou mais ligeira e ao mesmo tempo mais econômica. Além disso, também está muito mais confortável, silenciosa e equipada do que a versão anterior.

    Isso a coloca no mesmo patamar da Ranger? Sinceramente, ainda não. Mas é preciso reconhecer o excelente trabalho feito pela Chevrolet brasileira de fazer com que uma picape com mais de dez anos, e produzida desde 2013 sobre a mesma plataforma, chegue bem perto da rival.

    Foi uma aula de engenharia.

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