Daquelas datas curiosas que muitas vezes só descobrimos existir na ocasião em que acontecem, o Dia do Irmão é celebrado todo 5 de setembro. Mas o que os carros têm a ver com isso?
Tudo! Nada melhor que aproveitar a data para falar de "carros irmãos", modelos que são diferentes, mas feitos sobre uma mesma plataforma. É um fenômeno cada vez mais comum na indústria.
O foco é a redução de custos. Hoje em dia, para todos os fabricantes de automóveis, quanto mais carros saírem de uma mesma plataforma, melhor.
Isso porque o compartilhamento de base significa mais peças compartilhadas e menos fornecedores - e, consequentemente, muito menos dinheiro gasto na produção dos veículos.
Para mostrar como essa prática, listamos abaixo cinco exemplos de carros "irmãos", que são feitos na mesma base, mas que não têm nada a ver um com o outro.
Um dos carros mais vendidos pela Volkswagen no Brasil e no mundo, o Polo é feito sobre uma derivação da estratégia modular MQB, a mesma plataforma que dá origem a vários outros modelos da empresa, como T-Cross, Nivus, Virtus, Jetta e até ao SUV Tiguan - que é bem maior, mais potente e equipado que o hatch compacto.
Nesse conceito de construção da Volks, somente a distância entre o eixo dianteiro e o centro da coluna de direção não se altera - todos os outras medidas, como comprimento, altura, largura e entre-eixos podem ser diferentes.
É por isso que o entre-eixos do Tiguan (e do Jetta, entre outros) é bem maior que o do Polo.
Os compactos City Hatchback e Sedan e o SUV HR-V de segunda geração são filhos de uma mesma mãe, já que são os únicos produtos feitos atualmente pela Honda na fábrica de Itirapina (SP).
Mas, apesar das óbvias diferenças visuais, esse trio compartilha a mesma plataforma. O curioso é que, apesar da mesma base, os três carros são completamente distintos - cada um tem seu público-alvo, tamanho e oferta de equipamentos diferentes.
Todos eles, curiosamente, compartilham - por exemplo - o sistema de rebatimento versátil dos bancos chamado de "Magic Seat", que permite que os assentos traseiros sejam rebatidos para frente ou para trás. Motores e câmbios também podem ser compartilhados, mas cada veículo tem sua própria proposta.
Até mesmo carros de marcas diferentes, mas de um mesmo conglomerado automotivo, podem ser feitos sobre uma mesma plataforma e ter formatos - e propostas - distintos.
Este é o caso da dupla (ou melhor, do trio) formado por Fiat Toro e pelos Jeep Compass e Renegade - ou até quarteto, na realidade, se considerarmos também o Commander.
São carros totalmente diferentes no visual, mas que dividem plataforma e muitas peças de acabamento e até motores. As duas marcas faziam parte do Grupo FCA, atual Stellantis.
O Peugeot 208 de segunda geração é um hatch premium importado da Argentina para brigar diretamente com modelos como o Volkswagen Polo e Hyundai HB20. Já o Citroën C3 de terceira geração é um compacto de entrada feito no Brasil e com visual aventureiro.
Mesmo com essas diferenças de posicionamentos, ambos são "carros irmãos" baseados na arquitetura modular CMP, que na Europa está presente também no Opel Corsa de geração mais recente e no Peugeot 2008 de segunda geração.
Além da plataforma, o 208 e o C3 compartilham no Brasil a mesma gama de motores, composta pelo 1.0 Firefly de três cilindros e pelo 1.6 16V EC5 de quatro cilindros.
Dois SUVs feitos lado a lado e que atendem a um público parecido, mas que têm desenho completamente distinto um do outro. Falamos da dupla Duster e Captur nacionais, montados em cima da base do Duster, que também serve para outros modelos no Brasil e no mundo.
Apesar do mesmo tipo de plataforma, vale destacar que lá fora eles são diferentes, já que na Europa o Captur é feito sobre a base do Clio 4, mais moderna e refinada.
Por aqui, apelos distintos: o Duster é mais barato e espaçoso, enquanto o Captur - remodelado em 2021 e com novo motor turbo - é mais jovial, caro e voltado para um público que prefere sofisticação à alma aventureira.
Oferta Relacionada: Marca:RENAULT Modelo:DUSTER