Chevrolet quer bombar carro elétrico no Brasil

Empresa triplica concessionárias para atendimento ao segmento e pretende não ter mais modelos a combustão em 2040

  1. Home
  2. Últimas notícias
  3. Chevrolet quer bombar carro elétrico no Brasil
André Deliberato
Compartilhar
    • whats icon
    • bookmark icon

A Chevrolet passa por sua maior fase de transformação no Brasil e a mudança de fato já começou. O anúncio há duas semanas de que a empresa triplicaria sua rede de concessionárias capaz de vender e atender carros elétricos - com um salto de pouco mais de 20 (número de 2018) para 79 unidades neste mês de junho - é a maior prova de que essa metamorfose já teve início.

A GM já disse globalmente que só venderá veículos com zero emissão a partir de 2035 e quer "limpar" toda sua gama de produtos no mundo até 2040 - isso significa que nenhum carro, independente de categoria, terá motores a combustão. E isso inclui o mercado brasileiro. Isso mesmo: em menos de 20 anos, todos os produtos da empresa norte-americana por aqui serão 100% elétricos.

  • Comprar carros
  • Comprar motos
Ver ofertas

Chevrolet quer se transformar

"A General Motors tem o compromisso de liderar a eletrificação na região, e o aumento do número de concessionárias habilitadas é um elemento importante desta estratégia. Com isso, a Chevrolet se consolida como a maior rede especializada em EVs (veículos elétricos) do Brasil”, destacou Carlos Zarlenga, presidente da empresa na América do Sul, no comunicado oficial de duas semanas atrás.

A expansão faz com que a Chevrolet tenha, hoje, a maior rede para atendimento de carros elétricos no Brasil, que abrange mais de 50 cidades e quase 20 Estados do país. Por ora, no entanto, o único modelo zero emissão vendido pela empresa no país é o Bolt, que chegou ao mercado em 2019.

E o sucesso foi grande: o Bolt terminou 2020 como carro elétrico mais emplacado do país e lidera, de janeiro a maio, o ranking de EVs do mercado nacional, com mais de 130 unidades licenciadas. O Bolt é equipado com motor de 203 cv e baterias de 66 kWh, que permitem fazer de 0 a 100 km/h em cerca de sete segundos e ter autonomia aproximada de 416 quilômetros com a carga completa.

Chevrolet Bolt pode ser recarregado em 9h na wallbox, mas em tomada 220V o processo leva até 40h
Crédito: Divulgação
toggle button

Mas a GM vai vender só o Bolt?

Não. E mais novidades devem ser anunciadas em breve, afinal o Brasil é o segundo maior mercado global da Chevrolet e já participa do processo de eletrificação desde 2019, quando o Bolt começou a ser vendido por aqui.

A marca planeja renovar o portfólio de carros elétricos no começo do ano que vem, com uma espécie de "família Bolt", que inclui a reestilização do modelo - já apresentada lá fora - e também um novo crossover, que tem o mesmo nome e o porte de utilitário, chamado de Bolt EUV.

E não deve acabar aí. A marca também estuda trazer para o Brasil os planos de car sharing com o Spark, um subcompacto menor que um Celta que poderia ser alugado por períodos, assim como já acontece com bicicletas e patinetes em cidades e metrópoles como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, entre outras.

Spark elétrico é uma das ideias estudadas pela Chevrolet no Brasil
Crédito: Reprodução
toggle button

"Aspiramos vender globalmente somente carros de zero emissão a partir de 2035, com a colaboração de governos, indústria e consumidores, e atingir a neutralidade em emissões até 2040", reforçou a GM do Brasil.

O próximo passo é ver sua parceria com a LG virar realidade - as empresas fecharam um acordo para o desenvolvimento da tecnologia de baterias Ultium, que podem ser feitas de forma a serem dispostas na vertical ou horizontal do veículo, o que otimiza o armazenamento de energia de acordo com o design.

Enquanto isso não acontece, os carros vendidos no país devem começar a se transformar e receber novas tecnologias. "Acabamos de anunciar investimento de R$ 10 bi no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias. Valor para continuar renovando portfólio e novidades", afirmou Nelson Silveira, diretor de comunicação da GM, em uma entrevista para sites especializados.

Recentemente, uma picape inédita foi anunciada pela empresa - e nós apostamos em uma nova Montana, baseada visualmente no Tracker e na família Onix, de porte e proposta parecidos com o da Fiat Toro.

Projeção do portal Autología mostra como poderá ser a nova Montana, feita sobre a plataforma de Onix e Tracker
Crédito: Kléber Silva/Autología
toggle button

E deve ter muito mais coisa. Embora a GM ainda não comente sobre os planos futuros para o Brasil, o comunicado recente revela que a marca planeja uma gama de modelos totalmente nova.

"O novo posicionamento de marca da GM, com a campanha 'EVerybody in', reforça o quão inclusiva é essa transformação que a empresa pretende liderar no mercado automotivo", afirma a empresa, que continua: "Nosso objetivo é oferecer veículos elétricos aos variados públicos de todos os segmentos importantes do mercado, desde veículos de entrada, crossovers, superesportivos, até SUVs e picapes".

Em suma, se levarmos em consideração que a filosofia da empresa é de "produzir onde se vende", que o Brasil é o segundo maior mercado da Chevrolet no mundo, e que a estratégia da companhia é vender somente veículos elétricos a partir de 2035, é natural esperar pela produção desses modelos em nosso país. A pergunta que fica é justamente a do tempo: a partir de quando?

Chevrolet Bolt e Bolt EUV serão os carros elétricos oferecidos pela empresa no Brasil em 2022. Mas e daqui 10 anos?
Crédito: Divulgação
toggle button

Comentários
Wid badge