Conheça o Chevrolet Equinox que chegará ao Brasil

Ah, os SUVs... Nenhum outro segmento na indústria automobilística cresce tanto como o dos utilitários esportivos e crossovers. Depois de renovar o Tracker, a Chevrolet resolveu trazer ao Brasil seu maior sucesso na categoria no mundo, o Equinox. Recém-lançado nos Estados Unidos, ele já é o segundo modelo mais vendido da marca por lá, perdendo apenas para a picape Silverado. O SUV de porte médio chegou à terceira geração, ganhou mudanças significativas na plataforma, motorização e conteúdo e está pronto para embarcar para o Brasil.

Produzido no México, o principal lançamento da GM para este ano chega às lojas do Brasil no último trimestre para substituir o Captiva e concorrer com modelos como o Honda CR-V e o Jeep Compass na versão top de linha Trailhawk.

O preço ainda não foi divulgado, mas a versão sim. Ele vem recheado de equipamentos, mas não terá a sigla LTZ - como os demais modelos topo da gama do line-up da marca. Pela primeira vez no Brasil, a Chevrolet utilizará o nome Premier para identificar a versão, denominação utilizada apenas nos Estados Unidos.

Motor

A GM escolheu trazer o Equinox em sua versão mais potente. Embora em outros países ele seja oferecido com motores 1.5 turbo e 1.6 turbodiesel. Por aqui, sob o capô estará o 2.0 turbo que gera 262 cv e 36 kgf.m de torque, com 90% do pico disponível de 2.000 rpm a 5.600 rpm. O câmbio automático e de nove marchas.

Oferecido, à princípio, em versão única, o Equinox será equipado com tração integral permanente tipo AWD, com entrega de torque sob demanda, ou seja, o envio de torque é feito entre as rodas ou os eixos automaticamente se os sensores acusarem que o carro está perdendo aderência, por exemplo.

Nesta nova geração, o Equinox utiliza a mesma plataforma do Cruze, batizada de D2, o que permitiu uma bela redução de peso, o modelo ficou 180 kg mais leve. São 4,65 metros de comprimento e 2,72 metros de entre-eixos. Um ponto favorável para os ocupantes que vão atrás é a ausência do túnel central no piso.

Por fora, merecem destaque os faróis em LED comutáveis, maçanetas e retrovisores nas cores do veículo, rodas aro 19 e grade cromada. Por dentro o acabamento é bem semelhante ao do Cruze, há teto solar panorâmico, sistema de som da Bose e central multimídia MyLink compatível com Android Auto e Apple CarPlay. Um conforto extra é poder acionar a tampa do porta-malas, cuja capacidade é de 847 litros, passando o pé por debaixo do para-choque traseiro. Isso ajuda muito quando estamos com as mãos ocupadas.

Todavia, a Chevrolet quer mesmo impressionar no pacote de itens de segurança. Ele conta com frenagem de emergência, caso o veículo detecte a eminência de uma colisão frontal, um alerta é acionado e os freios são ativados automaticamente. Para alertar o motorista, caso o carro desvie involuntariamente da faixa, há um assistente que “lê” as faixas da via e faz eventuais correção na trajetória do carro, além de alertas por vibrações no banco do motorista.

Entre os demais equipamentos, a versão ‘completona’ do Equinox traz assistente de estacionamento semiautônomo, alerta de ponto cego nos retrovisores externos, acionamento remoto do motor, sistema Onstar e banco do motorista com regulagem elétrica e memória.

Preço

Até o momento, a GM não divulgou os preços do “nosso” Equinox, sabemos apenas que ele ficará posicionado entre o Tracker e a Trailblazer. Hoje, o Tracker vai de R$ 81.990 até R$ 95.450 se equipado com o pacote de opcionais e a Trailblazer parte de 171.990 e ultrapassa os R$ 200 mil na versão top de linha.

Seu principal concorrente declarado pela GM, é o Honda CR-V, vendido em versão única de R$ 148 mil. Porém, o modelo já foi renovado e chegará por aqui no segundo semestre com motor 1.5 turbo de 192 cv e, provavelmente, preço reajustado.

Se o plano for tirar o reinado do Jeep Compass, que fechou o mês de maio como décimo carro mais vendido do Brasil e está liderando as lista dos SUVs (ele passou o HR-V!) com 4.450 unidades emplacadas, o buraco é mais embaixo.

Em preço, o Equinox brigaria com a versão top de linha Trailhawk vendida a R$ 154.990. Nesta versão, o rival da Jeep vem equipado com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv, câmbio de nove marchas e tração integral. Agora, em volume, seria praticamente impossível sair vitorioso desta disputa considerando a limitação da cota de importação. Não podemos nos esquecer que a cota é compartilhada também com o Tracker. Especula-se, inclusive, que a rede autorizada esteja trabalhando com contenção das vendas do Tracker justamente para sobrar uma ‘gordura’ para o Equinox.

A GM trata este assunto de maneira um tanto nebulosa. Os executivos da marca não esclareceram ao WM1 como eles pretentem lidar com as cotas de Tracker e Equinox ou mesmo qual o número de carros que eles podem trazer do México anualmente.

Este é um assunto com a qual a Jeep, que fabrica o Compass no Brasil, não precisa se preocupar.

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