Logo no comecinho deste ano, da fusão entre os Grupos FCA (Fiat Chrysler Automobile) e PSA Peugeot Citroën nasceu a Stellantis, agora uma das maiores empresas automotivas do mundo - e com números bem expressivos de vendas aqui no Brasil, na soma de todas as empresas. De acordo com números do grupo, foram 580 mil veículos vendidos no Brasil até novembro, mais de 30% de participação no mercado. E tem seis dos sete modelos mais comercializados: Fiat Strada (1º), Fiat Argo (2º); Jeep Renegade (4º); Fiat Toro (5º); Jeep Compass (6º) e Fiat Mobi (7º).
Mas o que ainda podemos esperar para os próximos anos? Por que não, o aproveitamento de plataformas e de peças. Vale lembrar que, no começo de 2017, a PSA adquiriu a Opel, que era da General Motors. Atualmente, Peugeot 208 e Opel Corsa são feitos lado a lado sobre uma mesma base modular lá na Europa - que, inclusive, lhes dá direito à versões elétricas. Recentemente o WM1 guiou o Peugeot 208 eGT, inclusive, mas falaremos sobre isso oportunamente.
Em um exercício de imaginação, o WM1 reuniu abaixo cinco exemplos de práticas que poderiam ou não ser adotadas pelo grupo automotivo. Concorda? Discorda? Deixe sua opinião no campo de comentários, no "pé" desta página.
Jeep Renegade, Peugeot 2008, Citroën C4 Cactus e até mesmo o Fiat Pulse, além do Compass e da picape Toro, pertencem todos ao mesmo grupo e poderiam ser feitos sobre uma mesma plataforma. Com isso, poderiam aproveitar motores - como o 1.3 turboflex de 185 cv que já equipa Toro e Compass ou mesmo o moderno 1.2 Puretech da PSA, já em uma versão turbinada.
Ao mesmo tempo, as configurações mais trilheiras dos carros que têm perfil mais aventureiro, independentemente de qual for a marca, poderiam usar o motor 2.0 turbodiesel de 170 cv - que pode ser acoplado à moderna caixa de câmbio automático de nove marchas e ao sistema de tração 4x4. Entenda um pouco mais sobre isso no tópico 3.
A Fiat, por que não, finalmente poderia ter um concorrente à altura de Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Cruze e Volkswagen Jetta, embora este não seja mais um segmento de tanto prestígio em nosso país - hoje em dia só o Corolla vende bem. Para isso, poderia usar a plataforma de 308 e 3008, ou do C4 Lounge, e o excelente motor 1.6 THP de origem BMW que hoje equipa modelos da PSA e da própria Mini.
Do mesmo jeito que a FCA poderia utilizar as novas tecnologias de motor e plataforma modular da PSA, a fabricante francesa também deveria aproveitar a fusão para aplicar outros tipos de equipamentos em seus modelos mais trilheiros e utilitários, como dissemos.
Carros como 2008, C4 Cactus, 3008 e 5008, por exemplo, adotariam os excelentes atributos de tração 4x4 dos Jeep produzidos em Goiana (PE). Desta forma a Jeep, uma das marcas que sempre foi referência no quesito off-road, poderia expandir seus atributos para outros utilitários do Grupo.
Muitas marcas que vendem carros no Brasil tentaram por diversas vezes criar um modelo que fosse capaz de bater de frente com o Fiat Doblò. Tanto pela proposta (de poder oferecer até sete lugares), quanto pelo custo-benefício. Prova disso é o fato de o Doblò existir até hoje.
Peugeot Partner e Citroën Berlingo são exemplos. Com a fusão, todos poderiam ser feitos juntos, sobre a mesma plataforma, e compartilhariam da longa experiência da FCA em produzir esse tipo de veículo. Com isso, poderíamos ver Doblò, Partner e Berlingo fabricados juntos, não é mesmo?
Mesmo que sejam rivais em preço, as versões mais caras do Compass turbodiesel poderiam oferecer à dupla 3008 e 5008 o excelente conjunto mecânico que une o motor 2.0 turbodiesel ao câmbio automática de nove marchas. Isso sem falar na tração 4x4.
Assim, a dupla de SUVs da Peugeot, bastante reconhecida e elogiada pelo excelente conjunto 1.6 THP a gasolina, ganharia ainda mais uma opção de motor e câmbio, com um perfil mais voltado a um novo tipo de cliente, muito mais trilheiro e explorador.