O Honda Civic é um caso de sucesso na indústria automotiva. E um daqueles raros, como poucos outros. Nascido no Japão, em 1973, como um hatch de pequeno porte, todo quadrado e bem simples, o modelo passou por muitas evoluções em suas 11 gerações.
Hoje, é um médio cobiçado em todos os países onde é vendido - existe nas configurações hatch e sedã. No Brasil, chegou importado em 1992. Depois, foi produzido por aqui entre 1997 e 2021. Este ano voltará, mas novamente como modelo importado.
Com mais de 30 milhões de unidades vendidas na história, o Civic é fabricado atualmente em dez países: Japão, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Paquistão, Taiwan, Turquia, Índia, Tailândia e Vietnã. Conheça abaixo a história desse modelo, cuja próxima encarnação certamente será tão cobiçada quanto as anteriores.
O carro nasceu no Japão em versões cupê duas portas, hatch três e cinco portas e sedã quatro portas. E já surgiu com duas opções de motor, de 1.2 ou 1.5 litro, acompanhados de transmissões manual ou automática. Era quadradinho e simples, mas simpático - e tinha a curiosidade dos espelhos retrovisores instalados sobre os para-lamas dianteiros.
Esta já trouxe um upgrade no motor das versões básicas, que passou a ser 1.3 litro. A base do carro era a mesma, e foram feitas apenas reestilizações no aspecto visual.
Esta também durou apenas três anos, mas trouxe à linha um visual completamente mudado e novidades importantes, como entre-eixos maior e uma versão que se tornaria famosa pelo desempenho: a Si 1.6 16 válvulas, que na época rendia já impressionantes 135 cv e potência.
Podemos dizer que foi a partir da quarta geração que o Civic começou a se tornar um carro mais sofisticado. Foi aí que recebeu recursos como trio elétrico, ABS nos freios, controle de tração e até o primeiro motor V-TEC, aquele com comando de válvulas variável, que urgiu em 1989.
Eis o Civic como passamos a conhecê-lo: foi justamente o modelo de quinta geração o primeiro a ser vendido no mercado brasileiro. Era um carro tão bacana que até hoje ainda desfila bonito - apesar de suas linhas evidentemente antigas em relação ao que existe hoje. Aqui, o carro estreou com motores 1.5 e 1.6 - e vinha importado dos Estados Unidos, e não do Japão!
A sexta geração surgiu lá fora em 1996, e foi a primeira a ser produzida no Brasil, na fábrica de Sumaré (SP). A primeira leva tinha motores com 106 cv e 127 cv,
A principal diferença na sétima geração do Civic, que também foi feita na fábrica Sumaré, foi a chegada do novo motor de 1.7 litro com duas calibrações - 115 cv ou 130 cv. Mas, além disso, o sedã também teve a suspensão revisada: ficou mais macia e ganhou barras estabilizadoras.
Batizada de "New Civic", a oitava geração foi uma das mais impressionantes. Sobressaíam o design externo elegante e levemente agressivo e o novo painel de instrumentos, "em dois andares" - que se tornou um objeto de desejo na época e até hoje impressiona. Além disso, o carro passou a ter motor 1.8, opção de câmbio automático com aletas atrás do voante para trocas manuais e uma versão esportiva chamada de Si, com motor 2.0 de 192 cv.
Como a oitava geração foi uma verdadeira revolução, a nona se limitou a retoques estéticos. O marco dessa época foi que, pela primeira vez, o Civic passou o Toyota Corolla em vendas no mercado brasileiro.
Mais uma vez a Honda impressionou. Se na nona geração a marca ficou devendo - mas nem precisava ter mudado, mesmo - na décima era hora de mostrar serviço novamente. E que serviço! Veio um Civic ainda mais bonito e elegante, que impressiona nas ruas até hoje com sua frente baixa e as lanternas em formato de bumerangue. O carro também chegou mais recheado: assistente de partida em rampas, controles de tração e estabilidade, airbags de cortina e multimídia passar a fazer parte do portfolio do modelo, dependendo da versão.
O Civic deixou de ser produzido no Brasil, mas voltará ao país este ano. Só que, novamente, será um modelo importado. Sendo assim, vai ocupar uma faixa de preço e de mercado acima da que ocupava. Isso por conta da motorização. O sedã terá um conjunto motriz híbrido. Está nos planos da Honda também a versão esportiva Type R, baseada na carroceria hatch e que chegará pela primeira vez por aqui.