Dias depois de anunciar a chegada do novo City ao Brasil, que será apresentado no dia 23 de novembro, a Honda confirmou que o Fit sairá de linha no país. Segundo a assessoria de imprensa da marca japonesa, o monovolume terá a produção na fábrica de Sumaré (SP) encerrada em dezembro. As vendas serão mantidas enquanto houver unidades remanescentes nos estoques das concessionárias.
Lançado no Brasil em 2003, o Fit será substituído em nosso mercado pela inédita versão hatchback da nova geração do City, que também será comercializado na variante sedã. Essa estratégia da Honda também foi adotada na Ásia, embora o Fit tenha estreado uma nova geração na Europa e no Japão em 2019.
A Honda chegou a estudar a possibilidade de vender o novo Fit no Brasil, mas concluiu que o modelo não seria tão competitivo por ser mais sofisticado e, consequentemente, caro para os padrões do mercado brasileiro.
Além disso, a produção local do City hatch irá gerar economia em escala pelo fato de ele compartilhar diversos componentes com a variante sedã. Ou seja, a Honda economizará na produção de dois modelos.
Mas não é de agora que o Fit tem perdido espaço em nosso mercado para modelos mais modernos – principalmente para as versões de entrada dos SUVs compactos. Em 2021, o monovolume emplacou apenas 6.318 unidades entre janeiro e outubro, volume inferior ao do Toyota Yaris (18.300 unidades), um dos seus principais concorrentes.
Apesar de o Fit ser bastante elogiado pela versatilidade do seu amplo espaço interno, a Honda acredita que o City poderá suprir essa característica. O novo hatch é cerca de 30 centímetros mais comprido, 5,4 cm mais largo e possui 7,2 cm a mais na distância entre-eixos que o monovolume.
O novo Honda City foi lançado na Ásia em 2019 com maior refinamento em termos de conteúdo tecnológico. Por aqui, além de substituir o Fit, a versão hatch competirá contra Chevrolet Onix, Fiat Argo, Peugeot 208, Toyota Yaris e Volkswagen Polo. O sedã terá a missão de atrair potenciais clientes do Chevrolet Onix Plus, Fiat Cronos, Nissan Versa, Toyota Yaris Sedan e Volkswagen Virtus.
Diferentemente dos rumores, que davam como certa a estreia de um motor 1.0 turbo flex, o novo City será equipado com um propulsor 1.5 flex aspirado, dotado de injeção direta e duplo comando de válvulas, para entregar cerca de 130 cv de potência (o atual 1.5 do Fit gera 116 cv).
Em termos de equipamentos, a versão topo de linha terá faróis de LED e o LaneWatch, recurso que mostra na tela da central multimídia de 8 polegadas a imagem da câmera instalada no retrovisor do lado direito para que o motorista veja se há algum veículo no ponto cego do carro. Itens, como ar-condicionado digital e os seis airbags deverão ser ofertados de série em todas as configurações.