Mini Cooper S empolga mesmo com traseira polêmica

Aceleramos a nova geração do hot hatch, que tem motor turbo, câmbio com dupla embreagem e muita tecnologia

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André Deliberato
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Você viu aqui no WM1, na semana passada, tudo sobre o lançamento do novo Mini Cooper S, que foi apresentado ao lado do Countryman S E e dos novos BMW X2 e iX2. Ele custa a partir de R$ 239.990 na versão Exclusive e chega a R$ 269.990 na Top.

Senhoras e senhores, que carrinho legal. Caro, mas muito, muito divertido, com pegada esportiva e nível de tecnologia que encanta. O carro empolga do começo... ao meio, já que a traseira ainda não me convenceu. Mas gosto é relativo, lembrem-se.

Aceleramos o Mini Cooper S em estradinhas sinuosas perto de Campos do Jordão (SP) e o carro nos respondeu com muita diversão. Nessa reportagem, vamos falar sobre cada ponto. Venha comigo.

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A traseira do Mini Cooper S tem desenho polêmico, mas o formato da bandeira britânica segue por lá
Crédito: Divulgação
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Pisando fundo no novo Mini Cooper S

O carro é um legítimo hot hatch. Acelera muito, faz curva como poucos - lembra do "kart feeling"? - e diverte de verdade quem gosta de dirigir.

O "kart feeling" é real: um dos modos de condução oferecidos pelo novo Mini Cooper S se chama "go kart". Foi esse que acionei - e nem fiz questão de ver quais eram os outros. Mas há um "normal" e um "eco", para quem gosta.

Equipado com um motor 2.0 turbo de até 204 cv e 30,6 kgf.m de torque, ele usa uma caixa de câmbio automatizada de dupla embreagem e sete marchas bem rápida, capaz de fazê-lo arrancar de zero a 100 km/h em meros 6,6 s. A velocidade final é de 240 km/h.

Números bem agradáveis, mas achei que ronco merecia um pouco mais de capricho. Amuado para quem está do lado de dentro... Mas também sei - e vale lembrar - que muito dono de Mini "ajusta" esse detalhe depois que compra o carro, o que deve continuar acontecendo.

Não há alavanca de câmbio e lamento também a ausência de borboletas para trocas de marca no volante - esta, sem dúvida, a ausência mais sentida no modelo. Você se vê obrigado a "aceitar" de forma automática as trocas do câmbio, embora dê para fazer alguns kick-downs no acelerador.

Essa tela central é um absurdo: com processor ultrarrápido, é uma das melhores do setor automotivo
Crédito: Divulgação
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Como é por dentro

O painel do novo Mini Cooper S é incrível. Achei que ia estranhar a falta do quadro de instrumentos, mas o head-up display cumpre muito bem sua função - aqui, vale lembrar, só na versão mais cara.

O acabamento é impecável. Divertido, iluminado e bem feito, é realmente muito melhor do que se vê na maioria dos automóveis que hoje circulam nessa faixa de valor.

A tela central de OLED é algo bem inovador, futurista e incomum de se ver. A resolução é tão absurda que a Mini precisou instalar uma placa de vídeo da Nvidia, como acontece em computadores de última geração, para poder oferecer o serviço aos clientes.

Ela resume tudo em uma tela de 24 cm de forma intuitiva e super fácil de mexer e interagir. Há vários acessórios, recursos e até comando de voz e funções mais inteligentes.

Como meu teste foi ao entardecer, parecia que eu estava em um simulador, ou em um vídeo-game desses mais novos. Essa função de realidade aumentada é de fato bem interessante. Mas há outras coisas que empolgam, como o teto solar panorâmico e o excelente som da grife Harman Kardon.

Por R$ 240 mil, é difícil elencar um concorrente direto para o carro, já que os hot hatches vendidos no Brasil, Toyota GR Corolla e Honda Civic Type R, pedem mais de R$ 400 mil para estarem na garagem.

Com isso, o Mini Cooper S volta ao mercado para ser, portanto, aquela opção atraente e visualmente divertida para quem curte dirigir carros esportivos, tem grana para investir nesse tipo de proposta e não liga para o fato de ele ser consideravelmente apertado para mais de duas pessoas.

 

Tags:Mini
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