Conforme antecipamos alguns dias atrás, a Porsche apresentou, na Alemanha, a nova geração do Macan - que é 100% elétrica. O Porsche Macan elétrico, primeiro SUV da marca totalmente eletrificado (o Taycan é um esportivo), surge com duas opções de motorização. E ao contrário do que o WM1 havia informado, as opções com propulsor a combustão continuarão sendo comercializadas em paralelo.
O carro é inteiramente novo, a começar pela plataforma Premium Platform Electric (PPE). Esta, aliás, também será usada pelos Audi A6 Q6 e-tron e A6 e-tron. O Porsche elétrico nasce com duas versões, Macan 4 e Macan Turbo - que, apesar do sobrenome, não tem nada de motor térmico.
As duas têm tração integral e baterias com 95 kWh líquido e pico de 100 kWh. As baterias são fornecidas pela empresa alemã CATL, cuja fábrica fica na cidade de Efurt. A montagem dos 12 módulos, cada um com 15 células, é feita pela conterrânea Dräxlmeier. Assim como no Taycan, a tensão no Macan é de 800 Volts. O carregamento pode ser feito em estações e até 270 kWh e a recarga de 10% a 80% acontece em cerca de 21 minutos. Em pontos de recarga mais fracos, naturalmente o tempo é maior.
O Macan 4 entrega 408 cv de potência com 66,3 kgf.m de torque. Vai de zero a 100 km/h em 5,2 segundos e chega à velocidade máxima. Sua autonomia no padrão europeu WLTP é de ótimos 613 quilômetros. Já o Macan Turbo rende 640 cv e 115,2 kgf.m, vai de zero a 100 km/h em 3,3 segundos e alcança 260 km/h. O desempenho é mais forte, mas a autonomia é menor: 519 quilômetros (WLTP).
Os Macan são movidos por dois motores elétricos do tipo síncrono com imã permanente (PSM), um em cada eixo. O dianteiro foi desenvolvido pela Audi e o traseiro, pela Bosch. Em velocidades constantes e demanda normal, apenas o traseiro entra em ação. Nas demandas severas, o dianteiro também passa a funcionar. Há recuperação de energia nas frenagens, mas não nas desacelerações.
O Macan elétrico tem 4,78 m de comprimento, 1,62 m de altura e 2,89 m de entre-eixos. Números similares aos do Ford Mustang Mach-E e do BMW iX3, porém menores que os do concorrente direto Mercedes-Benz EQE SUV, que tem 4,97 m de comprimento. O porta-malas leva bons 540 litros e a suspensão a ar (de série na versão Turbo) tem o sistema ativo PASM.
O novo Porsche, porém, usa e abusa do design bonito. A Porsche diz que buscou "proporções esportivas com linhas de cupê". No fim das contas, o visual é imponente, mas não excessivamente agressivo ou exótico, e bem harmonioso. Na frente segue a tendência mundial de luzes de rodagem diurnas ((DRLs) rentes ao capô e farois principais mais abaixo, na linha do para-choque, mas sem que isso pareça esquisito como e muitos casos - na verdade, as DRLs tem dimensões generosas e atpé parecem ser as luzes principais.
Já a traseira é "menos Porsche" que a dianteira, com cantos aparência arredondados e lentes que cortam a tampa unindo as lanternas horizontais que estão lá nos cantos. E o interior é aquele show de sofisticação com pitadas de esportividade que conhecemos dos modelos da marca. Alguns dos quitutes a bordo: volante multifuncional, painel digital com tela de TFT de 10,9 polegadas, multimídia no centro do tablier com 12,6 polegadas e um inédito head-up display que projeta imagens no para-brisa em tamanho correspondente a um display de 87 polegadas.