Primeira Kombi nacional saía da fábrica há 64 anos

Utilitário teve cerca de 1,6 milhão de unidades produzidas em São Bernardo do Campo (SP) entre 1957 e 2013

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Guilherme Silva
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O Dia Nacional da Kombi é comemorado nesta quinta-feira (2). A data foi escolhida justamente porque no dia 2 de setembro de 1957, a primeira unidade da “Velha Senhora” foi produzida na fábrica da Volkswagen às margens da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

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Linha de produção da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP)
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A Kombi teve cerca de 1,6 milhão de unidades fabricadas no Brasil durante os 56 anos de produção ininterrupta. O modelo se tornou um ícone nacional devido a sua versatilidade no transporte de cargas e passageiros, uma vez que foi utilizado em diversos segmentos de serviços.

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O nome Kombi é uma abreviação do termo alemão “Kombinationsfahrzeug”, que significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”.

Por utilizar a base mecânica do Fusca, a Kombi sempre foi elogiada por sua robustez e baixo custo de manutenção. As primeiras unidades feitas no Brasil tinham 50% de peças nacionais, e inauguraram a fábrica de São Bernardo do Campo, a primeira da Volkswagen fora da Alemanha. Antes, no começo da década de 1950, a Kombi era importada pelo grupo Brasmotor.

A Kombi teve diversas configurações de carga e passageiros
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A primeira Kombi nacional era equipada com motor traseiro refrigerado a ar de 1.2 litro a gasolina, que rendia parcos 30 cv de potência. Durante a sua evolução, o utilitário chegou a ter uma rara versão de passageiros com seis portas (1961). A configuração picape estreou em 1967, com a chegada do motor 1.5 de 52 cv. Já a prática porta lateral corrediça foi adicionada somente em 1997.

Kombi nas configurações picape, van e furgão
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A grande mudança veio em 1975, com a segunda geração com para-brisa inteiriço. Esse modelo recebeu diversas mudanças mecânicas com o passar dos anos e foi fabricado até o final da produção do utilitário, em 18 de dezembro de 2013.

A Kombi T2, ou segunda geração, estreou na linha 1976
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Ao longo de sua trajetória no Brasil, a Kombi teve motorização refrigerada a ar com dupla carburação de 65 cv a gasolina e a etanol. Um motor a diesel chegou a ser oferecido, mas não fez sucesso entre os usuários do modelo. A grande mudança mecânica veio em 2006, quando a van teve de trocar o motor boxer refrigerado a ar pelo 1.4 flex com arrefecimento líquido para atender as normas de emissões.

Motor 1.4 flex, compartilhado com o Fox de exportação, foi introduzido em 2006 para atender lei de emissões
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A Kombi brasileira foi descontinuada no final de 2013 por não ser capaz atender a legislação que, desde 2014, exige a instalação de airbags frontais e freios com ABS nos veículos novos comercializados no país. Segundo a Volkswagen, era inviável adaptar os novos equipamentos de segurança em um veículo cujo projeto era dos anos 1950.

Na despedida, o utilitário ganhou a série especial Last Edition, limitada em 1.200 unidades, que saía de fábrica com pintura bicolor, cortinas nas janelas e plaqueta com o número de série.

Série especial Last Edition marcou a despedida da Kombi, em 2013
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Após quase oito anos do fim de sua produção no Brasil, a Kombi ainda mantém uma legião de fãs que faz questão de manter a sua memória viva.

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