Em seu primeiro passo para tornar a eletrificação algo menos distante do consumidor brasileiro, a Fiat apresentou na última semana as versões híbrida-flex dos SUVs Pulse e Fastback.
Na realidade, a marca italiana desenvolveu um sistema híbrido-leve de 12 volts, que em linhas gerais utiliza um motor elétrico para dar um “empurrãozinho” nas arrancadas, em alguns momentos que o motor a propulsão é mais exigido, e principalmente na hora que o bloco que bebe tanto gasolina quanto álcool é menos eficiente, ou seja, mais consome: aquele em que ainda está frio, longe de sua temperatura ideal de funcionamento.
Ofertas de Fiat Pulse na Webmotors
Sozinho, este sistema, formado por um motor elétrico que é alimentado por uma bateria de chumbo de 68 amperes localizada no propulsor e outra de íon de lítio posicionada sob o banco do motorista, não consegue colocar o carro em movimento. Aqui, a eletricidade é sempre uma assistente essencial ao protagonismo do bloco a combustão, que no caso dos dois modelos da Fiat é o T200, também conhecido como 1.0 turbo de três cilindros, flex, que desenvolve 130 cv de potência máxima e 20,7 kgf.m de toque. A transmissão é automática CVT.
Importante destacar que o propulsor elétrico também tem a missão de recarregar as duas baterias, que conta com uma ajudinha extra do sistema regenerativo instalado nos freios dos SUVs, reaproveitando a energia cinética das frenagens.
Mas a pergunta que fica é: quanto mais econômico este sistema pode ser? Bom, a Fiat fala em torno de 11,5% para o Fastback e 10,7% para o Pulse.
Nós do WM1 tivemos a oportunidade de participar de um teste para ver na prática de quanto é essa economia de combustível em um circuito de aproximadamente 10 km na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Inicialmente andamos em um Pulse 100% a combustão com o tanque utilizando apenas etanol. Além do motorista, uma segunda pessoa, no caso um engenheiro da Fiat, nos acompanhou. Dois detalhes importantes: o ar-condicionado sempre esteve ligado e o limite de velocidade das vias foram respeitados.
Na sequência, trocamos de carro. Pulamos para dentro de um Pulse com a nova tecnologia híbrida, e com o tanque utilizando também 100% etanol. E percorremos o mesmo caminho.
Belo Horizonte é uma cidade com muitas subidas e decidas. No momento em que realizamos o teste, por volta das 10h da manhã de uma sexta-feira em que a chuva ia e voltava, o trânsito estava ligeiramente ruim, com alguns pontos de lentidão, mas sem congestionamentos.
E os resultados obtidos foram:
Claro que em um circuito curto como este, qualquer semáforo aberto ou fechado, um caminhão mais lento em uma subida, ou até um carro quebrado pela frente causando lentidão – como aconteceu quando estávamos testando a opção híbrida-flex do Pulse – podem alterar os números. No entanto, o fato é que a economia existe e em um valor interessante, que representará economia nítida para o bolso do proprietário e também menos gases poluentes emitidos na atmosfera.