A Renault confirmou que produzirá uma nova picape. O modelo será feito na Argentina e, para isso, a marca investirá US$ 350 milhões (quase R$ 2 bilhões) na planta de Santa Isabel, em Córdoba.
A notícia é importante para o mercado brasileiro porque o novo modelo será vendido por aqui, onde substituirá a Oroch e vai encarar principalmente a Fiat Toro, além de Chevrolet Montana e algumas versões de Ford Maverick e até de Ram Rampage.
Mas vale destacar que a produção no país vizinho também será destinada a outros países da América Latina.
Mais interessante ainda é lembrar que o novo modelo será baseado em algo que já vimos: a picape-conceito Niagara, exibida durante a apresentação do SUV Kardian, em outubro do ano passado - e que mostramos aqui. Muito provavelmente o modelo de produção manterá esse nome.
A previsão, nesse momento, é de que a nova picape chegue aos mercados latino-americanos em 2026. Inicialmente serão feitas 65 mil unidades anuais - 30% para o mercado local e 70% para exportação -, mas a meta é fazer 100 mil/ano.
O Brasil será o principal destino, já que é um grande consumidor desse tipo de veículo.
A plataforma da picape será a RGMP, que já é usada no Kardian. Essa base pode gerar veículos de quatro a cinco metros de comprimento, de 2,60 m a três metros de entre-eixos, receber conjuntos motrizes convencionais ou híbridos e ter tração 4x4.
No fim das contas a Niagara deverá ter 4,90 m de comprimento e 2,95 m de entre-eixos, medidas similares à da Fiat Toro - que tem 4,91 m e 2,99 m, respectivamente.
A Nissan, que é parceira da Renault, também terá um modelo oriundo do mesmo projeto. Com isso, terá, pela primeira vez, uma picape monobloco na América Latina. Algo semelhante ao que acontece com as picapes médias Nissan Frontier e Renault Alaskan.