Dias depois de confirmar o fim da produção nacional do Fit, a Honda apresentou nesta quinta-feira (18) a nova geração do City, que será lançada em duas etapas. O sedã começa a ser vendido no dia 23 de novembro, nas versões EX (R$ 108.300), EXL (R$ 114.700) e Touring (R$ 123.100). As primeiras unidades chegam às concessionárias em janeiro.
Já a inédita variante hatchback, que substituirá o Fit no mercado brasileiro, terá os preços das versões EXL e Touring divulgados somente em janeiro e chegará às revendas em março do ano que vem.
Vendido no Brasil desde 2009 apenas na carroceria sedã, que chega à sua terceira geração no país, o City passa contar com a versão hatch prometendo manter as mesmas qualidades do Fit. A Honda adotou essa estratégia para não elevar os custos de produção, uma vez que o novo Fit, lançado em 2019 na Europa e no Japão, ficou sofisticado demais e, consequentemente, caro para os padrões brasileiros.
Além do visual atualizado, o novo Honda City sedã ficou maior que o antecessor. Medindo 4,55 metros de comprimento, ele é 9,4 centímetros mais comprido e 5,3 cm mais largo que o modelo antigo. A distância entre-eixos, no entanto, foi mantida. Apesar do ganho de alguns centímetros na carroceria, o porta-malas teve a capacidade reduzida de 536 litros para ainda bons 519 litros. Segundo a marca japonesa, a estrutura do novo City é 20,4% mais rígida e 4,3 kg mais leve que a antiga.
Com 4,34 m de comprimento, o City hatch é 24 cm mais comprido que o Fit, enquanto o seu entre-eixos - com os mesmos 2,60 m do sedã - é 7 cm maior que o do monovolume.
Para compensar, em partes, o menor porta-malas (268 litros), o City hatch adotou o mesmo banco traseiro do Fit. O sistema Magic Seat, que permite quatro posições de rebatimento, amplia o espaço da cabine em até 1.168 litros.
Tanto o sedã quanto o hatch são equipados com novos amortecedores dotados do sistema que utiliza o próprio fluido e uma válvula extra para evitar pancadas de final de curso ao passar sobre buracos, por exemplo. Outra novidade no City são os controles de estabilidade e tração, inexistentes no modelo anterior - e que agora são obrigatórios por lei para projetos novos.
Com o novo City, a Honda estreia no Brasil o inédito motor 1.5 flex de quatro cilindros, identificado pela nomenclatura DI DOHC I-VTEC. Esse propulsor entrega 126 cv de potência a 6.200 rpm e 15,5 kgf.m de torque a 4.600 rpm (números com gasolina).
O ganho de 10 cv em relação ao antigo 1.5 I-VTEC foi atingido com a adoção de injeção direta e duplo comando de válvulas. A única transmissão disponível é a automática de variação contínua (CVT) com simulação de sete marchas.
Segundo os dados de consumo do Inmetro, o City sedã faz 9,2 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada quando abastecido com etanol. Bebendo gasolina, os números são de 13,1 km/l em percurso urbano e 15,2 km/l, em uso rodoviário.
Por sua vez, o City hatch atingiu marcas de 9,1 km/l e 13,3 km/l (etanol/gasolina) na cidade e de 10,5/14,8 km/l, na estrada.
Desde a versão EX (R$ 108.300) do sedã, o City é equipado de série com seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina); controles de estabilidade e tração; Isofix; chave presencial com botão de partida no painel; central multimídia com tela de 8" e conexão sem fio com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay; câmera de ré; lanternas de LED; rodas de liga leve de 16” com sensor de pressão dos pneus; faróis de neblina; borboletas para trocas de marchas no volante.
Na intermediária EXL (R$ 114.700) são adicionados os bancos revestidos de couro; painel com tela digital configurável de 7”; sensor de estacionamento traseiro e o LaneWatch, que aciona a câmera instalada no retrovisor do lado direito e mostra na tela da multimídia a imagem do ponto cego do veículo ao acionar a seta.
Na topo de linha Touring, (R$ 123.100) o City ganha faróis e lanternas de LED, sensor de estacionamento dianteiro e o pacote de assistências de segurança Honda Sensing. Nessa versão, o sedã passa a contar com frenagem autônoma de emergência, leitor de saída de faixa com centralização e correção no volante, controle de cruzeiro adaptativo e ajuste automático do farol alto.
Embora a Honda não tenha falado a respeito, o City hatch deverá seguir o mesmo padrão de equipamentos do sedã.