Usado Novo: Ford EcoSport ainda pode ser uma boa

Mesmo fora de linha, modelo tem versões completas e até 4x4 por valores inferiores aos de SUVs compactos zero-quilômetro

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Lucas Cardoso
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O Ford EcoSport foi - e ainda é - um dos carros mais importantes do mercado brasileiro nos últimos 20 anos. Primeiro SUV compacto do país, criou tendência e inaugurou o próprio segmento em 2003, ano em que foi apresentado pela marca americana.

Ford Ecosport foi pioneiro

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Líder entre os utilitários esportivos durante um bom tempo, o EcoSport se despediu em 2021. A saída foi causada pelo fim da produção nacional de veículos da Ford na fábrica de Camaçari, na Bahia — a marca passou a ser apenas uma importadora.

O visual do modelo de segunda geração ainda pode ser considerado atual
Crédito: Divulgação
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Quando saiu de cena, o modelo já não tinha o mesmo sucesso dos seus primeiros anos de vida. Ou até mesmo em comparação aos primeiros anos da segunda geração, lançada em 2012, que ainda teve ótimos resultados.

Foi com essa geração que o SUV ganhou um design mais atual, moderno, e novas tecnologias e mais segurança. Tais parâmetros, aliás, podemos frisar até quando comparamos o EcoSport dos últimos anos com modelos do mercado atual.

Versão 4x4

Nesses últimos anos, o modelo teve mudanças interessantes como a inclusão da versão Storm 2.0 automática com tração nas quatro rodas. A configuração oferecida em 2018 tinha sistema integral sob demanda 4WD e diversos itens exclusivos, especialmente no visual.

O Ecosport teve uma versão com pneus runflat, que não vinha om estepe pendurado na tampa traseira
Crédito: Divulgação
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A grade da dianteira, por exemplo, trazia o nome da versão "Storm". O modelo também tinha grafismos no capô e nas laterais, além de revestimentos exclusivos nos bancos, com dois tons.

Antes dela, existiu uma uma versão com tração nas quatro rodas. Foi a Freestyle 4WD, lançada em 2015, que vinha com o mesmo esquema de envio de força às rodas da versão Storm.

Motor 1.5

Depois disso, em 2019, a Ford apresentou a linha EcoSport com outra inovação: os pneus Runflat, que não demandam a troca imediata em caso de furo. Isso forçou a retirada do estepe na versão Titanium, que tinha motor 1.5 e vinha de série com a tecnologia.

O motor flex Dragon 1.5 aspirado, que rende 137 cv e 16,2 kgf.m de torque, era o único oferecido para as versões de tração simples na derradeira linha 2021. O propulsor poderia ser casado com um câmbio manual de cinco marchas ou com um automático de seis velocidades.

Já na versão Storm o motor ainda era o 2.0 Duratec flex aspirado, capaz de entregar 176 cv e 22,5 kgf.m de torque. Nessa configuração, o Ecosport só recebia câmbio automático de seis marchas.

O SUV tem acabamento interno simples, om muitas partes em plástico
Crédito: Divulgação
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Pontos fortes e pontos fracos

De maneira geral, até sua saída, o Ecosport sempre foi um carro bem avaliado pelos consumidores, principalmente pelo seu visual. Atualizado em um facelift em 2017, o design do SUV era atual para a época e até hoje não parece tão datado quando visto nas ruas,

A posição ao dirigir também era um ponto forte apontado pelos motoristas. Outros elementos, como as tecnologias de segurança, controles eletrônicos de estabilidade e tração, número de airbags e a boa avaliação em testes de colisão, contribuíram para essa percepção.

Por outro lado, o SUV sempre foi questionado e criticado por seu espaço interno acanhado, inclusive pelo porta-malas de 356 litros. O acabamento interno era outro alvo de queixas por ser considerado simples demais, visto que o EcoSport não era um carro barato para a época.

Modelo tem equipamentos interessantes como a central multimídia SYNC 3 a partir da linha 2018
Crédito: Divulgação
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Melhor que SUV de entrada

Apesar dos pontos fracos, o modelo ainda pode ser considerado uma boa compra. Ainda mais quando avaliamos os preços de versões completas do utilitário Ford e comparamos com o que é cobrado atualmente pelos SUVs compactos zero-quilômetro em suas versões de entrada.

Só para fins de comparação, o Fiat Pulse, que é o modelo mais barato do mercado no segmento, custa R$ 98.946. Já algumas versões 4WD Storm são encontradas por menos de R$ 90 mil.

Contraponto

É claro que o interessado precisa pesar o fato de o modelo ter saído de linha e em como isso pode impactar na escassez de peças, além de dificultar alguns reparos.

Dito isto, é inegável que o EcoSport é uma boa opção, principalmente para quem quer sair, por exemplo, de um hatch, mas não quer investir perto dos R$ 100 mil por uma versão de entrada de um SUV novo.

No estoque da Webmotors, encontramos modelos das últimas linhas do EcoSport em ótima condição e com quilometragens interessantes.

Um proprietário de Belo Horizonte, em Minas Gerais, por exemplo, aceita se desfazer do seu EcoSport versão SE 1.5 com câmbio automático. Segundo o proprietário, o modelo ano 2018 rodou apenas 9 mil quilômetros e pode ser considerado praticamente um seminovo.

O modelo tem central multimídia com espelhamento, volante multifuncional e faróis de neblina. A unidade está anunciada com preço R$ 6 mil abaixo da Tabela Fipe: o valor da pedida é de R$ 70 mil.

Outro proprietário, dessa vez em Ribeirão Preto (SP), aceita se desfazer do seu EcoSport versão Freestyle, ano 2020, por R$ 88.900. A unidade com motor 1.5 e câmbio automático tem apenas 11 mil quilômetros marcados no hodômetro, segundo o anúncio.

O modelo tem bancos parcialmente de couro, rodas de liga leve, central multimídia, capa protetora do estepe e teto pintado na cor preta.

Por último, achamos outra unidade, ano 2019, na versão Storm. O proprietário de São Paulo pede R$ 87.200 pelo SUV que tem 24.950 quilômetros rodados. Na cor branca, a unidade parece estar em boas condições e tem uma lista caprichada de itens de série, como teto solar elétrico, seis airbags e rodas de liga leve exclusivas da versão.

 

Tags:Mercado
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