Eis o novo Tiguan Allspace, a versão de sete lugares do SUV médio. Conforme antecipado por aqui, o carro que é feito no México (de onde vem importado para nosso mercado) foi apresentado nos Estados Unidos aproximadamente um ano após a revelação do Tiguan "comum", sem entre-eixos alongados e com cinco lugares.
Como era esperado, o SUV médio premium da fabricante recebe as linhas de design que estrearam na configuração menor, além de mais equipamentos, mas sem a aguardada opção híbrida. Lá fora, estreia no segundo semestre, porém só deve começar a ser importado para nosso país no começo do ano que vem.
A renovação do Tiguan tem mais destaque na dianteira, que vem com novo para-choques e entrada de ar mais larga - o desenho é inspirado na oitava geração do Golf, que já existe na Europa. A grade, assim como no Taos, que estreia por aqui nas próximas semanas, também recebe uma linha em LED no meio.
Atrás, a única alteração visível logo de cara é no posicionamento do nome "Tiguan", que agora será exposto abaixo do logo da Volkswagen, ao centro. Além disso, os para-choques também foram atualizados.
Com a chegada do Taos, o Tiguan deve "subir de patamar" também lá fora - já que por aqui ele já fez isso, pois atualmente só chega importado na versão mais cara, a R-Line 350 TSi, que custa mais de R$ 230 mil, de acordo com a última atualização de preços. Com a chegada da nova linha, atualizada e com mais equipamentos, o valor também deve subir.
Com isso, os competidores passam a ser carros como o recém-apresentado Ford Bronco Sport, o Mitsubishi Outlander (que também tem sete lugares), Honda CR-V, Toyota RAV4, Peugeot 3008, Chevrolet Equinox e alguns SUVs compactos de marcas premium, como Audi Q3, BMW X1, Volvo XC40 e Mercedes-Benz GLA, por exemplo.
Em termos de equipamentos, portanto, o carro que vem para nosso mercado seguirá completo, com todos os itens que já oferece e mais uma série de novidades, como um painel de instrumentos digital (Active Info Display) maior, de 10 polegadas; a central multimídia do Golf, compatível com Android Auto e Carplay sem fio; e também um carregador de celular por indução, entre outros.
Além disso, o SUV também deve incorporar bancos dianteiros aquecidos e itens de condução semi-autônomos como alerta de colisão frontal, frenagem automática de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, sistema de monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado e um assistente de permanência em faixa.
Não será dessa vez que veremos um Tiguan híbrido, como tanto especulado. Para a Europa, o carro terá motor 1.5 turbo de 150 cv e 25,5 kgf.m de torque (que é uma espécie de evolução do nosso 1.4 TSI com mais tecnologias, como o sistema de desativação de cilindros) e também o conhecido 2.0 turbo, mas em duas configurações: com 186 cv e 30,6 kgf.m ou com 245 cv e 37,7 kgf.m, como no Golf GTI.
A caixa de câmbio segue a mesma no mercado europeu: automatizada de dupla embreagem e sete marchas, com sistema de tração integral. Para os EUA, o SUV terá uma automática de oito velocidades tradicional, com conversor de torque.
Como o Volkswagen Tiguan Allspace 2022 é feito no México para quase todo o mundo (com exceção da China, que tem fabricação própria), o carro será entregue em um primeiro momento para os mercados mais importantes em termos de volume, como Estados Unidos e Europa. Isso significa que, por aqui, o SUV médio só deve estrear no ano que vem, na mesma configuração que conhecemos.