A Volkswagen revelou nesta terça-feira (8) o que muita gente já esperava, mas que agora é oficial: o novo Golf GTI Mk8,5 - vendido lá fora em sua oitava geração, já com facelift (por isso o "8,5") - será vendido no Brasil em 2025.
Dessa forma, o Golf retorna ao Brasil novamente, após um hiato de quatro anos - o modelo de sétima geração deixou de ser vendido por aqui em 2020. Vale lembrar que ele chegou a ser feito no Brasil por 15 anos, entre 1999 e 2014.
Foi no fim da linha do Golf nacional que a sétima geração chegou (primeiro importada da Alemanha, depois do México e só depois com fabricação no Brasil, em São José dos Pinhais, no Paraná) e ocupou o espaço da anterior, conhecida como "Mk4,5".
A proposta a partir desta inédita geração será diferente da anterior. Lembrem-se: o Golf GTI chegou até a ser fabricado no Brasil durante a quarta geração do modelo.
O novo Golf GTI será um carro de nicho, portanto de baixo volume, que volta para favorecer a imagem da empresa - assim como fazem o Civic TypeR para a Honda e o GR Corolla para a Toyota.
Será importado, assim como os rivais citados. Todos são considerados "hot hatches", ou seja, são as versões mais esportivas (ou quase) da gama desses modelos em todo o mundo.
A estimativa de preço, portanto, vai lá para cima. Mas calma! Não acreditamos que o novo Golf GTI vá custar mais de R$ 400 mil como a dupla. Podemos dizer que ele deve pedir mais do que a marca cobra pelo Jetta GLI, importado do México (portanto com descontos pela união do Brasil com o Mercosul).
O Jetta GLI custa, atualmente, R$ 250.990. O Golf GTI, por sua vez, deve encostar nos R$ 300 mil.
A decisão de trazer o Golf de volta faz sentido: em 2024 o modelo torna-se cinquentenário - e a Volks não poderia deixar esse registro passar.
São 50 anos de história e oito gerações na bagagem. A atual, a oitava, recebeu atualizações esse ano - justamente as que virão ao Brasil.
O hatch recebeu novo desenho de faróis e lanternas, ambos de LED, e vem de série com dupla saída de escapamento e assinaturas e recursos alusivos à grife GTI por toda a carroceria e cabine.
Por dentro, o carro teve recentemente alguns ajustes de acabamento e recebeu dois novos tipos de central multimídia, de 10,4" ou 12,9 polegadas, de acordo com a configuração (lá fora o GTI tem mais de um tipo de variante). Essas centrais têm assistentes de voz e até ChatGPT integrado.
O motor continua sendo um 2.0 turbo a gasolina, que lá fora é chamado de EA888 LK3 evo4 - uma evolução do conjunto 350 TSI que conhecemos no Jetta e no Tiguan e que equipava o GTI antigo.
São 265 cv de potência e 37,7 kgf.m de torque.
Quem comanda o conjunto é o câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas que é banhado a óleo (DSG). Com tração dianteira, como o TypeR, ele acelera de zero a 100 km/h em 5,9 s e pode chegar 250 km/h de velocidade máxima.
Vale apontar que fora do Brasil esse mesmo carro tem uma versão com variação de força, chamada Clubsport. Nela, são 300 cv e máxima de 267 km/h. É um "meio do caminho" entre o GTI standard e o Golf R - este sim o rival de TypeR e GR Corolla com seus 333 cv e sistema de tração integral.