Está cada vez mais próxima a volta do Volkswagen Gol ao mercado de carros zero-quilômetro brasileiro. Aqui no WM1, em fevereiro deste ano, mostramos quatro indícios sobre o retorno. E não paramos por aí.
Fomos apurar informações com fontes ligadas à Volks e em toda a cadeia de fornecedores. E temos a notícia de que o ressurgimento do carro mais emplacado por 26 anos (1987 a 2013) deverá acontecer no começo de 2025, já no primeiro semestre.
"O carro já está pronto e deve começar a rodar pela região de Taubaté, Campos do Jordão e pela rodovia Carvalho Pinto em breve", comentou uma das fontes. Internamente, o projeto é chamado de "246" e de "A0 SUV".
O Volkswagen Gol - apesar de muita gente envolvida no projeto considerá-lo assim, o nome ainda não está de fato decidido, mas falaremos mais sobre isso no "pé" do texto - não será mais um hatch nos moldes de Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Volkswagen Polo, e sim um SUV subcompacto, menor que o já compacto Nivus.
Ou seja, deverá custar ainda menos que os atuais R$ 119.990 cobrados pela versão de entrada do Nivus, chamada Sense. Vale lembrar que, atualmente, a versão mais cara do SUV custa R$ 151.990.
A estimativa é de que o Gol deva chegar por valores próximos a R$ 100 mil - e "preencher" a lacuna de preços entre as versões mais caras do Polo (sem considerar a GTS) e a de entrada do Nivus.
Ou seja, o novo Volkswagen Gol será um SUV com preços entre R$ 100 mil e R$ 120 mil. Nessa faixa de preços, ele disputaria mercado contra Fiat Pulse e Renault Kardian, entre outros.
"Esse Gol não vai ser uma espécie de mini-Nivus, e sim um carro com muita personalidade e ainda mais formação nacional. A ideia é voltar a vê-lo no topo dos rankings", garante uma outra fonte.
Visualmente, o carro deverá ter linha de cintura bem alta, como em um legítimo carro mais altinho, e inspiração em modelos mostrados recentemente lá fora, como a nova geração do SUV Tiguan.
Apesar de seguir a nova filosofia de design - que não é a mesma atualmente usada nos carros vendidos no Brasil -, algumas características devem ser iguais, até pela mesma cadeia de fornecedores.
Estruturalmente, o carro que nascerá do projeto "A0 SUV" será outro modelo da empresa feito sobre a estrutura modular MQB, que hoje faz praticamente todos os modelos da marca - menos as picapes Saveiro e Amarok.
Formato de portas e outras chapas virão emprestados de um outro veículo do Grupo Volkswagen: o Skoda Fabia, um carro vendido na Europa que é praticamente "primo" do Polo. Isso deve acontecer justamente para que haja redução de custos.
A Volks, vale lembrar, anunciou investimento de R$ 16 bilhões no país no começo do ano para fazer 16 novos modelos até 2028. O novo Gol está entre eles.
Apesar das peças compartilhadas com o Fabia, outras partes devem ser divididas com atuais carros emplacados por aqui, como os faróis, que serão bem parecidos - ou iguais - com os do Nivus, embora com esperadas diferenciações no desenho do conjunto ótico.
A grade iluminada dianteira, que estreou no Taos e hoje também já está no Tiguan e também estará na futura Amarok, é outra novidade esperada. Mas somente nas versões mais caras, claro.
Atrás, espere por mais simplicidade do que se vê em Nivus, T-Cross e Taos. Mas é praticamente certo que o formato do desenho do novo Gol terá interligação entre as lanternas sobre a tampa do porta-malas. Nesse caso, porém, a peça não deverá ser iluminada.
Por dentro, haverá muita tecnologia nas versões mais caras, com quadro de instrumentos digital e VW Play, além de peças compartilhadas com modelos como Polo, Nivus e o novo T-Cross.
Segundo uma de nossas fontes, essas são as informações com menos chance de mudanças, até pela gama atual de motores fabricada pela Volkswagen.
"O carro terá uns 12 cm a menos que o Nivus, entre-eixos igual e, certamente, o mesmo motor 1.0", nos garantiu uma fonte que trabalha na cadeia de produção de Taubaté.
Ou seja, se o Nivus atual tem 4,27 m de comprimento, espere por algo com cerca de 4,15 m de comprimento e 2,57 m de entre-eixos para o novo Volkswagen Gol.
O motor deverá ser o 1.0 da família TSI com as duas calibrações que existem hoje em dia: até 116 cv e 16,8 kgf.m de torque (etanol) nas versões mais simples; e até 128 cv e 20,4 kgf.m nas mais poderosas. O câmbio poderá ser manual ou automático, ambos com seis marchas.
Inicialmente, portanto, não há planos de hibridização.
A chance de "Gol" existe, mas a VW fez o registro de outras três nomenclaturas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI): Tera, Therion e Hera.
O ponto é: a marca costuma usar nomes com a letra "T" para identificar seus SUVs, mas não fez isso com o Nivus - que é exatamente o que abre a chance de o nome desse projeto ser "Gol". Ou "Hera". Ou mesmo os demais nomes registrados.
E ainda é preciso lembrar que o projeto da picape intermediária que está sendo construído em São José dos Pinhais (PR) não garante que ela será chamada de "Tarok" - vale lembrar que o Taos era chamado de "Tarek" antes de nascer "Taos".
E aí, qual seu palpite, caro leitor? Qual seria sua decisão?