A denominação 8V ou 16V indica o número de válvulas no cabeçote do motor. Geralmente, um modelo com 8V entrega o torque máximo em rotações mais baixas. Por isso, esta configuração é a mais indicada para a cidade. No caso dos carros com 16V, a melhor opção é a estrada, pois o melhor desempenho aparece em altas rotações.
Na verdade as válvulas são responsáveis pela entrada e a saída da mistura ar e combustível, vitais à queima e ao funcionamento do motor. Elas se dividem em admissão e de escape. Com o dobro de válvulas, o 16V conta com uma abertura maior para a passagem dos gases, tornando a combustão mais eficiente.
Por exemplo: no caso do Chevrolet Zafira, o modelo 16V desenvolve 136 cv de potência e 19,2 kgf.m de torque, já o motor de 8V do mesmo carro produz 116 cv e 17,3 kgf.m. Devido à maior força, o 16V requer uma caixa de marchas mais resistente.
O motor multiválvulas custa mais para ser fabricado do que o 8V. O cabeçote do motor é maior e o número de componentes também. Outra desvantagem do 16V é a manutenção mais elevada.
A vantagem da configuração com 16V está nas rodovias. Conforme a rotação do motor aumenta, o fluxo dos gases é maior. A implantação de uma ou mais válvulas em um motor serve para que o motor tenha a possibilidade aproximar-se ao máximo do enchimento dos cilindros, com isso, elevando a potência final. A grande sacada do 16V é que o consumo não fica elevado em comparação ao 8V. Pelo contrário, no caso de circuitos rodoviários ele pode ser até menor.
Motores 8V tem: um comando, uma válvula para admissão e uma para escape, melhor arranque, maior torque em baixas rotações, manutenção mais facilitada e relação de marchas maiores até a 3ª e menores até a 5ª.
Motores 16V tem: dois comandos, duas válvulas para admissão duas para escape podendo haver variação na linha turbo, melhor rendimentos em velocidades finais, maior torque em altas rotações, manutenção mais prejudicada e relação de marchas menores até a 3ª e maiores até 5ª.