A Volkswagen "ameaçava" lançar a linha GTS de Polo e Virtus desde que apresentou os conceitos da dupla no Salão do Automóvel de 2018. Pois a espera acabou. Depois de alguns lampejos de apresentação durante 2019, finalmente temos a primeira estreia: o Polo GTS, que chega nas próximas semanas por iniciais R$ 99.470.
Só há um opcional: o som da grife Beats, por R$ 2.400. A pintura metálica também é cobrada à parte: R$ 1.570.
O sedã Virtus fica para depois, com apresentação marcada para o começo de fevereiro. Portanto, seguirá sem preço oficial anunciado.
A maior novidade do Polo, além de ressuscitar a icônica sigla que marcou muitos jovens que adoravam (e seguem adorando) o Gol GTS dos anos 1980, é a adoção do motor 1.4 TSI (150 cv e 25,5 kgf.m de torque). O propulsor era do Golf e hoje faz parte do catálogo de T-Cross, Tiguan e Jetta.
Combinado a ele está um câmbio automático de seis marchas com opção de trocas sequenciais (Tiptronic). Segundo a marca, ele acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e pode chegar a 207 km/h.
Outra importante novidade: de acordo com o fabricante, o acerto de suspensão é mais firme no GTS se comparado ao da versão Highline.
Externamente, o Polo GTS tem detalhes exclusivos. Na frente, recebe faróis full-LED com um filete vermelho, assim como acontecia no finado Golf GTi. A grade tem formato de colmeia e também ostenta o logo GTS. O pára-choque também é diferente.
Na lateral, as rodas são de 17 polegadas e têm aspecto diamantado (em referência às emblemáticas rodas com efeito de movimento do Gol GTS) e são calçadas por pneus 205/50 – que, de acordo com a Volks, “tem o perfeito equilíbrio entre conforto e estabilidade”. As capas dos retrovisores são pintadas de preto.
Na traseira, o defletor na tampa do porta-malas é pintado de preto brilhante e a seção inferior do para-choque traseiro é exclusiva da versão. As lanternas também são de LEDs, como os faróis, e têm assinatura de desenho diferenciada quando comparada à versão Highline. Por fim, a saída de escapamento é dupla.
A cabine já começa diferente por ser escurecida (teto, bancos e laterais de porta são pintados de preto). Há bancos mais esportivos com maior apoio lateral e o encosto de cabeça é integrado ao corpo do banco, remetendo a assentos de carro de competição.
Já o revestimento é um misto de tecido e couro, com linhas horizontais que fazem referência aos bancos dos modelos da década de 1980. Nos encostos de cabeça, a sigla GTS estampada novamente.
O volante é exclusivo, revestido de couro e traz costuras vermelhas e sigla GTS na base. A propósito, detalhes na cor vermelha estão espalhados pelo painel: nos contornos das saídas de ar, na base da alavanca de câmbio e nos tapetes.
O Polo GTS já vem de série com o painel digital (chamado pela Volks de Active Info Display), que nele se diferencia pela iluminação vermelha. Outro recurso é o seletor do modo de condução, que altera até o ronco do motor, embora seja apenas um efeito sonoro interno.
O motorista pode escolher entre os modos “normal”, “eco”, “esportivo” ou “individual”. Este último permite personalizar a resposta de cada um dos itens do conjunto: motor, câmbio e escapamento.
O carro ainda tem bloqueio eletrônico do diferencial (chamado de XDS+), que faz parte do controle de estabilidade. Segundo a VW, serve para melhorar o comportamento dinâmico do carro, aumentando a agilidade e diminuindo a necessidade de movimentação do volante - permite, ainda, a transferência do torque diretamente para as rodas externas à curva.
O Polo GTS também inclui o sistema de frenagem automática pós-colisão (Post-Collision Brake), acesso ao veículo e partida do motor sem uso da chave, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros (com câmera de ré) e sistema stop/stop (que desliga e liga o motor na paradas rápidas de semáforos, por exemplo).
Vem ainda com o sistema multimídia Discover Media, com tela tátil colorida de oito polegadas e sensor de aproximação. A central inclui o GPS, App-Connect e comando por voz.
Por fim, vale destacar que o carro ainda traz de série detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular e controlador automático de velocidade (chamado por algumas marcas de piloto automático). São três cores sólidas (preto, branco e vermelho) e três metálicas (prata, azul e cinza).