Ford "Broncão": andamos no SUV 4x4. Vem ao Brasil?

A Ford convidou o WM1 para conhecer uma série de novidades este mês. Vocês viram por aqui que a planta de Pacheco, na Argentina, recebeu incrementos para produzir os motores da Ranger por lá.

Outra novidade confirmada foi a chegada da remodelação da Ford F-150, prevista para os próximos meses. Mas faltava alguma coisa, não? E a cereja do bolo foi justamente uma volta rápida com o Ford Bronco - não o Sport, vendido no Brasil, mas com o original, que está em sua sétima geração.

O "Broncão" foi lançado em abril de 2021, após um intervalo de 25 anos. Será introduzido no mercado argentino nas próximas semanas, mas ainda não tem confirmação da filial brasileira sobre uma possível importação para cá. Talvez a resposta esteja exatamente nesta palavra: "importação". Para uma empresa que deixou de fabricar, só tem feito isso e ainda lucrado, a tarefa não é tão difícil...

Como é o "Broncão"?

O Bronco foi um SUV vendido nos Estados Unidos entre 1966 e 1996 de razoável sucesso comercial - não como a picape F-150, o carro mais emplacado da história por lá. Mas deixou muitos fãs.

Depois de sair de linha, na fase final dos anos 1990, o carro "ressuscitou" em 2021 com duas propostas: a original, que é essa que chamamos de "Broncão" - o SUV de luxo que atende a quem quer rodar na lama e no asfalto -; e a Sport, SUV médio de menor capacidade off-road, que já foi lançado no mercado brasileiro.

Hoje vamos contar como foi andar com o primeiro deles, o Bronco "legítimo". O trecho foi curto: apenas alguns exercícios em uma pista de terra e lama montada em um condomínio em Pilar, no interior da província de Buenos Aires.

Como anda o Ford Bronco 2024

Amigos, que carro incrível. Extremamente capaz, ele deu aula de off-road e me impressionou em 15 minutos de contato.

Justamente por ser quatro anos mais novo que seu principal rival, o Jeep Wrangler (que está em sua quarta geração, lançada em 2017), o Bronco mostra mais refino e tecnologia que o concorrente.

Com acabamento premium de extrema qualidade e muita, mas muita tecnologia, o modelo deu aula de capacidade e versatilidade. Vale dizer que, assim como o Wrangler, o Bronco também pode ter portas e partes do teto removidos.

Com caixa reduzida e opção de bloqueio dos diferenciais dianteiro e traseiro, superou os obstáculos como se fossem buraquinhos de poucos centímetros. Sua capacidade de imersão na água é de 85 cm.

Mas o que mais me chamou a atenção foi um sistema de eixo traseiro esterçante, que permite giros em espaços extremamente estreitos, como tantos que existem em trilhas e trajetos fora de estrada.

Ao acioná-lo, as rodas traseiras giram um pouco para o lado contrário à posição das rodas da frente. É uma tecnologia muito útil para quem curte fazer trilha. E algo que só o Bronco oferece atualmente sem seu segmento.

O SUV tem motor V6 biturbo de 2.7 litros a gasolina com 334 cv de potência e 57,3 kgf.m de torque. Acoplado a esse conjunto está uma caixa de câmbio automática de dez marchas, bem como a última geração dos sistemas de tração dos modelos da Ford.

Lá na Argentina, o "Broncão" ainda não tem preço, mas deve custar cerca de 120 mil dólares - que na conversão para o peso, daria algo como 108.214.728 (sim, milhões) de pesos. Em real, isso ficaria perto de R$ 645 mil. Hoje, o Wrangler custa R$ 456.992 e um Land Rover Defender parte de R$ 664.950.