Ford "nacionaliza" motores 2.0 e 3.0 V6 da Ranger

Antes importados da Índia e da Inglaterra, agora os dois propulsores são feitos no Mercosul em prol da qualidade

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André Deliberato
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A Ford já tinha dito algumas vezes que fez uma "remodelação completa" na fábrica de Pacheco, na Argentina, para o lançamento da Nova Ranger na América do Sul.

E esta semana anunciou a produção de motores na sede, em um novo espaço digital e "conectado" que foi inaugurado no complexo. A estratégia tem como foco avançar ainda mais na qualidade e na produtividade da picape - que na visão da empresa, "redefiniu o padrão" da categoria.

A nova unidade vai produzir, na mesma linha, os dois motores turbodiesel da Ranger: o Lion 3.0 V6, de 250 cv de potência e 61,2 kgf.m de torque; e o Panther 2.0 de quatro cilindros, com 170 cv e 41,3 kgf.m. O "nacionaliza" do título é justamente porque, apesar de ser importada da Argentina,  a picape é considerada "nacional" - assim como Toyota Hilux, Volkswagen Amarok e Nissan Frontier. Efeito Mercosul.

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Crédito: Ricardo Rollo/WM1
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Além disso, vale dizer que a nova planta de motores segue o conceito de "manufatura 4.0" já adotado nas demais áreas, com altos níveis de tecnologia, automação, conectividade e sustentabilidade.

"A melhoria contínua dos nossos produtos e da nossa competitividade é chave para o negócio da Ford na região. Desde seu lançamento, a nova Ranger avançou em todos os indicadores. A qualidade é um grande diferencial do produto, que impacta diretamente na satisfação dos nossos clientes", diz Martín Galdeano, presidente da Ford América do Sul.

Segundo o executivo, mesmo sendo um carro com 95% de peças novas, a Ranger atual já iniciou a produção no mesmo patamar de qualidade da geração anterior, sobre uma plataforma que foi aprimorada e teve mais de 10 anos de melhoria contínua.

"Isso é um fato inédito e, com a nacionalização dos motores, estamos dando mais um passo nesse processo de melhoria constante", destacou.

Nível de satisfação melhorou

Segundo a Ford, o nível de satisfação dos clientes da Ranger aumentou mais de 20% após a chegada da nova geração.

Essa evolução também ajuda a explicar o sucesso comercial da picape, cujo volume de vendas dobrou na América do Sul. Hoje, já são mais de 37 mil unidades na região.

"No Brasil, a Ranger foi a picape que mais cresceu em 2023, com avanço de 42,5% e mais de 20 mil unidades. Este ano, até maio, as vendas subiram 41%, e já são mais de 9.700 unidades", afirma Pedro Resende, diretor de Vendas e Rede da Ford.

A nova fábrica de motores tem capacidade para produzir 82 mil unidades/ano em dois turnos, e foi desenvolvida com a participação da engenharia regional. Tem um sistema inteligente de gestão da qualidade que usa mais de 2 mil sensores e 50 câmeras para o monitoramento.

"Além de robôs em operações críticas, usamos sistemas de inteligência artificial e aprendizado de máquina para garantir altíssima precisão, capazes de detectar variações de 0,004% no processo", diz Kleber Fernandes, diretor de Qualidade da Ford América do Sul.

"E toda a operação é feita de forma sustentável, com 100% de energia renovável e zero geração de resíduo para aterro", explicou.

As 129 estações de trabalho têm controle automático de tarefas, incluindo sistema inteligente de aperto de parafusos. Elas também foram projetadas para otimizar a ergonomia e o conforto dos operadores. O ambiente tem até pressão positiva, sistemas inteligentes de climatização e iluminação em LED, para contribuírem com o bem-estar e a produtividade.

Tags:ford
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