A nova geração do BMW M5 foi apresentada esta semana e se destaca não só pelo visual musculoso e agressivo - ainda mais nervoso que os das versões tradicionais do Série 5 -, mas também pelo poder de seu trem-de-força.
A grande novidade feita sobre a sétima geração do clássico sedã é o chamado conjunto M Hybrid, que une o motor V8 4.4 biturbo de 585 cv de potência e 76,5 kgf.m de torque a um elétrico de 197 cv e 28,6 kgf.m.
Segundo a BMW, de forma combinada essa fusão pode entregar incríveis 727 cv de potência e 102 kgf.m de torque. Equipado com tração integral - mas que permite transferir até 100% da força para o eixo traseiro -, o bólido acelera de zero a 100 km/h em 3,5 segundos e atinge a velocidade máxima de 250 km/h, que pode ser aumentada para 305 km/h por meio de um pacote opcional. Insano, né?
Híbrido do tipo plug-in, o sedã ainda consegue rodar apenas em modo elétrico a velocidades até 140 km/h, com autonomia que varia entre 67 e 69 quilômetros, pelo ciclo WLTP. Tem mais: a BMW diz que, no modo mais econômico, o sedã ainda chega perto de fazer incríveis 62 km/l.
Para alcançar essa marca, o M5 precisa estar com a bateria cheia, importante dizer. Se o "V8tão" tiver que "assumir a bronca", a média de consumo cai para 9 km/litro.
Com suspensão adaptativa e muita tecnologia, ainda tem eixo traseiro direcional pela primeira vez em sua história, o que facilita na hora de manobras - mas também se o carro estiver na pista.
Mas aqui vale lembrar que o peso extra da bateria fez o carro ficar mais pesado: agora com 2.445 quilos (484 quilos a mais), o M5 não consegue mais fazer o zero a 100 km/h em 3,3 s e chegar a 306 km/h como o modelo anterior, que usava somente o motor a combustão. Mas, como vimos lá em cima, a diferença é bem pequena.
Em harmonia com o poder do conjunto mecânico está o sistema de freios, que tem componentes em carbono-cerâmica para garantir segurança e resposta imediata dos discos na hora que for preciso.
Por dentro, é de se imaginar muita exuberância e tecnologia. Segundo a BMW, o sedã vem de série com ar-condicionado com quatro zonas de resfriamento, sistema de som da grife Bowers&Wilkins de 18 alto-falantes e sistema operacional 8.5 com comandos de voz e até inteligência artificial.
A lista de equipamentos de série ainda tem teto de vidro panorâmico - que pode ser de carbono no pacote opcional -, rodas de 20 polegadas na frente e de 21 polegadas na traseira e seletor de condução com quatro modos de atuação - híbrido, elétrico, eControl (que foca na recuperação de energia) e M Drive. Este último ainda permite dois estilos mais dinâmicos, o Dynamic e o Dynamic Plus.
A estreia do novo BMW M5 deve acontecer no Goodwood Festival of Speed, no Reino Unido, que deve rolar entre entre os dias 11 e 14 de julho. Lá fora, ele custará cerca de US$ 112 mil (o equivalente a R$ 660 mil em conversão direta, sem taxas ou impostos). Por aqui, o preço deverá passar de R$ 1 milhão.