Depois que o WM1 publicou nesta segunda (3) que oito importantes marcas do cenário automotivo nacional estavam fora do Salão do Automóvel deste ano, nesta terça outras três montadoras também declararam sua ausência do evento: Hyundai, Mitsubishi e Suzuki.
Desse modo, já são 11 fabricantes que não irão participar da feira. Além destas três, BMW, Chevrolet, Citroën, Jaguar, Land Rover, Peugeot, Toyota e Volvo já anunciaram que não estarão na mostra. A JAC Motors é outra marca que não participa, mas a empresa chinesa já não possuía estande no Salão desde a edição de 2014, por isso não entra nesta contagem.
O discurso das marcas é parecido: focar em novas experiências para os clientes, inclusive no âmbito digital. Mas sabemos que o que tem pesado em desfavor do Salão é o custo. Conversas informais com executivos de grandes marcas apontam que a operação custa de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões - só para reservar um espaço. Além disso, para piorar devido à legislação brasileira, os fabricantes não podem vender veículos diretamente para o público, regra que dificulta ainda mais o investimento.
Segundo a Hyundai, nas palavras de Angel Martinez, vice-presidente comercial da empresa, a marca prefere focar em "eventos com formatos diferenciados e foco maior no ser humano, com ações exclusivas para clientes".
Já a Mitsubishi e a Suzuki - que no Brasil são representadas pela empresa HPE Automotores - não têm um comunicado oficial a respeito, mas afirmaram de forma sucinta que "não participarão do Salão".
A debandada não é exclusiva do Brasil. Outros salões pelo mundo têm perdido representatividade em consequência dos altos custos envolvidos - como os de Detroit, Frankfurt e Paris. Com nichos cada vez mais específicos, as marcas preferem investir diretamente em potenciais clientes com exclusividade.
É possível que outras marcas ainda tomem o mesmo caminho que estas 11 já tomaram... E que o Salão do Automóvel deste ano seja um dos mais vazios. É esperar para ver.