Depois de Toro, Compass e Commander, finalmente o motor 1.3 turboflex conhecido pela sigla T270 passa a fazer parte do Jeep Renegade, que tem mudanças importantes para a linha 2022 - para, de acordo com executivos do grupo Stellantis, continuar o SUV compacto mais emplacado do país.
O Renegade 2022 terá mudanças no visual e aposenta as configurações a diesel (que representam apenas 10% das vendas no total), mas ainda será oferecido com sistema de tração 4x4 - desta vez, acoplado ao conjunto 1.3 turboflex e à caixa de câmbio automática de nove marchas. Mas calma! O novo motor também será o das versões de entrada com câmbio de seis marchas e tração 4x2.
Ainda não sabemos muita coisa sobre o novo Renegade, como preços, lista de equipamentos e tabela de versões. Por ora, temos apenas a informação de que o SUV, a partir de agora, será movido apenas pelo motor 1.3 turboflex, com câmbio automático de seis ou nove marchas com os sistemas de tração 4x2 ou 4x4 respectivos (4x2 com transmissão de seis; 4x4 com a caixa de nove marchas).
Também não tivemos, ainda, acesso ao novo visual - a única imagem que temos e a que ilustra essa reportagem, além do conteúdo do vídeo que produzimos para a conta do YouTube da Webmotors. Mas já rodamos com ele e podemos dizer: ficou bem melhor do que esperávamos.
Rodar com o novo Renegade dentro de um campo de provas fechado foi um desafio, ainda mais porque o visual estava disfarçado tanto na parte externa como na interna. Mas vamos começar por dentro: pudemos notar que o volante é novo - o mesmo que também já é utilizado pelo Compass.
Pela inscrição dos bancos, de couro, podemos afirmar que a versão Trailhawk não sai de linha - ainda que a configuração deixe de utilizar o motor turbodiesel como sempre fez desde o lançamento do utilitário no Brasil, em 2015. Aceleramos, portanto, a nova configuração de topo do Renegade, a Trailhawk com motor 1.3 turboflex, câmbio automático de nove marchas e sistema de tração 4x4.
E, acredite, o SUV não deve nada na terra, dinamicamente, quando comparada à versão a diesel antiga. Roda com sossego e não passa perrengue. Enfrentamos exercícios como "caixas de ovos", as famosas "costelas de vaca", terrenos enlameados, submersões de água de até 50 cm e até descidas e subidas com graus bem exigentes.
No on-road, o Renegade sofre mais um pouco. Assim como ocorre com o Compass, é nítido que sua proposta é o conforto e o bom nível de acabamento, mas não o desempenho e o consumo - tanto que a Stellantis ainda não revelou quais são os dados de economia do modelo com o novo motor.
Em uma arrancada de 0 a 100 km/h, contei na cabeça algo próximo a 10 segundos. É pouco, mas é certamente melhor que o desempenho do antigo modelo com o motor 1.8 E.Torq da década passada. O consumo vai melhorar, mas não tanto quanto muitos clientes esperam. Mas sem dúvida respostas do carro ao comando do pedal do acelerador serão mais espertas.
Por dentro, notei que há um novo carregador de celular por indução, logo à frente da manopla de câmbio, em que o smartphone pode ser recarregado, apesar de ficar em uma posição vertical. Mas, além desse detalhe de equipamento e o volante, não vi mais nada de novo.
Isso significa que o porta-malas continua o mesmo, com 320 litros, volume considerado pequeno para um carro de proposta familiar como o Renegade. Não tinha jeito, é muito complicado mexer em dimensões sem trocar a plataforma de construção de um veículo - o que não foi o caso, já que este é o segundo facelift desta primeira geração do modelo.
Em suma, a Jeep melhorou o Renegade em diversos pontos que precisavam ser ajustados, mas não em outros. Isso fará bem ao SUV, que mesmo com alguns pênaltis no modelo atual continua o SUV compacto mais emplacado do Brasil. A novidade que o WM1 acelerou estreia no começo do ano e os preços devem começar onde terminam os do Fiat Pulse - espere por algo entre R$ 115 mil e R$ 160 mil.