O ano de 2022 começa com um obituário em relação a modelos e motores da Fiat. Conforme o WM1 antecipou ao longo de 2021, a marca italiana, hoje parte do Grupo Stellantis, encerrou oficialmente a produção dos modelos Doblò e Grand Siena, além do motor 1.8, último remanescente da família E.torQ.
O fim de vida do veterano propulsor já era previsto devido às novas normas de emissões do Proconve, conforme nossa reportagem já havia adiantado. "Herança" da fábrica de motores da Tritec (joint-venture entre Chrysler e BMW nos anos 1990), no Paraná, o 1.8 16V sobreviveu nos últimos meses em modelos e versões específicas de carros da Fiat.
O Doblò, por exemplo, só usava esse propulsor em suas duas persistentes configurações. Com o fim do motor, a multivan também se despede do mercado depois de quase duas décadas de produção sobre a mesma plataforma do primeiro Palio, de 1996.
Na esteira, saem de cena as versões topo de linha de Argo e Cronos (como Trekking, Precision e HGT), além da opção de entrada da picape Toro, que manteve uma versão com o 1.8 mesmo depois da remodelação do ano passado. Na Jeep (outra marca da Stellantis), conforme já noticiamos aqui no WM1, o Renegade troca os motores 1.8 E.torQ e 2.0 turbodiesel pela gama 1.3 GSE turboflex.
O Grand Siena também não virou 2022. Esta segunda geração do sedã da marca italiana, lançada em 2012, só usava os motores 1.0 e 1.4, mas vendia pouco e basicamente para frotistas e PJs. O velho conjunto mecânico da família Fire, contudo, sobrevive no reestilizado Fiorino e no Mobi.