Muitas coisas que fazem sucesso e deixam de ser vendidas ou fabricadas, por vezes, geram uma série de reclamações e pedidos de retorno. São bandas, tecnologias, eventos, filmes etc.
Você sabe do que falamos. Afinal, para citar exemplo, quantos filmes ou séries que "bombaram" em décadas passadas não ganharam versões modernas nos últimos tempos? Mas e com os carros? Não é diferente: há uma constante busca em referências do passado.
Pois é, esse fenômeno tem acontecido também no segmento de automóveis. Uma série de veículos que já se aposentaram tem emprestado seu nome para novos projetos, nessa tentativa (cada vez mais) desesperada das fabricantes de emplacar um sucesso - afinal, como se sabe, o futuro da mobilidade promete ser bem diferente de asfalto e combustível fóssil.
O mais recente exemplo dessa estratégia a que temos contato aqui no Brasil é a picape Ford Maverick. O modelo leva o nome de um icônico esportivo lançado nos Estados Unidos em 1969 - o Maverick original era um cupê médio que tinha padrão clássico de pony car. E no Brasil, o Maverick também fez história e ganhou uma legião de fãs entre 1973 e 1979, período em que foi vendido no país.
Na lista abaixo vamos listar outros cinco exemplos de modelos atuais que usam nomes nostálgicos do passado, recente ou mais antigo, para provar que não falamos só da picape da Ford. Lembra de algum outro? Deixe no campo de comentários!
O primeiro exemplo de nome do passado está em um dos principais carros da marca japonesa no Brasil. O Eclipse Cross é um SUV médio que une o consagrado nome do esportivo do começo dos anos 1990 à carroceria da moda, a de um utilitário.
Para os mais puristas, usar o nome do Eclipse em um SUV poderia ser até heresia, mas os números do carro no Brasil não são tão ruins - e vale lembrar que justamente por isso, no final de 2019, a marca decidiu começar a produzi-lo no país.
O Eclipse Cross, hoje, custa a partir de R$ 195.990, utiliza um motor 1.5 turbo com injeção direta de gasolina de 165 cv e 25,5 kgf.m de torque e tem câmbio automático CVT que emula oito marchas.
Embora o Ford Mustang não tenha de fato saído de linha... Seu nome agora também batiza um SUV, e ainda por cima elétrico. O Mustang Mach-E é a visão do futuro da Ford: utilitário, 100% elétrico e com linhas visuais claramente inspiradas no muscle car de maior sucesso da fabricante, embora sua tecnologia a bordo esteja mais próxima à de um Tesla.
O modelo começou a ser vendido nos Estados Unidos e é um dos carros elétricos cotados para ser lançado no Brasil em breve.
Pode ter só motor traseiro (337 cv) e tração traseira, mas com dois motores, dianteiro e traseiro, sua potência chega a 465 cv e colossais 84,6 kgf.m de torque, com tração integral. Nos EUA, a versão de entrada começa por valores próximos a US$ 45 mil (cerca de R$ 235 mil em conversão direta, sem taxas).
Até o Monza voltou... Mas isso é só para quem mora na China e no México. A Chevrolet decidiu adotar o nome de sucesso do sedã médio, que foi vendido no Brasil antes do Vectra e depois do Chevette, para batizar um novo sedã no mercado asiático.
Produzido na China desde 2019, o sedã é bem construído: bonito, moderno e bem equipado. No país oriental fica posicionado abaixo do Cruze, mesmo construído sobre a mesma plataforma - faz a função do Onix Plus se comparado aos modelos da marca aqui no Brasil.
Lá fora tem até motor 1.3 turbo de 163 cv na versão mais esportiva. No ano passado, o Monza chegou ao México, importado da China, e por lá o carro se chama Cavalier.
Outro dos carros cujo nome vem do passado, conhecido pelo brasileiro nos anos 1990 e que ressurgiu na Europa em 2015 foi o Fiat Tipo - que tem versão sedã, mas se chama Egea (e é vendido somente no mercado turco).
Só que a história não é só essa: a Fiat do Velho Continente já confirmou que o carro (que tem versões hatch, sedã, perua e até uma cross, como o modelo da foto abaixo) faz parte do futuro da mobilidade da empresa por lá com variantes híbridas (que já existem) e possivelmente até elétricas. Vale lembrar ainda que Tipo e Egea, aliás, serviram de inspiração visual para a dupla Argo e Cronos.
Assim como falamos na história do Mustang, o Santana de fato nunca se aposentou em alguns mercados - no Brasil, porém, sua despedida foi em 2006.
Só que lá fora o carro segue na ativa e, na China, por exemplo, ganhou há poucos anos uma nova geração - por lá, inclusive, foi o carro mais vendido durante vários alguns anos da década passada.
O Santana chinês foi recentemente superado nas vendas pelo rival direto Chevrolet Monza, que você viu aí em cima. O Santana tem o porte do Voyage, pode ter carroceria hatch e, veja só, até uma variante aventureira.